O paraibano Filosofino lançou nesta segunda-feira (6) o EP “Espaço Justo – 2º Ato”, fechando o ciclo iniciado em 2019. O disco fala sobre afirmação racial e também sobre a dificuldade de um corpo negro ocupar um espaço com justiça na sociedade. Ouça “Espaço Justo – 2º Ato” em todas as plataformas digitais de música.
“Este trabalho completa o disco ‘Espaço Justo’, cujo primeiro ato foi lançado o ano passado. A idéia é falar de raça em uma sociedade excludente e, para isso, convidei vários artistas independentes a imergir em uma fusão experimental de poesia falada, rap, rock progressivo e jazz, com letras que passeiam entre temas de amor, justiça social e saúde mental”, diz Filosofino.
O cantor assume a maior parte das composições e vozes e Daniel Jesi (BigJesi) é responsável pela maioria das bases. A flautista Mari Santana também atuou nas canções com flauta e vozes de apoio.
Entre as participações especiais estão os MCs Piloto, na faixa “Agora é Tarde”, e Karkará Karirí, em “Reload”; o músico Riegulate, que contribuiu com beats das faixas “Reload” e “Toque”; Matteo Ciacchi, que assina parte do beat de “1/4 de Fúria”, que tem ainda letra em co-participação com Arthur Pessoa (da Cabruêra); Yves Fernandes e Ana Morena, baterista e baixista da Camarones Orquestra Guitarrística, que gravaram instrumentos para “Manifesto dos Cantos”, segunda melhor canção do 3º Festival de Música da Paraíba; e Guirraiz, que fez os efeitos sonoros em “Amar é Perigoso”.
“Espaço Justo – 2º Ato” foi dirigido por Daniel Jesi, Riegulate e Matteo Ciacchi e o produtor paraibano Guirraiz assina a mix e master. O disco foi lançado pelo selo DoSol (RN) em parceria com o estúdio de produção criativa BBS (João Pessoa).
“O disco completo, 1º e 2º ato, foi formado ao longo de dois anos. A pandemia nem era uma realidade quando começamos a criar e, sempre com experimentos, fomos testando bases que surgiam com nosso convívio no BBS. Com a pandemia, mudamos o formato de encontros e conseguimos chegar a um estilo de banda, o que fez a gente mudar alguns caminhos e essa segunda parte é o retrato sonoro deste cruzamento de beats, poesia, hip hop, jazz e flauta”, completa Daniel Jesi.
O EP “Espaço Justo – 2º Ato” foi produzido com recursos da Lei Aldir Blanc, por meio da Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo do Governo Federal, e também do Fundo Municipal de Cultura, através da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP).
Sobre o Filosofino
O Filosofino é um projeto multimídia criado em 2018 pelo cantor, compositor, poeta, ilustrador e tatuador Caetano dos Santos, e que desde 2019 produz em parceria com Mari Santana e Daniel Jesi. O projeto mistura poesia falada, desenhos, tatuagens e música, desenvolvendo canções com narrativas do cotidiano e reflexões pessoais de um jovem artista negro que vive na periferia da capital paraibana.
O Filosofino estreou com o EP “Invasão”, que foi produzido por Bravo e lançado em 2018. No ano seguinte, foi lançado o single “Amor de Mar”. Também já foram lançadas parcerias com Amaro Mann (música “Hash Komigo”, do álbum “Mo’Faya Kombo”), com Piloto (single “Captcha”), com Ferve (single “Hey”) e com HxxX (single “De Que Lado Você Está”, do álbum “Vol. II”).
No ano passado, o Filosofino ficou em 2º lugar no III Festival de Música da Paraíba, evento em que também conquistou o prêmio de Melhor Intérprete, e em 2021, conquistou o 3º lugar na categoria “Melhor Artista de Hip-Hop” no I Prêmio Toroh de Música Independente da Paraíba, realizado durante o Toroh Festival 2021.
Sobre Caetano dos Santos
Caetano é um poeta marginal, tatuador independente e artista visual periférico. Nascido e residente em João Pessoa, criado no bairro de Mangabeira, incorporou ao seu estilo de vida uma identidade cultural dos movimentos de rua. Começou a escrever poesia e música na adolescência, mas só veio a desenvolver o alinhamento com o rap, onde encontrou suas raízes da identidade afro.
Como ilustrador, atuou de 2012 a 2015 publicando “As Dúvidas de Filosofino”, uma página de tirinhas de humor com questionamentos filosóficos e sociais que satirizavam a realidade social com tom pedagógico.
Após deixar a profissão de educador físico de lado e se profissionalizar no ramo da tatuagem, Caetano resolveu ampliar suas produções e encontrou espaço na poesia falada, o slam, e no movimento hip-hop. Foi co-organizador do Slam Parahyba e representou o estado no Slam Flup BNDES, no Rio de Janeiro, em 2018.
Foi no mesmo ano que Caetano se lançou como cantor e compositor, sob o alter-ego Filosofino. Além deste projeto, o músico também atua como compositor da banda Orijàh, que tem um disco “ArtesaNow!”, e um clipe lançados em 2020.
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