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COBERTURA FESTIVAL DOSOL 2008: DIÁRIO DE NATAL (RN)

FESTIVAL DOSOL AQUECE CENA INDEPENDENTE

Uma maratona da música independente. O Festival DoSol chegou à sua edição 2008 dando um cansaço no público, que foi de cerca de 1.500 pessoas por dia, em média. Não dava nem para pegar fôlego após uma apresentação que já começava outra no palco seguinte. Mas dessa vez, algo estava diferente. Primeiro, o evento foi divido em dois dias, e não os três das edições passadas, o que não diminuiu a qualidade do evento. Pelo contrário, o Festival DoSol deste ano mostrou-se mais organizado do que em anos anteriores, e tudo isso concentrado no sábado e domingo.

A segunda grande evolução foi na constituição de outros espaços, além dos palcos do DoSol Rock Bar e do Armazém Hall. Uma feirinha para comercialização de diversos produtos da cena alternativa foi disponibilizada em uma parte da pizzaria Calígula. Do outro lado da Rua Chile, a Grito Produções cedeu sua sede para a famosa ôtroca de figurinhasö entre jornalistas, músicos, produtores e afins, num ambiente agradável e bem decorado que deixou impressionados os detentores das fitinhas rosas nos braços, identificados pela organização para que pudessem acessar o galpão.

Mas vamos às bandas. O Festival DoSol 2008 começou os trabalhos com as bandas potiguares Rock Rovers e Fewell. Um início marcado por guitarras de riffs bem elaborados nas guitarras da segunda banda, relacionada no casting da Xubba Musik. Uma boa entrada para o sábado.

Direto da Paraíba, o Star 61 subiu ao palco do DoSol Rock Bar para sua segunda apresentação em terras potiguares, sendo a primeira no Festival Música Alimento da Alma (Mada), onde já mostrava uma irreverência peculiar. Mas foi no seu segundo ato no RN que a estrela de número 61 brilhou mais. A atitude ensandecida do vocalista Flaviano André Pereira conquistou a audiência, seja em momentos como o que ensaiou se despir no palco – com a ajuda do público requisitada ao microfone – ou quando subiu nas grandes caixas de som do evento.

Em seguida, mais uma banda local sobe ao palco. A Rosa de Pedra, com todo o seu regionalismo, demonstrou uma apresentação concisa, exemplo de um trabalho que vem se consolidando ao longo dos anos em Natal e que ganhou mais força com a apresentação que fez recentemente no Mada, em agosto.

E então, eis que surge a hora de deixar o papel de produtor para dar lugar ao de baixista da The Sinks, e assim curtir um pouquinho da obra de arte de que é o autor. Anderson Foca subiu com segurança ao palco do Armazém Hall, já abarrotado de gente, e deu seu recado. O grupo demonstrou um show, como diria o próprio Foca, ‘‘redondo’’, sem falhas e com muito peso. Um misto de hard rock com punk rock. Destaque para os vocais e pegada de guitarra de Dante.

Para substituir a paranaense Terminal Guadalupe, que em cima da hora desmarcou a apresentação, a Macaco Bong (GO) deu um show de música instrumental independente. O grupo se apresentou pela primeira vez em Natal no ano de 2006, no Mada, e há uma semana, tocou no lançamento do CD da Distro (RN). Mais familiarizados ao público potiguar, eles se sentiram à vontade para destrinchar acordes complexos e uma atmosfera de rock alternativo dos anos 90.

O barulho chegou à sua máxima quantidade quando subiu ao palco o MQN. Mostrando um rock and roll clássico, à la ACDC, a banda repetiu alguns de seus sucessos já consagrados nestas terras por suas apresentações anteriores no Mada e no próprio DoSol. Vale ressaltar que de tão bem que se saiu, a MQN, ao finalizar seu show, pode se emocionar com um ôbisö que normalmente não permeia a carreira de bandas independentes. Em coro, o público berrava “Hey, hey, hey, hey!”, fazendo alusão à faixa “Cold Queen”, do disco Bad Ass Rock And Roll. Destaque para os vocais de Fabrício Nobre, que além de vocalista do MQN é atualmente o presidente da Associação Brasileira de Festivais Independentes (Abrafin).

Após o Amp (PE) fazer uma apresentação correta no DoSol Rock Bar, veio o Forgotten Boys (SP), que apesar de não ter trazido muitas novidades em relação ao seu show passado no festival, incendiou o público, que nessa altura, lotava o Armazém Hall. Sucessos do disco Stand By The D.A.N.C.E consagraram o grupo como um dos melhores shows do dia.

A capacidade do DoSol Rock bar mostrava-se limitada quando o Black Drawing Chalks (GO) começou a tocar. Não deu nem para ver como foi, tal era o sucesso de público do primeiro dia de festival.

Fechando as apresentações do sábado, a americana The Donnas, composta apenas de mulheres, fez um show certinho e mais estendido do que as demais bandas. Entoando canções no estilo pop punk, o grupo lembrava um “Blink 182 feminino”, fórmula que conquistou não só a garotada, como um bando de marmanjos que babaram pelas belas moças.

FINADOS

A obscuridade do Dia de Finados encaixou-se perfeitamente com o segundo e último dia do Festival Dosol, que foi predominantemente repleto de camisas pretas e bandas de peso. Os momentos “dar” do domingo não foram tão bons quanto o sábado, mas para quem gosta de metal e afins, foi uma oportunidade de ver ícones brasileiros que nunca estão relacionados festivais no RN, com exceção do DoSol.

Mesmo sendo um dia para os metaleiros, o início do dia transcorreu, digamos, mais leve, com destaque para os efeitos oitentistas da cearense Plastique Noir, que arrisco nestas linhas dizer que deveria estar relacionada ao sábado. Um show competente, mas que ainda não contava um público que lotasse o Dosol Rock Bar.

Mais a frente, a natalense Brand New Hate, revelada no Mada deste ano, mostrou-se pronta para alçar vôos maiores. Dotada de um Hard Rock preciso e gritado, arrancou elogios da audiência, marcando mais um ponto para a Xubba Musik, selo potiguar que ganhou força neste ano mostrando um aumento no número de bandas do casting a participarem do festival. Dessa vez, foram três grupos: Fewell, Brand New Hate e a que se apresentou logo após, a Distro. Logo após, se apresentou a competente Calistoga.

O público do metal pôde ir ao delírio com a consagrada banda de metal Expose Your Hate (RN). Com a garantia de shows sempre lotados, já que possui um público fiel, o grupo tocou com segurança o palco do Armazém Hall.

Ao fim, apresentaram-se Torture Squad no DoSol Rock Bar e Mukeka Di Rato, grupo de Hard Core do Espírito Santo, no Armazém Hall. Ambas contaram com um público metaleiro que se espremia no bar, lembrando do clichê futebolístico que decreta: “entraram em campo com o jogo ganho”. Como foi dito inicialmente, o Dia de Finados encaixou-se perfeitamente com este domingo de Festival DoSol: o cenário estava um pandemônio, quente e vibrando ao som do rock pesado.

VINÍCIUS MENNA
DA EQUIPE DO DIÁRIO DE NATAL

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2 Comments

  1. parabéns foca pela disposição, dedicação….pra fazer acontecer o rock…foi mto bom…ótima organização…tah de parabéns mesmo, de rocha…

  2. VEM AI OLINDA ROCK ARTE

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