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COMO FOI? FESTIVAL TRANSBORDA – TERCEIRO DIA

monograma
Foto: Monograma (MG)

As quase 6.000 pessoas que estiveram ontem acompanhando a programação do último dia do Festival Transborda sairam de alma lavada. Num lineup empolgante e que só veio melhorando no decorrer da noite, o evento, mesmo no primeiro ano, se fixa como uma das boas surpresas do ano. Agora é a luta pela continuidade, as vezes bem mais mais inglória do que colocar uma primeira edição na rua.

Uma coisa é certa e já comentei aqui. Como Minas é um estado musical! Digo de novo, porque eu nenhuma edição de festival que vi por aí constatei tamanha quantidade de bons vocalistas em todos os estilos que se apresentaram. De Manolos Funk a Eminence isso ficou claro.

A programação começou animada domingo com sons para dançar no final de tarde. O Manolos Funk, que bebe (demasiadamente) na praia do Red Hot Chilli Peppers começou a festa, dando espaço para os excelentes rappers do Julgamento. Teve mais suingue com o Samba de Luiz, mais voltado por samba rock e adjacências e o incrível Black Sonora, uma das bandas que teria mais chances fora caso comece a circular.

O melhor do dia entre as bandas mais novas (e mineiras) foi o Monograma. Três ótimos vocalistas revezando ótimas melodias, canções certeiras, boa presença de palco e um repertório de dar inveja a muita gente. É bom ver se cruzar as influências do clube da esquina com o rock inglês. O Transmissor também usou bem esse artifício positivo, mas o show demorou a engrenar com o vocalista se incomodado com algo no palco. Engraçado ver que um mito mineiro como o Skank influencia essa turma, mesmo que uma certa centelha indie os afaste de tal referência.

A doidera torta do El Efecto quebrou o clima fofo que se abateu sobre o público e preparou o terreno pro melhor show da noite: Eminence! E onde tem metal (e ainda mais gratuito) tem as hordas metálicas presentes né? Até ônibus de torcida organizada tinha para prestigiar um dos mais aclamados grupos mineiros de metal. Depois de Sepultura e Sarcófago não tenho dúvidas de que o Eminence está no hall dos melhores (em se tratando de Minas isso é muita coisa).

Som forte, pedradas a la Machine Head com um pequeno flerte com as linhas mais novas do metal e um vocalista EXCELENTE! Essa é a fórmula que fez o Eminence voltar a ativa depois de um bom tempo de hiato.

O BNegão tratou de fazer o serviço de encerramento das atividades com a maestria que já é comum as suas apresentações. Ao lado dos Seletores de Frequência a coisa fica ainda mais legal. Foi um baile digno de um festival que já chegou dizendo ao que veio. O Transborda foi incrível e seus realizadores podem se orgulhar de ter proporcionado uma excelente plataforma para a música independente de Minas e do Brasil. Quando um trabalho sério acaba em festa é que algo de muito bom aconteceu, é a lei da natureza!

Valeu beozonte!

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3 Comments

  1. Festival foi otimo mesmo!!! E espero muito que se concretize no calendário mineiro! E com relação ao Eminence…. desculpe… mas PQP!!! Foi um show extremamente energetico!!!! E o vocalista não me deixou chances para sentir saudades do vocalista anterior!!!! Boa sorte para eles na nova turnê europeia!
    E parabens ae pela resenha! Muito bom!

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