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– Talvez o Coquetel Molotov seja o festival mais bem resolvido do Recife hoje. Eles sabem o que querem para o evento e é muito bom perceber como o público responde a isso. O clima do lugar esteve perfeito na quinta edição, ao ponto de que você poderia ir para lá e não assistir nenhum show e se divertir bastante.
– Perdi uma nota de R$ 100. Se você encontrou, não me diga.
– A quinta edição meio que fecha um ciclo. E nele, a tradição: o melhor do festival está sempre na sala Cine UFPE, nos shows gratuitos.
Eu lembro de me perguntar, no final da edição passada do festival No Ar Coquetel Molotov como eles conseguiriam repetir o feito de esgotar os ingressos do evento. Era o ponta pé inicial da minha dúvida sobre a presença de tanta gente ali. Era pelo que o evento tinha construido ou por uma atração específica? Quando cheguei no teatro da UFPE, perto das 18h, vi que isso estava longe de ser um problema esse ano. Espaço cheio, sala Cine UFPE já lotada com o começo do show do Burro Morto. E pela primeira vez consegui pegar a primeira atração do festival.
O Burro Morto é da Paraiba e não parece com nada que eu tenha ouvido até hoje de lá. Instrumental bem incrível, daqueles que você consegue distinguir quando uma música começa e outra termina. Aliás, parece que isso deixou de ser um problema nas novas bandas instrumentais. A lógica da canção pop venceu e isso é muito bom. Bastou ver o público dançando e respondendo imediatamente às músicas. Dos oito shows da noite, esse entra no meu top 3.
Por falar em lógica pop imperando, era genial ver um dos meninos da banda de Joseph Tourton com uma camisa do NOFX, tocando músicas que parecem ter saido de um ensaio secreto do Hurtmold. A banda fez uma boa estréia, com um pessoal incrivelmente novo e, mais uma vez, com um show instrumental. Poderia até ter ficado em horário mais nobre que não fariam feio. Sem falar que eles sinalizam uma mudança extrema na cena de novas bandas da cidade… era impossível pensar uma banda assim há, sei lá, seis anos.
O Bandini fez um show bom, mas foram prejudicados um pouco com o som da sala cine e um pouco pelo nervosismo de uma primeira apresentação fora de casa. Acabei sem conseguir ver o show deles inteiro porque foi nessa hora que percebi que havia perdido meu dinheiro. E sai na inocência de conseguir encontrar a nota perdida no chão. Não aconteceu.
Logo depois, o Guizado fez o melhor show de toda a noite. Eu lembro quando vi a banda pela primeira vez no Milo, em São Paulo, se não me engano na estréia deles. O negócio cresceu em proporções impressionantes. Não tem como ouvir dois segundos das músicas e não se contagiar e dançar. Podiam ter tocado no palco principal ou até mesmo encerrado a noite fora do teatro, em clima de festa, que seria foda.
Na mudança para o teatro, por sinal, ainda deu tempo de arriscar o Rock Band, que a Trident armou no centro do festival. A fila pro joguinho era quase tão demorada quanto a para entrar no teatro.
Depois eu falo de tudo que aconteceu no teatro, inclusive sobre esse vídeo ai acima. Sim, a Mallu tá chorando. Não, Camelo não pegou ela no final. (Mané)
Olha, é preciso fazer um reflexão: como pode TODA VEZ, em TODO SHOW o Bandini ser prejudicado pelo som? será que a culpa é REALMENTE do som?
Acho simpático o Bandini, mas na minha opinião a banda ainda é verde e inexperiente e isso sim atrapalha o show. Ou então eles têm que levar um técnico sempre. Mas pra uma banda que é guitarra, baixo e bateria que só toca em lugar onde as outras bandas tb são baixo guitarra e bateria, não tem cabimento esse problema com o som SEMPRE.
Vi o show de Bandini e eles não tiveram problemas com o som (exceto por um cabo que deu problema quando vitória e fausto trocaram de lugar, mas que logo foi resolvido)
e o show foi muito bom 🙂
Acho que o problema talvez nem seja com o Bandini em si, mas sim com o lugar-comum de escrever que a banda “foi prejudicada pelo som” ao invés de dar uma opinião mais completa sobre os méritos ou defeitos da banda ou do show.
Eu e Rodrigo (Lunares) estavamos lá ajudando o pessoal. Não tiveram problemas com o som não. A única bronca foi um cabo que deu problema e rapidinho se resolveu a parada. O show deles foi muito bom e saíram com uma boa impressão do festival.
*Não lembro de ter visto Bruno Nogueira na hora que ocorreu esse único problema, aliás, só o vi nas primeiras 3 músicas.
Diz Cássio.
Eu não vi o show inteiro mesmo. Tá escrito no texto, se você ler com mais calma vai notar.
O problema do som é que o microfone estava desregulado em relação aos instrumentos. A voz acabou ficando mais alto do que cabia nas músicas.
O que não necessariamente estragou o show. Até porque disse lá que foi bom. Não esperava que fosse de outra forma, considerando que eu que indiquei a banda para tocar no festival.
Acho que isso cala ana morena em partes.
Sem falar que nesse dia o bandini tocou no lugar onde todas as bandas que tocavam eram instrumentais, usavam sintetizadores e tudo mais, nada tão convecional como dito acima pro ana. Fomos os únicos a tocar sem técnico de som mesmo. Acho que as pessoas deveriam se informar mais mesmo.
E, sim, a experiência nos ajudárá muito.
felipe, é sempre bom andar com um técnico, principalmente se o festvial tem visibilidade. Isso faz muita diferença porque deixa a banda segura para fazer o que combinou nos ensaios.