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FESTIVAL DOSOL MÚSICA CONTEMPORÂNEA (É HOJE): ENTREVISTA COM O GARFO (CE)

O Garfo é uma banda de Fortaleza que está sendo elogiada por onde passa. Foi assim aqui em Natal no Festival Nordeste Independente e no Se Rasgum (PA) e Mundo (PB). Na seletiva do AbrilProRock 2008 ficou entre as cinco finalistas. Para quem acha que música instrumental é sinônimo de chatice, basta ouvir a banda para perceber que é possível fazer um instrumental seguro, enxuto e coeso. Sem virtuosismo exagerado, instigante. A banda passeia por vários estilos, para entender é melhor escutar. O trio se apresenta hoje (13/11) em Natal, na Casa da Ribeira, no encerramento do Festival DoSol 2008. A seguir uma entrevista com Felipe Gurgel, baixista da banda.

Hugo Morais – Porque vocês optaram pelo instrumental?

Felipe Gurgel – Quando O Garfo começou a ensaiar, ninguém conseguiu pensar em um vocalista para cantar o som que a gente vinha criando. A falta de opção vocal então pesou. Apesar da banda contar com um vocalista (João Victor), conosco ele toca bateria.

HM – Pelo que se pode ver, em Fortaleza as bandas são de estilos bem diversificados. Como O Garfo se insere na cena local?

FG – Creio que como a banda vai completar 2 anos ainda, tem muita gente que não situou O Garfo em determinado “nicho” da cena local, embora, naturalmente, a banda transite pela música independente. Em julho passado, tocamos no mesmo dia do Macaco Bong e Fossil no Festival de Música Instrumental do Banco do Nordeste. A divulgação do evento chamava isso de “dia da música instrumental contemporânea”, dentro da programação. Fico feliz porque O Garfo de certo modo tem se inserido de forma abrangente. Já rolou de bar dançante a auditório.

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