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RESENHA DE DISCO: BARBIEKILL – AÍ MEU EDY

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Por Sandra Martins

Onde há fumaça, há fogo. Foi depois de tanto ouvir falar da banda Barbiekill, ainda mais depois de saber que eles são o primeiro nome confirmado para o MADA desse ano (que vai ser nos dias 07,08 e 09 de agosto), resolvi dar uma ouvida no som do pessoal.

Na minha vã imaginação o som deles era um rock, mas ao baixar o EP “Ai Meu Edy!” me deparei com uma música que segue a linha do Cansei de Ser Sexy, Lucy and the Popsonics. Essa nova música que mistura guitarras, samplers, e muitos elementos eletrônicos. Mas não vá pensando que os potiguares do Barbiekill (ainda não sei se é analogia ao nome “barbecue” do inglês ou se eles querem mesmo acabar com a barbie) são uma cópia das bandas citadas acima.

Nada disso. Eles conseguiram entrar na onda com cara própria e muita personalidade. Logo na primeira ouvida, notei uma referência ao The B52’s, que se tornou clássica por fazer uma música pop de qualidade e inovadora. Seguindo essa trilha de canções bem humoradas e dançantes, o Barbiekill se jogou e se tornou um diferencial entre as bandas aqui do estado. As letras são em inglês e português e tiram um malho da menina “dada” do baile funk e das socialites emergentes. Mas vamos ao EP.

A irreverência da banda começa pela capa, que coloca Albert Einstein num fundo ao estilo de Andy Warhol. Mas voltemos à música. O EP começa com “Chiclete”. As rimas são hilárias e a letra conta a história daquela garota pegadora e do menino que é doido pra ficar com ela.

A batida tem um pouco de anos 80 e barulhinhos de video game. Logo após o “Chiclete” (que tem tudo para grudar mesmo), temos “Pacman attack”. Apesar de o nome ser daquele famoso jogo de video game, a letra fala da ansiedade para se chegar ao sábado, o dia da farra, da cerveja e outras coisas mais.

A letra para essa música é em inglês e mais uma vez os barulhinhos do jogo estão presentes, além da guitarra e bateria fortes. A canção mistura bem o eletrônico com o rock. Saindo do Pacman oitentista, temos “Youth” e sua batida contagiante que é um convite para a pista de dança. Também cantada em inglês, ela mistura nomes de bandas. Prestando atenção, você vê o nome do Smashing Pumpkins e do Sonic Youth. E até uma referência ao Ramones (Yeah, ho! Let’s go, let’s go!).

Para fechar a festança, aparece “Subi na vida” e seu bilhete premiado de raspadinha. A letra fala da emergente que ganha um dinheiro nas apostas legais da vida, compra um jatinho e passa a viver como madame. Além de tirar um sarro das emergentes, eles ainda ironizam a bulimia, que é a moda entre as meninas da cabeça vazia que querem virar esqueletos ambulantes.

Com toda essa energia e musicalidade, o que se espera do Barbiekill é que eles realmente subam na vida e conquistem seu lugar na música independente do Brasil. Com essa, eu lembro da tenda eletrônica do MADA no ano passado, entupida por causa do Montage. Imagine se a gente colocasse o Barbiekill, o CSS e a Lucy! Se joga pintosa!

Para dar uma conferida na misturada musical da banda, é só baixar o EP aqui:

EP BARBIEKILL – AI MEU EDY!
http://www.badongo.com/file/5560267

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