Bandas novas + competência = New Generation.
Por Hugo
No último sábado rolou no DoSol Rock Bar o primeiro dia do “New Generation”, evento dedicado a bandas novas. As escolhidas foram Nicoff, Asloha, Lotus, Red Cross, Calistoga e Skiva.
As 17h30 o movimento a frente do bar já era bom e vários pais iam ao local deixar os filhos, seja para tocar ou prestigiar o evento. A venda de ingressos ficou a critério das bandas o que fez que cerca de 200 pessoas passassem pelo local. A tática é uma faca de dois gumes, traz bom público, mas ao mesmo tempo tira ao fim da apresentação de cada banda. Pois o público vai mais para ver “aquela” banda.
A primeira banda a subir ao palco foi a Nicoff. Os moleques têm influência direta de hardcore e punk, mas tudo da safra nova. Pepeu, Renan, Kaliu, Felipo e Samir tocaram músicas próprias como “Meu passado”, “Não vou voltar” e “Sonhos” e, assim como as outras, tocaram covers de Yellow Card, Offspring e CPM 22, algumas de suas influências. Falta a banda e ao vocalista, principalmente, pegar mais ritmo de show, haviam muitas paradas para agradecimentos.
A segunda banda da noite era composta apenas por mulheres, Asloha. As meninas todas de preto tocaram rocks tradicionais e algumas canções mais ao estilo new metal. Composições próprias como “Anônimo”, “Mensagens” e “Quem se importa” misturaram-se a Cranberries e Pitty. Larissa, Gabi, Aninha, Keit e Paulinha precisam de um pouco mais de presença de palco, achei elas meio paradas sobre o mesmo. Mas nada que prejudicasse a boa apresentação. Larissa ainda fez propaganda sobre as modernas ferramentas de divulgação: orkut e fotolog.
A seguir veio a banda Lótus. Se a banda anterior era meio parada no palco, essa era totalmente inquieta. Resultado do som que os influencia, o hardcore. Tocaram “Esquecer”, “Não vou deixar” e outras próprias ao lado de canções de outras bandas que servem de influência.Como a N X Zero, que tocará sábado no DoSol. Até aquele momento foi o show mais instigante da tarde/noite. E era o primeiro da banda. Felipe, André, Fabrício, Kalango e Daniel estão de parabéns.
Red Cross subiu ao palco vestido com os jalecos de costume e o símbolo da cruz vermelha as costas. A banda tocou canções próprias – “Katrina”, Irmãos enchem o saco” e “Mi love”- ao lado de covers de Dead Fish e CPM 22, influências da banda. Fábio, Miojo, Peu e Vinny, apesar da pouca idade, na faixa dos 15 anos, fazem um som competente, destaque para Vinny que toca melhor e com mais confiança que muita gente “grande”.
A banda Calistoga chegou ao DoSol com um disco embaixo do braço lançado pela Geladeira Discos. O disco que leva o mesmo nome da banda possui três músicas e apesar de ser todo feito manual é bem acabado. A banda, composta por quatro integrantes, sendo três vegetarianos (Dante, Henrique e Gustavo), a exceção fica a cargo de Fernando (bateria) toca um hardcore a lá Garage Fuzz, Mars Volta, Hot Water Music e acho eu que At the Drive In também. Tocaram “Stay here”, “Nothing to ride” e “Paradise” entre as próprias. Os covers ficaram a cargo de AC/DC, Garage Fuzz e Mars Volta. O show da banda foi o mais redondo da noite, contando com riffs de guitarra que grudam e letras em inglês que falam sobre relacionamentos, escolhas e a vida em geral, temas abordados por todas as bandas.
A última a subir ao palco foi Skiva. Com um público bem reduzido, a banda fez uma apresentação que ia de um som mais calmo e pop, com guitarras mais suaves e dedilhadas, a algo mais pesado, influência de hardcore, punk e new metal. A banda que já conta com um disco de doze músicas lançadas, “Um novo tempo”, fez seu primeiro show com a atual formação. Dentre as canções tocadas no show estavam algumas do disco. Apesar de ter percebido um certo nervosismo no baterista, isso não afetou a apresentação da banda que encerrou o primeiro dia das bandas novas.
Vai ter a resenha do segundo dia do new generation?