Um incentivo aos músicos do RN

Fonte: Diário de Natal

Dúvidas sobre o edital e o preenchimento do formulário para os interessados em concorrer ao edital do Concurso Prêmio Núbia Lafayette (Incentivo para a produção musical potiguar), serão esclarecidas hoje, a partir das 9h, no Teatro de Cultura Popular (anexo à Fundação José Augusto). Na ocasião os coordenadores do concurso, os músicos Mirabô Dantas e Babal, acompanhados do diretor administrativo da Fundação, Fábio Lima, irão se reunir com os interessados em se inscrever no prêmio, cuja finalidade é a gravação de 40 discos com a música potiguar.

O edital do concurso foi lançado em 30 de dezembro e as inscrições prosseguem até 13 de fevereiro. Entre os objetivos do prêmio está o estimulo à produção de obras musicais potiguares e a ampliação do acervo cultural do Estado. ‘‘A idéia desse prêmio surgiu ano passado durante as reuniões da Câmara Setorial de Música, formada por artistas dessa área, que propuseram à Fundação quatro projetos. Dois deles estão sendo encampados, um é a realização desse prêmio e o outro é a confecção de home pages para os artistas da área musical, que deverá ocorrer até o fim do ano’’, esclareceu Babal.

O Prêmio Núbia Lafayette irá contemplar 40 projetos fonográficos de artistas potiguares que podem concorrer com obras próprias ou de outros autores potiguares. Babal esclarece que estão abertas três linhas de créditos. Serão contemplados 10 projetos para o grupo A, cada um receberá o valor bruto de R$ 5.500, o grupo B contemplará 20 projetos com o valor bruto de R$ 4.800 e os 10 projetos selecionados do grupo C receberão R$ 3.500 (bruto). Os recursos para os três grupos serão revertidos em horas de estúdio para a gravação dos projetos musicais.

‘‘Nós já fizemos uma reunião com os estúdios da cidade, que entram nesse edital como nossos parceiros. Eles farão um preço mais acessível, pois esse projeto também será interessante para eles, pois poderá render outros discos no futuro’’, acredita Babal. Com relação a divisão do edital em três grupos ele esclarece, ‘‘falando na prática, tem artistas, como os tocadores de viola, os repentistas, que não necessitam de tanto tempo de estúdio. Eles fazem os repentes na hora. Os grupos de rock, por exemplo, que já têm cinco anos de estrada, gravam os instrumentos todos de uma vez, precisam de um pouco mais de tempo que os repentistas. E tem ainda artistas que gravam os instrumentos todos separados, aí necessitam de mais horas de estúdio’’.

Babal afirmou que durante a reunião com os estúdio e a Fundação ficou acertado que o grupo A terá acesso a cerca de 100 horas de estúdio, o B ao período de 80 a 90 horas e o C a cerca de 60 horas. â€˜â€˜É muito importante que os artistas participem desse edital, que foi encampado pela Fundação e pela governadora, pois ele não termina, será uma política pública’’. Babal ainda acrescentou que o prêmio distribuirá o montante de R$ 180 mil entre os ganhadores.

Os selecionados, em contrapartida, devem apresentar projetos para a realização de duas apresentações artísticas no Teatro de Cultura Popular Chico Daniel ou em outro espaço cultural ligado à Fundação José Augusto. Tais apresentações precisam ser destinadas aos alunos da Rede Pública Estadual, com datas a serem agendadas. A produção desses eventos fica sob a responsabilidade da Fundação José Augusto. O formulário e o edital estão disponíveis no site da Fundação José Augusto (www.fja.rn.gov.br).