A trajetória de uma das maiores bandas do país
Por Bruno Nogueira. wwwnagulha.com.br
Eu fui apresentado a Lirinha pelo menos umas quatro vezes. Duas delas por iniciativa própria para alguma entrevista. Outra vez foi por Otto, em um bar em São Paulo e, na outra, pelo produtor do Cordel do Fogo Encantado, Gutie. Sempre tive a impressão de que se esbarrasse com ele outras 15 vezes, seriam necessárias outras 15 apresentações. Lirinha já chegou naquele estágio onde o artista vive em um mundo onde existe sua criação artística e as pessoas que cruzam seu caminho. Tentar entender o que o fez levar ao encerramento da banda seria penetrar em uma fortaleza que poucos tem acesso.
O Cordel do Fogo Encantado que encerrou as atividades não é exatamente o mesmo grupo que Lirinha iniciou com os amigos Clayton Barros e Emerson Calado em 1997, na cidade de Arcoverde no interior de Pernambuco. Naquela época, a reunião de amigos tinha como finalidade o teatro. E a apresentação, que foi batizada com o nome da banda, sequer tinha percusão. A transformação veio na virada do século, quando o Cordel se apresentou no festival Rec-Beat. De lá para cá, fizeram a transição entre mundos e passaram a lançar discos e conquistar prêmios de música.