Luiz Gadelha é um cara inquieto. Reconhecido dentro de Natal como um excelente compositor, o cara vem aos poucos se estabelecendo como protagonista de um novo cenário na música potiguar, numa linha de frente em que hoje se destacam gente como Krystal e Valéria Oliveira.
Na onipresença de seus vários projetos ainda falta “o” trabalho, a estrutura ou o timing para que Luiz dê o “passo adiante”. Ele não parece muito preocupado e quer viver o momento. Confira entrevista com o cara nas vésperas da gravação do seu novo trabalho dentro do Projeto Incubadora, uma ação do Dosol, dez anos de música:
1) Como está o processo de composição e conjunto com Simona?
Nossa! Tá sendo uma experiência em tanto, porque estamos nos reunindo para compor especificamente pro CD, que será só nosso e é novidade pra gente. Estúdio, produção, estrutura legal, isso nunca tivemos dentro de um processo desses e tá sendo instigante. Estamos compondo como sempre, falando de nossos temas habituais e atuais num estilo que sempre sonhamos estar.
2) Já dá para dizer o que esperar do trabalho?
Dá pra dizer o que queremos nesse trabalho. Liberdade, novas experimentações… um CD de rock pra que as pessoas cantem junto em casa, nos shows, que se identifiquem e se divirtam, porque nós estamos nos divertindo muito desde já.
3) Qual vai ser a formação para gravar o trabalho?
Eu vou estar tocando guitarra base, Henrique Rocha na outra guitarra solo, efeitos e tal, Cris Botarelli na bateria e no baixo e alguns vocais. Daí entrarão uns efeitos eletrônicos, interferências, barulhinhos…charmes! Eu e Simona cantando… Teremos participações claro, mas vamos pensar ainda nisso.
4) Como está sendo a experiencia com a Incubadora, já fez algo parecido?
Está sendo fantástico. Desde a primeira conversa já me empolguei e em seguida Simona também. A conversa com Henrique e Cris que embarcaram com a gente na proposta, e em seguida a nossa primeira reunião com todos juntos e a produção foi muito legal. Esclarecemos coisas, discutimos formatos, propostas e visualizamos tudo enfim.
5) Como é sua carreira autooal? O que vc já conseguiu gravar?
Não chamaria de carreira, mas somente de trabalho. Carreira é algo que tem uma programação, um ritmo constante de projetos, mesmo com oscilações as coisas no meu trabalho vão acontecendo aleatoriamente. Compor é meu trabalho principal porque acabou acontecendo. As pessoas começaram a se identificar com a maneira com que eu escrevo, com as melodias e comecei a estar também compondo para trilhas de teatro, cinema e espetáculos como o Auto de Natal.
Eu tenho um CD, meu primeiro e único CD que tinha outra assinatura, comecei a gravar em 1999 e só lancei em 2001. Algumas músicas na epoca caíram no gosto das pessoas, tocaram no rádio. Eu ainda engatinhava como compositor e morria de medo do que fazia. Aos poucos fui perdendo a vergonha e me atrevendo mais. Lancei uma demo em 2004, bem tosca, mas foi o que deu pra fazer com a grana que tinha. Funcionava tb como termômetro pra eu ver como seria a aceitação daquela safra de músicas novas e já compunha c Simona.
Depois foram varias tentativas de gravar um novo Cd, mas havia sempre um impedimento coisas que o tempo fazia morrer, como esperar projetos serem aprovados nas leis, captar recursos, etc.
Nesse tempo conheci Gabriel Souto e tentamos fazer um CD meu em casa, com recursos eletrônicos, passamos quase 1 ano trabalhando as músicas e por fim decidimos assinar como Onoffre e não como Luiz Gadelha, já que o trabalho ficou impregnado tanto das minhas sonoridades quanto com as dele. Depois disso voltei a compor, sempre querendo fazer um trabalho temático, rock e que soasse como um trabalho de banda e em 2009 gravei um CD ao vivo na Casa da Ribeira, chamado “Usado” dentro do projeto Cena Aberta. Foi um ano inteiro mixando, tentando achar uma sonoridade que nos agradasse.
Temático e com uma influencia do rock, country e blues “Usado” é completamente independente. Houve um grande apoio do estudio Promídia nesse processo todo de gravação, mixagem e masterização. Toda grana foi investimento próprio e agora estou na fase final, faltando apenas a impressão das capas e encarte para um possível lançamento.
6) E depois, tem algum plano para depois que o projeto passar?
Eu tõ ansioso para entrar no estudio com o Incubadora. Adoro estúdio, criar, mexer nos arranjos, compor músicsa novas…quero ver tudo pronto do CD ao show. O CD “Usado” existe e quero voltar pra ele ainda, claro. Mas não sou de me apegar a nada, gosto de olhar para frente, sou inquieto e quero sempre estar atualizado e cantando exatamente aquilo que me representa e o que eu quero dizer. Quero aproveitar essa oportunidade, tocar meus rocks e quem sabe começar uma carreira!
o fundo dessa foto está interessante! 🙂
Grande Luiz!
ele é INCRÍVEL !
incrível é pouco pra esse cara! acredito demais|!
Esse cara tem um talenta de primeira, curto os timbres de guitarra do cara. Vem coisa boa por aí.