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CLIPPING – RESENHA DO SHOW DO ROCK ROCKET NO ROCK POTIGUAR

O palco tremeu no DoSol Rock Bar!

E foi de verdade! O palco tremeu mesmo ontem no show do Rock Rocket no DoSol. O trio botou pra ferver e levantou a galera, mostrando porque foram escalados para a turnê do Banda Antes da MTV que passou por aqui.

Mas vamos falar logo das bandas de abertura e depois voltaremos aos rockets. A primeira banda foi o Vitrola (uma das coisas boas de 2006). Foi um público pequeno que viu o baixo, a guitarra e a bateria dos vitrolas, mas isso não foi empecilho para os meninos destilarem o melhor de sua música e fazer a tímida turma dançar ao som das autorais e das versões de “My generation” do The Who e “Rock das aranhas” de Raul. Mais um bom show do Vitrola e agradou aos presentes que fizeram protestos de “já acabou?”.

Pegando um público maior e já aquecido pelo Vitrola, é a vez do Arquivo subir ao palco. Essa foi uma banda que me causou surpresa. Não sei se tinha uma impressão errada do som dos caras, mas essa se foi depois desse show. Eles se mostraram mais maduros musicalmente e com um som mais melódico marcado pela guitarra.

Seguindo o Arquivo, vem o Drunk Driver que fez jus ao nome da banda ao subir no palco com a inseparável latinha de cerveja. Já com um público bem maior (já estava quase na hora do Rock Rocket tocar) o Drunk soltou o seu rock rápido, forte e gutural causando a tão famosa roda de dança empurra-empurra. Mas o que me chamou a atenção mesmo foi a bateria, que acabou sendo a marca do show deles. Compassos rápidos, fortes e precisos com direito até a baqueta quebrada. O baterista faz parte daquele seleto time que toca com peso sem perder a musicalidade ou deixando a música muito barulhenta ou sem ritmo. Ponto para os motoristas bêbados! Outro bom momento do show foi quando eles tocaram “O dotadão deve morrer” dos Cascaveletes, que causou uma corrida a frente do palco do pessoal que estava atrás.

Isso o Rock Bar estava quase lotado quando o Drunk Driver deu vez ao Fliperama, que fez um dos melhores shows (e é a outra coisa boa de 2006). Com uma galera mais participativa ainda e subindo enloquecidamente no palco para os moshs, o Fliperama tocou suas autorais que foram cantadas aos gritos pelos fãs. Foi praticamente uma invasão de palco, microfone, uma grande festa bagunçada em nome do velho e bom rock. Com a missão cumprida de entregar a casa cheia e animada ao Rock Rocket, o Fliperama saiu do palco aos gritos de “mais um, mais um”. E foi assim que os potiguares passaram a bola para os paulistas roqueiros, que chegaram ao palco com o grito das meninas que estavam na fila do gargarejo.

O trio fez tremer o palco mesmo e o rock bar pulou, fez mosh, a galera invadiu o palco e cantou com o Rock Rocket. Ah se os roqueiros inconseqüentes e alcoólatras fossem bacanas como esses meninos. Um show de primeira, rock do bom e ainda por cima o carisma do baterista Alan, que fez as vezes do vocalista ao anunciar as músicas, comenta-las e manter contato com a galera. Foi com esse segundo show que os rockets mostraram bem o seu som e ganharam mais fãs. Além dos moshs, o show foi marcado pela presença das músicas autorais e uma levada de guitarra muito boa. O instrumental da banda é de qualidade e uma guitarra e um baixo fazem tanto ou mais barulho (e música) que vários deles. Enfim, um show supimpa que não causa arrependimento aos que vão.

Já se foi Luxúria, agora tivemos Rock Rocket e no próximo fim de semana é a vez dos pernambucanos Astronautas. Com toda essa circulação de bandas, Natal está entrando na rota dos bons shows independentes e provando que se vier coisa bacana, o pessoal vai conferir.

Por Sandra Martins

28/01/2006

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