Os gaúchos do Krisiun estão entre as principais atrações da edição de 2011 do Festival Dosol. A banda toca dia 06 de novembro e conversou um pouco com a gente sobre a carreira. Confira a programação completa

O Krisiun vem de uma carreira desde o início dos anos 90 e hoje influência bandas de todo o mundo. Como é saber que muitos garotos optam pelo metal extremo na hora de montar uma banda graças a vocês?

Realmente é uma grande honra poder influencicar bandas do mundo inteiro, isso é muito positivo pra cena, pois sempre fomos uma banda séria, que sempre se dedicou 100% a causa do metal extremo. abrimos mão de muitas coisas na vida pra trilhar o caminho do metal, e isso pra mim é a melhor inspiração que podemos dar as bandas, principalmente do Brasil, de não desistir e superar os obstáculos e adversidades no caminho, e acima de tudo se manter fiel ao Metal verdadeiro.

Já que vocês influenciam tanta gente hoje em dia, o que o Krisiun está ouvindo agora e se influenciando?

A gente continua ouvindo as velharias hahahah Black Sabbath, Judas Priest, Manowar, Slayer, Sepultura, Motorhead e por aí vai, eu sou aficcionado por metal, e por mais que de vez em quando escute algo diferente, tipo blues, jazz ou rock’nroll de raiz, é o Metal que me põe pra cima e me inspira. De coisas novas tenho escutado bastante os trabalhos novos do Immolation, Desctruction e Claustrofobia

Como vocês avaliam a cena Death Metal brasileira ? Quais representantes vocês destacariam?

Hoje em dia além do Krisiun tem o Torture Squad, Claustrofobia, HeadHunter DC, Mistifyer, Claustrofobia, Confronto, Andralls, Facada, e outras, não somente de Death Metal mas metal porrada em geral.

Tem como comparar a cena americana e européia com a brasileira?

Com certeza, o povo que curte som é tudo igual, a galera vai no show bate cabeça, bebe , troca idéia, é incrivel com pessoas de culturas e paises diferentes tem o mesmo estilo e o mesmo jeito de ser, sempre somos muito bem recebidos, pode ser na Russia, nos EUA ou na Alemanha, onde for, a recepção é a mesma. O que difere é o sistema de turnes, lá fora o lance mais organizado, a gente entra no tour bus e fica um mes e meio na estrada tocando quase todos s dias, a agencia monta a tour com os produtores locais e a coisa funciona e mesmo tocando durante a semana os shows são sempre cheios, já no Brasil só rola show nos fins de semana, o que dificulta tb os produtores locais que tem mais gastos como passagens aereas por exemplo. O Brasil tem tudo pra mudar esse cenário e começar a fazer turnes como lá fora, acho que é só uma questão de tempo, assim rolariam mais shows e ficaria mais facil para os produtores locais.

Hoje o Krisiun se apresenta para grandes platéias. Vocês sentem saudade dos tempos do underground lá em Porto Alegre?

Na verdade não hahahaha sinto saudade dos amigos, do futebol na praça e das bebedeiras..mas nem um pouco de saudades da epoca que tocavamos por pão com mortadela hahahaha

Quais são as vantagens e desvantagens dessa ligação familiar na banda? (Alex Camargo, Max Kolesne e Moyses Kolesne são irmãos).

As vantagens são muitas, pois a gente é bem sincero um com o outro fala tudo na cara , não rola falar mal nas costas, ou sentir raiva, inveja esse tipo de babaquice, a gente pode discutir as vezes , mas logo já estamos tomando uma cerveja e se divertindo juntos. É foda quando começa a rolar treta interna nas bandas, as vezes uma coisinha de nada pode se tornar uma grande problema e acabar com tudo, princilmente quando rola ego e orgulho. O lance é tentar estar sempre aprendendo, respeitar as diferenças, e levar na boa, não esquentar muito a cabeça.

O novo cd de vocês “The Great Execution” já está todo gravado. Quando será o lançamento?

Será lançado nos EUA dia 31 de outubro e na Europa 1 de novembro. No Brasil , sai no meio de novembro.

Fale um pouco sobre as parcerias do cd. Já sabendo que conta com o João Gordo, do Ratos de Porão.

Ja havia um tempo que queriamos fazer uma homenagem ao Ratos, estavamos pensando em fazer um cover, mas aí surgiu a ideia de fazer um som com o Gordo, ele achou o’tima a ideia e fizemos a musica ” Extinção em Massa” juntos, e o resultado ficou extremamente brutal! É um som muito veloz e direto, é tipo uma mistura de Krisiun e Ratos. E o Marcello Caminha é um grande violonista que toca musicais regionais do Rio Grande do Sul, é aquele tipo de musico qe se mantem fiel as raizes e nunca se vende ao comercialismo barato, é uma ideologia parecida com a do Metal, é um musico virtuoso e de ideologia, por isso teve tudo a ver a participação dele no album. A musica em que ele participa é um som mais trabalhado, com passagens que lembram o Metal Classico, e a introdução do disco tambem foi feita por ele. Definitivamente é uma grande honra ter a participação destes dois gigantes no disco.

Quais são os planos de turnê do Krisiun até o final do ano?

Já estamos com turne marcada na Europa em Janeiro, o Krisiun será o headliner e as outras bandass serão Malevolent Creation e Vital Remains. Mais turnes serão confirmadas em breve nos EUA e America do Sul tambem.

Como vocês esperam que vai ser a primeira vez de vocês no Festival Dosol?

Acredito que será um grande show, tocaremos musicas novas e antigas e será destruição total! É sempre uma honra tocar no Nordeste!
Só temos que agradecer a produção do festival por estar nos dando esta oportuniudade!