Por Foca
Quando começamos a conversar sobre lançar um álbum solo, Txio Pulinho já foi logo dizendo: não tenho as músicas, mas tenho o nome do álbum e a data de lançamento: 04 de dezembro e vai se chamar 50. O homi quer comemorar 50 anos de vida com um disco, não esperava menos dessa figura icônica da música potiguar. Galeroso, teiomoso e conectado com seu tempo/espaço, Txio Paulinho acredita que a vida é muito boa, basta clicar em qualquer canção do álbum por vir que você vai logo perceber o que é viver bem na verdade dessa figura.
A narrativa caiçara, lifestyle de Paulo desde sempre, aproxima o álbum de referências que levam você sempre para beira do mar. Batidão, reggae, ragga, brega surf, estão lá, embalados com a incrível capacidade de Paulo em narrar a vida simples do cotidiano, olhando o copo meio cheio, mesmo com os perrengues batendo a porta sempre que chega o fim do mês. O disco todo parece uma grande aula gratuita de como ser “bom vivant” sem nenhum luxo por perto, muito pelo contrário.
Na nossa primeira reunião, ele até disse que queria ficar distante do Dusouto e fazer uma álbum mais sério. Escutei aquilo com preocupação porque Paulo não seria Paulo mais sério. Teria a idade arrefecido aquele coração galeroso? Mas foi só receber as primeiras composições pra perceber que ele estava entregando pra cena nordestina um disco de luz, pra frente, praiano e narrativo da vida boa que a gente está precisando muito nesses momentos pandêmicos. Me parece a trilha ideal para um volta à normalidade tão sonhada. O 50 de Txio Paulinho não trouxe a vacina junto, mas nos dá a certeza de que ela está bem próxima.
Fiz a direção artística desse trampo e a FeRve com Daniel Jesi e DJ Guirraiz produziram e tocaram em todas as faixas, também responsáveis por traduzir Paulo pra todos nós. Só presta ouvindo na goodvibe. Deguste! 50 chega nesta sexta,