MARATONA DE ROCK NA SEGUNDA NOITE DO DOSOL
12/08/2007 horário: 21:18:41
A segunda noite de shows do Festival DoSol foi uma verdadeira maratona de rock. Foram exatas 11 horas de shows sem parar com vários pontos altos e um público um pouco inferior ao primeiro dia do evento com cerca de mil pessoas.
O Toys Gunz, Lotus e Fliperama, três bandas da nova geração do rock potiguar, abriram a programação do festival já com um público razoável presente na Rua Chile e fazendo apresentações corretas, mas sem grandes novidades. O Seks Collin (SP) já teve melhor sorte e movimentou a platéia num bom show, principalmente os amantes do famigerado emo.
Depois vieram ao palco os cearenses do Joseph K?, que mantiveram a fama dos power trios no festival com uma ótima apresentação. O Enne, de Minas, mostrou a força das guitarras em seu show com uma apresentação intensa num dos melhores momentos da noite. O disco em português deve ajudá-los a crescer mais na cena indie nacional.
Os potiguares do Arquivo também se deram bem apostando nas guitarras. Impressionante o poder melódico das músicas e os duetos da dupla de guitarristas. Belo show, bela banda e vamos em frente, que a essa altura não tínhamos chegado nem na metade da programação.
Mais um trio em ação, dessa vez do Rio de Janeiro. O Stellabella cumpriu bem sua meia hora de show com músicas do CD novo e um cover do Nirvana para fechar a apresentação. O Red Run, do Ceará, fez uma apresentação regular, aquém da boa demo que o grupo possui. O Allface, hoje uma das maiores bandas de Natal, mostrou isso num show onde a platéia cantou 90% das músicas com o peito aberto. Foi também um dos momentos que o galpão maior de shows ficou mais cheio no sábado extenso de rock.
Os goianos Rockfellers, com seu ar de Guns N’Roses dos trópicos, fez o que se esperava: pose e rock nas alturas. O Jane Fonda também é banda heroína dentro da cidade e mostrou ter um público fiel e intenso. Junto com o Rock Rocket, foi o show que a platéia mais participou.
O Zero8quatro veio depois fazendo um show fraco e cansado. A banda precisa se reorganizar urgente. O Violins (GO) era um dos shows mais esperados por mim e por muitos amantes do rock melódico e triste do grupo. Não decepcionaram. Meia hora foi pouco, mas deu para guardar na memória. Bela banda.
O Lucy And The Popsonics (foto), de Brasília, colocou todo mundo para dançar no DoSol Rock Bar. Turma simpática, show bacana, que deve funcionar bem
Os baianos do The Honkers teriam passados despercebidos se não fossem as macaquices de seu vocalista. Para ver foi engraçado, para escutar fica para a próxima. Com o mesmo grau de loucura do vocalista anterior, mas com ótimas músicas, o Zefirina Bomba, da Paraíba, fez um dos melhores shows de todo o festival dando seqüência à programação. Uma lapada. Mais um acerto da produção. Os caras nasceram para o rock.
Ta chegando perto do final do segundo dia, o relógio já bate meia noite e ainda faltavam três bandas para tocar. O público não arredava pé e prestigiou as boas músicas do Supergalo, de Brasília. Ninguém notou que era o Fred (ex-Raimundos) na bateria, e isso é bom para a banda. Boas músicas, muito parecidas com o Rumbora, banda finada do vocalista do Supergalo, o Alf.
Os Bonnies, de Natal, tinham tudo para ser o grande show potiguar da noite, mas fizeram a pior apresentação de todo o festival. A impressão era de que estavam ali por obrigação. Como o que já está ruim só faz piorar, a banda também teve problemas com os amplificadores e, em vez de tentar resolver, continuou o show mesmo assim. No final, fizeram o manjado quebra-quebra no equipamento (dos outros), que, se já não tinha graça antes, ali no DoSol era descabido. Nota zero, show ruim, bem parecido com o que fizeram em uma das edições do Mada.
Fechando a tampa do segundo dia vieram os paulistas do Rock Rocket com um show de rock simples e honesto. O público ainda em bom número curtiu até o final, pulou do palco e ainda se divertiu com uma jam no final, com a turma dos Honkers e do Zefirina Bomba. Show de rock na segunda noite do Festival Dosol.
 Foto: Nicolas Gomes