Por Júlio Cortez, Natal/RN
Daqui a pouco começa mais uma edição do Festival DoSol, e acho oportuno lançar uma opinião sobre o que acontece em Natal em se tratando de Rock e da nossa (desculpem a palavra !) “cena”, olhando um pouco pra trás e projetando o futuro.
Como um amigo sempre fala “Existe música e existe Rock!”, tendo isso em mente e com todas as interpretações que a frase pode causar, estamos vivendo um momento único, de rompimento com tudo que vinha sendo feito e pensado, da maneira como se concebe e se consome “rock”, para exemplificar o sinal dos tempos, sensações tão especiais como esperar o lançamento do seu artista favorito, ficar na fissura pra comprar o álbum completo sem vazamentos ou ir na casa de um amigo escutar um disco importado que vai demorar 6 meses pra chegar, sucumbiram ao poder frenético dos downloads.
As gravadores e os grandes artistas não sabem para que direção atirar e pra onde correr, como lançar e distribuir, estão todos correndo atrás do (enorme) prejuízo, e a tendência é o controle total das Bandas sobre sua obra e seu destino, bandas gigantes como Pearl Jam e Radiohead já deram os primeiros passos para esta total independência.
E no nosso universo o que isso representa e que pontos positivos pode trazer? Ao meu ver cai por terra um dos maiores entraves para as Bandas dos anos 90/00, a esperança de ter uma gravadora, aquela empresa fantástica que realizará todos os seus sonhos de fama e fortuna, isso não existe mais da maneira que era e ponto. E sim amigos, isso é bom!!!
E o que cada vez vai importar mais é o que antigamente era o primordial, o que fazia uma banda valer a pena ou não: os shows ao vivo, sair tocando em todo canto que tiver (ou não!!) gente querendo ouvir, formar seu público e fazer o boca a boca (agora virtual!) ser a sua arma, só é lembrar do que o Artic Monkeys e Mallu Magalhães fizeram antes do lançamento do primeiro disco, por favor sem entrar no mérito “artístico” de cada um.
E já que o palco é o que mais interessa, o lugar que mostra a verdade sobre qualquer banda, sem firulas, sem maquiagem, vamos ter a oportunidade no Festival DoSol de ver e atestar quais bandas vão estar por aí sendo relevante num futuro não tão distante e as que estarão fadadas a ficarem pelo caminho. Bandas vem e vão, mas sempre vai ter um garoto maluco pra ouvir uma guitarra no talo!!!
Se liguem jovens, o rock está mudando e isso é ótimo!!
Foto: Artic Monkeys do Myspace para o mundo.
Compartilho deste sentimento! 😀
Show é o principal, mas tem que existir um album registrando o trabalho do artista para prosperidade, concordo que registro ao vivo é massa e coisa e tal, mas para mim nada supera um belo trabalho de estudio com um produção bacana; não tô falando de gravadora não, mas mesmo na “independencia”, hoje em dia da para realizar trabalhos bacanas de estudio, coisa que o estudio DOSOL já vem fazendo.
“E o que cada vez vai importar mais é o que antigamente era o primordial, o que fazia uma banda valer a pena ou não: os shows ao vivo, sair tocando em todo canto que tiver (ou não!!) gente querendo ouvir, formar seu público e fazer o boca a boca (agora virtual!) ser a sua arma…”
isso, para mim, é o que mais importa agora.
Como eu disse: “Show é o principal”