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COBERTURA: TIM FESTIVAL SEGUNDO DIA (RJ)

Tim Festival (RJ) – Segundo Dia

Por Bruno Nogueira – popup.mus.br

Pela programação, o segundo do dia do Tim Festival era muito mais caído. Era apenas um palco com dois shows, o restante era “oba” para segurar o público até de manhã. Um monte de DJs em três lugares diferentes, além do momento World Music que todos os anos faz a piada interna da produção, já que são shows assistidos apenas por eles, um punhado menor de jornalistas e convidados. Isso não quer dizer nada, claro. Afinal, foi exatamente dessa maneira que rolaram os shows do Cansei de Ser Sexy e Bonde do Rolê em edições passadas. Mas eu particularmente acho que o palco Jazz já basta como excentricidade para o evento.

Juliette Lewis começou a tocar bem cedinho com sua banda the Licks. Ela foi bem populista na apresentação. Parava entre as músicas e dizia “vai, tira uma foto minha agora” e fazia uma pose, depois repetia a cena, ou então mostrava o traseiro para o público (coberto pela calça, claro). Não bastasse, ainda rolou um momento bandeira do Brasil, onde ela estendeu uma bandeira que jogaram no palco. Só para constar, também jogaram uma bandeira para o Arctic Monkeys, que nem se deu o trabalho de olhar para ela. Acho mais digno.

Acho que sim, isso desmerecesse o show de Juliette and the Licks. É fácil chegar com a pose de quem diz ao público “esse é um show sem hits”, quando não se é conhecido ainda. É enganação dizer que não escolheu as músicas mais famosas, quando elas sequer existem. O rock da banda é instigante – pior ao vivo que no CD – e bem modesto. Mas no palco, a Mallory Knox de Assassinos por Natureza ainda é mais atriz que cantora. E como os Paralamas cantaram certa vez, “a vida não é filme e você não entendeu”.

Se tivesse que dizer qual foi o grande momento desta edição do Tim Festival, eu diria que foi o show do Killers. Ninguém na sala de imprensa previa o que estaria para acontecer quando a banda subisse ao palco. Catarse do ano e o vocalista Brandon Flowers quase não precisou cantar. De ponta a ponta, só com hits, o público não deu sossego a garganta por um segundo. Em certas horas, parecia que a estrutura do lugar inteiro viria abaixo de tanto que tremia.

O clima funcionou de moeda de troca com a banda. Brandon Flowers era um grande frontman e se tocou que tinha todos sob controle. Por isso subia nas caixas de retorno, fazia mil poses, corria, parava de cantar para os outros continuarem. Lembrei inevitavelmente de uma vez que discotequei na festa Nave, em Salvador e toquei Killers com o som baixinho, a galera cantando tudo no talo. Eles foram a única banda que decorou o palco com um tema de disco novo, usando uma grande bandeira com o nome “Sam’s Town” de fundo. Levei um tempo para me dar conta que um treco no centro do palco que parecia uma arvore de natal era na verdade um piano.

Enquanto isso…
A segunda noite efetiva terminou bem cedo. Eram apenas 23h e a zona de circulação esta completamente lotada de pessoas esperando pela festa final. O segundo palco, com o Projeto Axial, estava quase que completamente vazio. Só foi mudar de situação perto do show de Neneh Cherry. A demora para a festa final começar ajudou a bombar ainda mais o lugar. Tinha gente chegando aos montes, com uma fila gigantesca, ainda s 2h da manhã.

Mas meu vôo de volta era muito cedo, por isso zarpei do lugar.

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