A parte gráfica do disco de estréia da potiguar Revolver é bem simples, mas muito boa. Toda preta e branca. Três páginas na parte externa e três na interna. Na externa a capa com uma foto onde cinco homens discutem algo, ao fundo um monitor com uma imagem da banda. Na contra-capa uma moldura com foto da banda, e na terceira página os créditos. O disco foi lançado pela DoSol Records e tem distribuição nacional da Alvo.
A primeira música, ?Quero ver?, começa com passos e ao fundo pode-se ouvir Beatles. Teoricamente uma deixa do que virá, teoricamente. Tem uma pegada de blues, mas é rock. No meio da música uma quebra de ritmo, achei desnecessária, assim como acho nos shows, soa estranho. A letra fala de um encontro.
?Cafajeste? começa com a virada da bateria de Orelha. O título já diz tudo sobre a letra. A mesma pegada da anterior, blues-rock. ?Ela me ama? fala da mãe dos filhos do protagonista, uma canção de amor familiar. Seguem-se solos de guitarra, baixo e bateria sem grandes intervenções. ?Por acaso? é uma balada. Continua a temática canção de amor. A guitarra dedilhada sozinha e as vezes emparelhada com um solo mais pesado são o pano de fundo para a relação que acabou deixando gosto na boca. Amargo.
?Um simples gesto? mantém tudo dito anteriormente. Música de amor com alternância de momentos acelerados com lentos.
?Cadillac ?68? fala do carro do título que foi roubado duas vezes. Uma pelo personagem principal e outra vez por uma mulher. A guitarra nesta música parece estar mais suingada, mais chorada. Segue-se ?Vestida de noiva? na mesma toada das outras, solos, blues-rock e bebida com mulher. ?Sem você?, a oitava, é mais uma balada. Balada de saudade, de ausência. ?Muralha? é um cachorro homenageado com a canção de mesmo nome. A letra fala do sentimento do dono pelo cão. É uma balada? É um blues? Um misto dos dois. A última, ?Rock and blues bar? fala dum bar que tem uma jukebox., parece um relato de uma tocada da própria banda. Música rápida. Guitarra no máximo, bateria também. O nome da música poderia dar titulo ao disco.
O Revolver é uma banda bem ativa na noite natalense, põe muita gente para dançar. E se a banda quis fazer um disco homogêneo e igual aos shows conseguiu. Não há mudanças ou intervenções mais criativas. Eu não gostei da linha que seguiu do início ao fim. Uma linha reta. Os solos de guitarra parecem ser iguais, a bateria também não muda, é o feijão com arroz. A voz de Paulo soou estranha, diferente. E não consegui ouvir o baixo com nitidez. Tem quem diga que eles lembram Beatles, os próprios admitem a influência, mas não lembrei ao ouvir o disco. O disco não é rock e nem é blues, é uma mistura dos dois. Para dançar na night é bom. Mas não causou o impacto dos bons discos. Aqueles que você escuta e diz: Porra, que som.
NOTA DO DOSOL: NÃO CONTÉM O NOME DO AUTOR DA RESENHA NOS CRÉDITOS NO SITE
O site está em fase de testes, mas vamos consertar. Hugo Morais escreveu!
e a capa do disco que aparece é do Volver de Recife. dá uma sacada lá Rodrigo!!!