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FESTIVAL DOSOL – MÚSICA CONTEMPORÂNEA AQUECIMENTO: EU SEREI A HIENA (SP)

eu serei a hiena

O Festival Dosol – Música Contemporânea começa amanhã na Casa da Ribeira com 12 shows bem interessantes, todos gratuitos e começando às 19h. Conheça um pouco mais do Eu Serei a Hiena (SP):

Membros ativos do Ratos de Porão, Discarga, Dance of Days, O Inimigo, Tri Lambda, Good Intentions e Isosceles Kramer.

Eu Serei a Hiena – Hominis Canidae

“Acho que a maioria dos músicos se interessa pela verdade. Têm mesmo de se interessar, porque dizer algo musicalmente é uma verdade. Se você faz uma declaração musical e é uma declaração válida, existe uma verdade nisso, sabe? Se você toca algo fingido, bem, dá pra saber que é fingido (risos). Todos os músicos se esforçam para chegar o mais próximo da perfeição, e existe verdade aí, sabe? Por isso, para poder tocar certas coisas, para tocar verdades, você tem de viver a verdade ao máximo possível…” John Coltrane – 1958

Os quatro músicos que formam a banda Eu Serei a Hiena se juntaram em 2005 com um objetivo: um projeto instrumental que fugisse completamente do que todos tocavam em suas bandas “principais”, tendo o Fugazi como referência comum. Tudo fluiu tão bem que acabaram chamando alguns amigos para cantar e fazer remixes e o que seria uma demo tornou-se um álbum, lançado no mesmo ano pela Travolta Discos.

Eu Serei a Hiena (o disco) causou certo espanto com sua música não linear e cheia de mudanças de climas partindo de músicos da escola do hardcore – o guitarrista Fausto Oi toca nas bandas Dance of Days e Good Intentions, o guitarrista Paulo Sangiorgio Jr toca no Ratos de Porão, O Inimigo e também na banda Discarga, junto com o baterista Nino Tenório, já o baixista Wash de Souza toca no Isósceles Kramer . O novo disco Hominis Canidae não é apenas uma óbvia evolução de seu trabalho, é também uma busca pela liberdade musical.

A dupla de guitarristas mostra um trabalho primoroso, com “diálogos” ininterruptos e fraseado inconfundível amparada por uma cozinha sólida em canções com acento pop e melodias que não desgrudam da cabeça como “Doppelgänger”, “Yes (I do)” – conduzida para algo belíssimo e sombrio pela cantora convidada Isabel “Bluebell” Garcia- e “Na Expectativa” (essa cantada pelo baixista Wash, outro ponto alto) convivem harmoniosamente com peças instrumentais intrincadas como “Descompressão”, suingadas como Nheengatú (com Daniel Ganjaman nos teclados) ou tudo isso ao mesmo tempo como em “Talking and thinking about the weather”, as raízes hardcore da banda aparecem em Migraine (com Leo do Street Bulldogs no vocal) e Blank Pages (com vocais de Rogério Salles). Fazendo música instrumental sem virtuose, “orgânica” demais para o math rock e pesada demais para o post rock, mas que faz todo o sentido ao escutar, o Eu Serei a Hiena não só fez um grande álbum e amadureceu seu som. Encontrou a sua “verdade”. E

Eu Serei a Hiena é: Paulo Sangiorgio – Guitarra Fausto Oi – Guitarra Wash de Souza – Baixo Nino Tenório – Bateria

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