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FESTIVAL DOSOL COMEÇA HOJE: TRIBUNA DO NORTE

A degradação humana, os lixos revirados próximos ao mangue e a inquietação quanto ao futuro dos homens interessa ao grupo Eddie. Eles que vieram do Recife na mesma lama nobre do movimento Mangue Beat hoje mostrarão o repertório do último trabalho intitulado “Carnaval no Inferno” no palco do Festival Dosol, que começa hoje às 15h30. (o show da Eddie está marcado para as 0h15). “Esta participação é a oportunidade de tocar para um grande público em Natal com uma estrutura melhor. As nossas ultimas apresentações por ai foram mal produzidas”, contou Fábio Trummer, vocalista e compositor do grupo ao VIVER.

DivulgaçãoBanda Eddie encerra hoje a maratona musical mais pop do Festival do SolBanda Eddie encerra hoje a maratona musical mais pop do Festival do Sol

Para a apresentação, a Eddie está trazendo no repertório um apanhado dos três últimos discos da banda e algumas musicas de coletâneas, “que lançamos em homenagem a outros artistas, com ênfase o Carnaval no inferno”. Canções como “Bairro Novo/Casa Caiada”, “O Baile Betinha”, “Quase Não Sobra Nada”, “Nada de Novo” e “Desequilíbrio” serão tocadas no melhor estilo Eddie de ser.

O grupo já tem quatro discos lançados “Sonic Mambo” (Roadrunner, 1998), “Original Olinda Style” (independente, 2002), “Metropolitano” (independente, 2006) e “Carnaval no Inferno” (independente, 2008). Principalmente no último, as letras de protesto estão mais intensas tendo como títulos as canções já citadas acima. Fabio Trummer disse certa vez que a degradação humana e a degradação do Recife são exemplos máximos disto. “O desequilíbrio ambiental é extremo, a miséria é comum aos olhos, o desejo de consumo chega a ser ridículo, o nome “inferno” é carregado de simbolismos e significados, pra mim não é só pessimista é também usado como elogio, a quem ache o inferno melhor que o céu, e use isto como expressão positiva, esta contradição do nome me faz gostar do título do nosso CD”.

Durante o dia de hoje a partir das 15h30 passarão pelo palco também as bandas Flaming Dogs (RN), Driveout (RN), Venice Under Water (RN), O Melda (MG), Plástico Lunar (SE), Cassim & Barbária (SC), Bugs (RN), Vendo 147 (BA), Os Bonnies (RN), Rejects (RN), Sick Sick Sinners (PR), Retrofoguetes (BA), The Baggios (SE), Danko Jones (CANADÁ) Barulhinho Bom, Nuda (PE), DuSolto (RN) e Orquestra Boca Seca (RN).

Vocês têm tocado em Festivais pelo Brasil. Como observa a cena musical independente?

Nos últimos anos tocamos muito no Brasil, ser independente hoje é mais fácil a cada dia que passa, pois com o trabalho sendo realizado, o público vem crescendo e novas cidades vão entrando na agenda. Todos nós vivemos da música, e nos ocupamos dela no Eddie ou em outros projetos, trilhas, bandas paralelas, composição, etc… temos dupla cidadania, com casas em São Paulo e em Recife/Olinda.

E a parceria com Gustavo Lamartine? Continua? Qual a sua ligação com a cidade?

O Gustavo foi uma influência grande no início da banda, na época do General Lee, hoje nos vemos pouco mas continuo acompanhando de longe os passos desta geração da música de Natal, cidade que adoro e tenho vários bons amigos.

Disco novo em vista?

Sempre temos um disco novo em vista, mas nunca sabemos quando vai sair ao certo.

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