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RESENHA DE DISCO (MEMÓRIA): RAPTURE – PIECES OF THE PEOPLE WE LOVE


Pieces of the People we Love
Rapture
Universal

Por Luciano Mattos (Elcabong)
Depois da onda da música eletrônica e do novo rock, a nova moda na Inglaterra e que vem se espalhando pelo mundo é a mistura das duas coisas. Rock para pista de dança, guitarras com batidas dançantes ou, como já batizaram os tablóides musicais londrinos: new rave.

Um dos principais nomes dessa turma é o Rapture, banda que vem de Nova York e que nos seus dois primeiros discos produzia uma música mais calcada no indie-rock. Com mais sucesso na Inglaterra do que terra natal, o grupo mergulhou nos sons dançantes e no tal rock para pistas de dança. Acabou dando novos tons, timbres e cores a seu som. Em “Pieces of the People we Love”, terceiro disco da carreira, convocaram produtores mais ligados ao rap e a música eletrônica.

E muito dessa nova sonoridade na música do Rapture deve-se a eles: Paul Epworth, produtor de origem no rap, que tem também crédito no trabalho de boa parte dos grupos da chamada new rave. Pela mão dele já passaram quase todas as novas bandas que tem feito a cabeça das pistas de danças roqueiras, como Bloc Party, The Rakes, Futuheads, Maximo Park, White Rose Movement e Death From Above 1979, entre outros. Epworth trabalhou em parceria com Ewan Pearson (que tem um trabalho focado em grupos de música eletrônica), tendo ainda Danger Mouse (a metade do grupo Gnarls Barkley) produzindo duas faixas. Eles contribuiram para o The Rapture realizar um dos discos mais divertidos e recheados de hits do ano, com a banda carregando ma mão em diversão e energia à base dessa mistura entre guitarra, batidas eletrônicas e groove.

Hits certeiros como “Don Gon Do It”, “Whoo! Alright Yeah.. Uh Huh”caem como uma luva para as pistas de dança mais modernas e menos preconceituosas. A velha história da música pop e seus ciclos. O rock está definitivamente de volta às pistas de dança.

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