Resenhas

RESENHA: SURF E DESTRUA – MAHATMA GANGUE

Por O Inimigo

Você, usuário de música, responda: é mais importante um bom vocal ou um bom instrumental? O conjunto da obra se perde por um item? Claro que se as duas coisas vierem juntas é perfeito, mas na impossibilidade da união, qual sua preferência? Pois bem, o Mahatma Gangue, banda mossoroense que atende pela alcunha de garage-surf-punk-bicicleta, tem uma proposta que de longe passa por inovadora. Mas se nos dias de hoje o que mais vemos são cópias mal acabadas de outras bandas medianas, o trio mossoroense ataca com uma mistura de surf music-garage-punk peculiar. Eles que possuem algumas músicas instrumentais não tem o fio condutor na guitarra, como muitas outras bandas. Prevalece uma igualdade do trio.

Durante a gravação do disco e últimos shows, já era possível ver como o álbum sairia diferente da proposta do EP e do Split com o Renegades Of Punk (SE), onde a pegada é puramente agressiva. A agressividade não sumiu, mas passeia lado a lado com a suavidade de shortboards deslizando em cutbacks longos voltando com batidas na junção. A instrumental “Chafurdo na Praia” é um caso. Lembra Jeffrey’s Bay, em dia clássico. A mítica onda sulafricana que tem várias seções, com destaque para supertubes. A onda abre pesada, mais lenta. Quando a bancada se torna mais rasa, a onda fica veloz, quebra rápido, e se a destreza do surfista permitir passar todas as seções seguintes, mais de um minuto terá transcorrido. É sair da água e retornar a pé pela praia. Tal qual a música, seção lenta, seção rápida.

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