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RESENHA – FESTIVAL DOSOL – 3ª DIA (NO MINUTO)

 POR VINICIUS MENNA
A terceira e barulhenta noite de Festival DoSol começou às 15h45 – apenas 15 minutos de atraso – e propôs um brinde ao público amante do peso.

Como em outras edições do evento, o domingo (5) foi o de maior bilheteria, com cerca de 2 mil pessoas presentes. Era impossível se mexer lá dentro.

Após os shows das potiguares Traumam, Psicomancia e Ravanes, subiu ao palco do DoSol Rock Bar Comando Etílico, também do RN.

Metal categoricamente bem executado, com solos de guitarra ágeis, a banda apresentou um bom show, acompanhado de perto pelo público, que já se espremia um pouco no DoSol Rock Bar. Destaque para os vocais da banda, tanto no falsete quanto na voz natural.

Ao fim da tarde, sobe ao palco a quinta potiguar do domingo. Verdade Suprema fez os gritos de seus dois vocalistas ecoarem pelo Armazém Hall e gerou uma roda de polgo, que não parou até o fim da apresentação.

No DoSol Rock Bar, era a vez da carioca Ataque Periférico, com um hard-core-grind, que era um tapa na orelha. O vocal gritado e distorcido incentivou até mesmo a formação do velho Lado A, Lado B em uma das músicas.

Após turnê pela Europa, a pernambucana Insurection Down chega ao Armazém Hall para a apresentação no Festival DoSol. O público já era grande a esta altura. Grind corrido, gritado e de palhetadas ágeis, o grupo fez um show correto para o estilo.

O show da banda carioca Jason certamente fez com que o DoSol Rock Bar experimentasse a maior lotação de sua pequena vida.

Era uma missão impossível chegar às portas do bar, quanto mais entrar. Seu som de peso contagiou o público que conhece a banda há algum tempo. Grupo consagrado em turnês pela Europa, o Jason fez um bom show.

Chega a hora internacional do Festical DoSol. No palco do Armazém, The Nation Blue começa o show com o guitarrista tocando com uma baqueta no seu instrumento.

Logo na primeira música, estoura a corda “mi” – a mais grossa da guitarra – e ele segue cantando e arrumando o instrumento.

Para variar, mais um vocal gritado na noite. Após trocada e afinada a corda, o hard core do grupo ecoou pelas paredes do estaleiro e recebeu palmas em aprovação do público. Um trio de som peculiar.

O guitarrista fez várias estripulias. Ele esfregava seu instrumento na testa – o que gerava um efeito até legal. Pena que sua testa terminou o show sangrando. “Bom pra car…”, diz o baixista ao fim de uma música com sotaque de gringo.

O Levante, banda potiguar, tocou com o DoSol Rock Bar tão cheio que parecia que ia explodir. Entre o metal e o hard core, a banda faz um show bem na linha do domingo de peso do festival.

Banda expoente do metal em Natal, a Expose Your Hate fez uma apresentação ensurdecedora, mostrando um nível de profissionalismo ímpar. Em um dos melhores shows da noite, o grupo conseguiu lotar até o Armazém Hall, que comporta 2 mil pessoas.

A também potiguar Drunk Driver fez a penúltima apresentação da noite no DoSol Rock Bar. Com seu hard rock pesado e gritado, o Festival DoSol 2007 ía encerrando suas atividades.

Para encerrar o evento, a carioca Matanza fez a felicidade da maior parte do público do domingo. Com o Armazém Hall abarrotado de gente, o hard core de riffs rápidos e guitarra pesada – uma só – encerrou o evento com chave de ouro. A arte de insultar do Matanza – de letras cheias de sarcasmo e ironia – funcionou bem.

Foram 47 bandas em três dias de muito rock independente. Nunca se viu tanta banda boa reunida em um só fim de semana na Rua Chile, Ribeira, sempre palco do bom e velho Rock and Roll.

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