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RESENHA FESTIVAL DOSOL – PRIMEIRO DIA (NO MINUTO)

 POR ALEX DE SOUZA

A noite do rock honesto

Festival dá largada à maratona de bandas e prossegue neste sábado e domingo.

 

Foram 14 bandas se revezando nos palcos armados no Armazém Hall e no DoSol Rock Bar durante a primeira noite do Festival DoSol 2007, nesta sexta (4). E a maratona está só começando. Neste sábado (5) e domingo (6) mais 33 bandas devem se apresentar no evento, a mostra de rock mais insana que Natal Já teve.

O festival começou pontualmente às 20h, conforme anunciado, com a Brand New Hate (RN). Em seguida foi a vez de Baby Please (RN). A banda, que já conta com quase três anos de existência e esteve no Mada deste ano, mostrou um show de primeira, com o vocalista Tropeço numa perfomance à Steven Tyler. A banda apresentou um set calcado no hard rock setentista e bons momentos como na música “Só Para Fazer a Cabeça” e “Psicodelia Bem Atrás no meu Quintal”, evocando um clima meio Raulzito.

O power trio paraibano Mother Hell também não fez feio, com letras em inglês bem gritado e um vocalista que, se não tivesse os dentes da frente, cantaria igualzinho a Lemmy, do Motorhead. Vitrola (RN) apresentou um rockabilly bem feitinho, animado, mostrando que o gênero tem bons representantes locais.

A banda mais pop da noite (fora as headliners) foi o Monophone, do Ceará. Só o fato de conseguirem fazer cinco instrumentos tocarem ao mesmo tempo sem errar já é um feito – a presença do teclado evoca uma sonoridade anos 80/90 bem interessante. Pronto para explodir, se o mercado não mudar os rumos daqui pra semana que vem. Destaque para as paredes de guitarra e a desenvoltura do vocalista.

De volta das catacumbas, o Peixe Coco (RN) mostrou que o estaleiro fez bem à banda. Um dos primeiros grupos locais a aparecer no vácuo do manguebeat, o Peixe Coco mostrou que soube fazer o tempo passar. A guitarra de Caio Vitoriano está perfeita, mas a participação do DJ Gabriel Souto ficou inaudível no palco.

Distro (RN) mostra que evoluiu bastante nos últimos meses, mas ainda precisa se livrar da praga chamada hardcore melódico, uma antítese ambulante. O projeto do dono da casa, Anderson Foca, botou a galera pra pogar com um hardcore legítimo – anote aí o nome: The Sinks.

Os pernambucanos do Vamoz e Volver ficaram presos na BR 101 por isso o pessoal do Cascadura passou na frente na ordem de apresentações, logo depois vieram, na ordem, o Volver, Vamoz, os cariocas do Mop Top, o Bugs e Cachorro Grande.

O Bugs mostrou que é realmente a melhor banda potiguar em atividade, a entrada de um segundo guitarrista e o palquinho apertado do DoSol construíram o clima ideal para a performance do grupo. E Cachorro Grande encerrou a festa em alto estilo, apesar de os trabalhos recentes do grupo terem um apelo pop-açucarado muito forte.

Programação
Se você estiver com o plano de saúde em dia, o sábado (4) conta com 20 (eu disse: 20) bandas, começando a partir das 16h. São elas: Toy Gunz (RN), Lótus (RN), Secks Collin (SP), Fliperama (RN), Joseph K? (CE), Enne (MG), Arquivo (RN), StellaBella (RJ), Lucy and the Popsonics (DF), Red Run (CE), Violins (GO), Allface (RN), Rockfellers (GO), Zero8Quatro (RN), Jane Fonda (RN), Zefirina Bomba (PB), Supergalo (DF), The Honkers (BA), Os Bonnies (RN) e Rock Rocket (SP).

Ingressos a R$ 12, no local.

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