AMPlificados
Em festa inaugural, sétima edição do Festival Dosol, em Natal, aposta no rock calcado em riffs e no esporro típico do gênero; Amp (foto) detona equipamento e Chuck Hipolitho se junta ao Black Drawing Chalks em nome da diversão. Foto: Ricardo Pinto/Divulgação.
Terminou na madrugada deste sábado a festa de abertura da edição deste ano do Festival Dosol, e o batismo não poderia ter sido melhor. Amp, de Recife, e o misterioso Love Bazukas, ambos especializados em tocar o chamado “rock de verdade”, despejaram guitarras amplificadas em altos decibéis sobre o público. O Centro Cultural Dosol recebeu uma platéia formada, em sua maioria, por integrantes de outras bandas escaladas para o festival, convidados, patrocinadores e imprensa. Começa efetivamente hoje, no Largo da Ribeira, na Rua Chile, a sétima edição do Festival.
Quem conhece a música do Amp não tem dúvidas. O quarteto sempre bebeu na fonte do stoner rock consolidado nos final dos anos 90, mas fez isso de forma a criar uma marca própria para. Quem ainda não tinha visto os rapazes do Recife se apresentando sobre um palco, percebeu do que eles são capazes quando colocam as manguinhas de fora. Poucas bandas têm dois guitarristas/vocalistas que passam todo o tempo de um show um mostrando ser melhor que o outro, como fazem Djalma e Capivara. O equilíbrio foi tão grande que até os amplificadores dos dois, castigados por riffs porradas, às vezes irresistíveis, pifaram juntinhos, ao mesmo tempo – descobriu-se depois que o motivo era a falha de outro componente da instalação elétrica.