Foto: Projeto Incubadora (por Ana Morena)
Por Foca
Eu sempre quis gravar um disco de rock. Foi com essas palavras que Simona Talma abriu sua participação em um dos vídeos oficiais da gravação de “Matando o Amor”, disco conjunto da cantora com Luiz Gadelha. Talma&Gadelha nasceu com um sentimento de desapego e liberdade que fica impossível não se emocionar ou passar em branco pelo trabalho.
Antes de falar das músicas em si é importante analisar a conjuntura em que a banda e o disco foram incubados. Simona e Luiz já são compositores consagrados na cidade, suas carreiras estão em andamento há “bons” quinze anos entre projetos autorais, composição de trilhas, shows em casas noturnas e daí por diante. Fazer um disco fora das armadilhas desse mercado “formado” foi o primeiro desafio. Nada de músicos contratados, nada de músicos de “excelência”. A aposta foi no sentimento e no ruído do rock com arranjos entregues para Henrique Geladeira e Cris Botarelli, ambos atuantes no rock potiguar com bandas como Calistoga e Planant.
Direção do projeto? Que direção? Pra que direção? O papel do Dosol no jogo foi o de potencializar o que já era claramente inovador. Uma reunião, prazos, acompanhamento de longe na criação e duas semanas de trabalho na estrutura do combo de cultura foram o suficiente para as coisas acontecerem. Um trabalho agregado e coletivo que gerou um material ímpar.
Falar de “Matando o Amor” de dentro do processo não é fácil, ao mesmo tempo instiga a reflexão. Enxergo o trabalho como um grito de liberdade tão grande que matar o amor parece a coisa certa a ser feita para que ele realmente aconteça. É como quebrar as correntes que aprisionam os emepebistas na MPB e os roqueiros no rock. É quebrar as barreiras do “amor correto” e afirmar que ele é para todos, entre todos e que isso nunca será e nem nunca foi um problema. É resgatar o sentido de música pela música, confessar defeitos, reconhecê-los e usá-los a favor da vida (e do trabalho).
Não tenho idéia de onde o disco de Talma&Gadelha vai chegar, mas dentro do Dosol ele já “chegou” e veio numa hora boa. Fazer dez anos de atividade com música e ajudar a conceber um disco como esse parece uma dádiva, um presente divino. A sensação de liberdade continua com o disco sendo distribuído integralmente via web para quem quiser degustá-lo. Liberte-se das amarras você também. Aproveite a onda vindo!
Serviço: Lançamento de Talma&Gadelha, “Matando o Amor”. Sábado, 26 de março, 23h no Centro Cultural Dosol.
Ainda não caiu a ficha da grandiosidade do q vivemos dentro do processo do Incubadora, pq são coisas preciosas demais e ser humano implica em não saber direito lidar com coisas muito especiais.Fomos muito bem recebidos por Anderson Foca e Ana Morena, com muito carinho, atenção, RESPEITO, amizade, liberdade,nos fazendo sentir especiais e acreditando acima de tudo q pessoas afins, companheiros de profissão e de vida fazem toda diferença. É olhar pra frente c mais esperança e coragem.Estamos todos felizes e ligados entre laços q vão da música, passando pelos abraços, conversas, chegando num café com pão e risadas. Obrigado eternamente! 😀
muito bom o projeto. bem promissor, ocm belos registros em vídeos. divertido pacas. bons ares e positive vibrations. vai que vai. abrax.
Talma & Gadelha são demais; mas eu gostei mesmo desse penúltimo paragrafo. Foca, vc está se superando nos textos, e esse me inspirou pra caramba, tanto que vou replicar aqui:
“É como quebrar as correntes que aprisionam os emepebistas na MPB e os roqueiros no rock. É quebrar as barreiras do “amor correto” e afirmar que ele é para todos, entre todos e que isso nunca será e nem nunca foi um problema. É resgatar o sentido de música pela música, confessar defeitos, reconhece-los e usa-los a favor da vida (e do trabalho).”
Valeu, genro.
bota pra baixar logo pelo amor de deus!
Musica com qualidade 10000 parabéns!!!
adorei o cd, as músicas, amos a banda…
muito sucesso!