Clipping, Coberturas

FESTIVAL DOSOL 2009 REPERCUSSÃO: REVISTA CATORZE BARULINHO MUITO BOM

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A organização do Festival DoSol resolveu por alargar a programação do primeiro dia com um especial contando com quatro bandas e mais o DJ Magão (RN). Foi uma espécie de saideira de luxo que rolou até quase 4 da matina com muito som suingado de samba-rock pra galera dançar. A experiência batizada de Barulhinho Bom , julgando pelo público que marcou presença até o final, deu bastante certo.

É verdade que a galera começou devagar, na parte de fora dos palcos, calibrando na cerveja e nos salgados. Era a hora da larica. O DJ Magão comandava o som numa pequena estrutura montada em frente aos banheiros (sacanagem, mas que tá afim curte o rolé com cheiro de mijo ou não).O cara botava uma preciosidade da MPB dançante atrás da outra pro público não morgar. A discotecagem do Magão não parou enquanto a última banda não subisse no palco. No caso, a pernambucana Eddie.

Antes, no entanto, outra pernambucana estaria em cima do palco do DoSol. Os caras do Nuda são conhecidos na área. Já passaram por aqui outras vezes. O som deles não podia deixar de ser dançante. O grupo faz uma mistureba sonora cheia de influências nacionais pra balançar. A galera curtiu. Mais ia curtir mais na banda seguinte.

Nuda

Foi então que no Armazém Hall os maloqueiros do Dusouto subiram no palco acompanhados do DJ Samir pra tocar o repertório que os natalenses sabem de cor. Alguns podem até pensar: “Dusouto de novo, bróther!”. Mas num tem pra ninguém não. Os caras sempre botam todo mundo pra sambalançar. Resultado: muita gente perto do palco curtindo doidão a apresentação, mesmo com probleminhas no som. Se eu não tivesse tão destruído, ainda bolava um fininho pra curtir a lombra musical.

A cada troca de palco, uma galera aproveitava pra pedir penico, arregar mesmo. Ou simplesmente vazar porque não simpatizava com nenhum outro tipo de música que não contasse com berros no pé d’ouvido. A potiguar Orquestra Boca Seca num tinha nada a ver com isso e mandou brasa. Botou o público pra bailar ao som do seu característico samba rock. Como de praxe, soltou um Que Beleza do Tim Maia pra galera se sentir bem para o último show.

De volta ao Armazém, era a vez do Eddie acabar com tudo. Só ficaram os guerreiros pra curtir os caras. E né que foram muitos! Enquanto houver brasa a galera não deixa a ponta apagar. Pense num show massa, véi! Eu tava só o pó de cansado, mas curti. Fique ali distante, sentado, calado, brigando pra não apagar. Mas olhando da parte superior do Armazém, vi a coisa linda que é uma apresentação da banda. É pra dançar mesmo. A galera lá embaixo acompanhava tudo, vibrante, pulando quase às 4 da madruga. Se era pra encerrar o primeiro dia com todo mundo acabado, com as canelas afinadas, acho que o Festival DoSol conseguiu. Só deus e eu sabe como cheguei em casa de busão, aos cacos, sem dinheiro, bêbado, louco.

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