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RESENHA: CD DO REVOLVER NA DYNAMITE

Por Humberto Finatti

REVOLVER – É absolutamente incrível como a ensolarada Natal, capital do Rio Grande Do Norte, possui hoje um dos cenários musicais alternativos mais ricos e diversificados de todo o Brasil. Ali há espaço para tudo: para a black music em suas múltiplas acepções (rap, hip hop etc.), para o indie rock de influência guitar inglesa (vide o duo Automatics), para o rock rural com um pé na mpb (SeuZé) e… para a bacanésima Jovem Guarda garageira que ressurge com competência e muita animação no som do quinteto Revolver (Paulo Henrique nos vocais, Cleo Lima nas guitarras e vocais, Carlos Eduardo também nas guitarras, Paulo Ricardo no baixo e Thiago Orelha na bateria). O som da banda é uma delícia: rock’n’roll sessentista, com mergulhos naquelas melodias pop altamente dançantes, e onde os eflúvios de garagismo e blues ecoam em cada faixa. Os corinhos nos backing vocals são impagáveis e as letras são de uma simplicidade cativante nas suas imagens/descrições de amores mal resolvidos (“Se você ainda pensa em mim/Que não seja por acaso”, canta o vocalista Paulo na doce balada “Por acaso”. E toda a estética do álbum, já a partir da capa em preto & branco e do visual dos músicos (com suas elegantes camisas pretas e gravatas brancas), deixa bem claro que o Revolver não está nem aí para a contemporaneidade do rock. O retrô aqui fala mais alto. E produz ótimos momentos, como “Cadillac 68’”, “Sem você” ou “Muralha, meu amigo”. Diversão e ótimo rock’n’roll garantidos. Pode ir atrás: www.revolver.zip.net.

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