Coberturas, Festivais e Shows

COMO FOI? FESTIVAL TRANSBORDA (BELO HORIZONTE/MG) – PRIMEIRO DIA

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Foto: Quique Brown do Leptospirose/SP

Antes de começar a falar um pouco das atividades do Festival Transborda, cabe alguns comentários para situar bem o evento e como ele é realizado. Como Belo Horizonte é uma cidade extremente musical, viu? Por onde você anda sente o clima boêmio, centenas de botecos, restaurantes e aquele clima de grande capital que ainda mantém muitas árvores e praças. Lindo lugar.

Aproveitado o histórico musical da cidade e a incrível participação de diversos coletivos mineiros na realização do evento, o pessoal do Coletivo Pegada montou uma programação de gente grande, mesmo sendo essa a primeira edição do Transborda. São palestras, seminários, encontros, ocupações de várias casas noturnas e um ENORME PALCO montado na INACREDITÁVEL Praça da Estação, um área que dever caber confortavelmente umas 15.000 pessoas.

Prédios históricos circundam o local, deixando o clima dos shows muito bom, sem contar a própria praça que tem illuminação modelo aeroporto, um luxo de espaço por si só. Claro que tem seu preço levantar e mover toda essa estrutura (pela primeira vez). Com um atraso de documentação para a liberação do espaço, o palco para o primeiro dia de atividades teve um atraso na montagem, o que acarretou na mudança de dois artistas para os próximos dias.

Só consegui ver o que aconteceu no palco principal, mas perto dali também fazia parte da programação do Festival Transborda um duelo de djs que deixou lotado o espaço e também atividades no Espaço Bordello (mas que também não consegui entrar porque estava absolutamente lotado).

LEPTOSPIROSE COMANDA O ROLÊ!

Saídos de Bragança Paulista e com a fama de ter um show instigante, o grande destaque do primeiro dia de atividades (pelo menos do que consegui ver) foi o Leptospirose. Pelo nome já dá para ter uma vaga ideia do que é o som né? Uma barulheira dos infernos comandadas pelo espirituoso e inacreditável Quique, uma das figuras mais legais, prestativas e respeitadas do hardcore brasileiro.

O que dizer da música? Dá para cunhar o termo “Jazz Grind” sem parecer esquizofrenia? Os três músicos da banda, além de praticar uma barulheira dos diabos tocam absurdamente bem, misturando passagens de punk toscos com riffs tortos, em tempos quebrados que eu absolutamente nunca vi ninguém fazer dentro desse estilo. Só para vocês terem uma ideia, o baixista da banda acompanha grandes nomes da música nacional (como Elba Ramalho por exemplo) e aplica também seus conhecimentos em prol do hardcore desgraceira.

Único, incomparável e inconfundível.

O bom trio mineiro Cidadão Comum e o quinteto punk Cães do Cerrado também se apresentaram representando bem a cena mineira. Amanhã tem mais!

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