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FESTIVAL DE JAZZ EM RECIFE NO FINAL DE SEMANA

Fonte: Press Release do Evento

Recife Jazz Festival 2007 promove fim de semana de shows gratuitos no Recife Antigo
Articulado internacionalmente, evento que visa a popularização do jazz volta ao calendário musical da cidade
Ao investir em uma programação mais extensa e abrangente, o Recife Jazz Festival retoma seu espaço no calendário cultural da cidade, e coloca Pernambuco no circuito internacional do jazz independente. O Recife Jazz Festival 2007 se realizará no período de 23 a 25 de novembro, na Torre Malakoff e Praça do Arsenal (Recife Antigo).

Com entrada franca, sua programação inclui 18 atrações de cinco países, feira de música e dois dias de seminários com oito convidados. O Recife Jazz Festival é uma realização da Sax Jazz Produções, em parceria com a Idéia Marketing&Eventos, patrocínio do Governo do Estado de Pernambuco, através da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), da Prefeitura da Cidade do Recife e da Indústria de Bebidas Pitu. O evento ainda conta com o apoio da Agência de Apoio ao Empreendedor e Pequeno Empresário (Sebrae), do Consulado da França no Brasil e do Farol Latino Música e Vídeo.

O Recife Jazz Festival mudou de endereço a fim de melhorar a estrutura e dar uma nova forma ao evento, que conta agora com palestras, feira instrumental e dois palcos. No entanto, sua programação continua gratuita. A feira de música instrumental, apoiada pelo Sebrae, será um ponto de convergência de stands com a recente produção de CDs e fabricantes de instrumentos musicais. A integração plena entre músicos, público e o bussiness da música instrumental contemporânea se dará naturalmente, em um espaço adaptado para imersão total nesse universo. “A idéia é extrapolar o entretenimento e privilegiar a cultura, buscando formas de fomentar o mercado pernambucano através dos intercâmbios e discussões.

A música instrumental tem tudo pra ser o carro chefe da música pernambucana pra exportação. O maior diferencial do festival é não ter o vínculo com as majors, e trazer bons músicos não somente artisticamente, mas politicamente, para haver um intercâmbio e articulação para fazer girar a roda da música instrumental”, diz o produtor e idealizador do Recife Jazz Festival, o saxofonista Alex Corezzi.
Ademir Araújo, o convidado de honra – Um dos maestros mais importantes em atividade em Pernambuco, Ademir Araújo é o convidado de honra do Recife Jazz Festival 2007. Ao lado de Ivan do Espírito Santo e outros 17 músicos, ele encerrará o festival num clima de festa carnavalesca. “Além da importância política como presidente do sindicado dos músicos por muitos anos, ele vem batalhando há anos com a Orquestra Popular do Recife. O frevo de rua é o que a gente tem de mais sofisticado na música brasileira, em nível harmônico, melódico e de ritmo, e queremos fechar o festival nesse espírito, aberto, de festa, num clima de amizade, euforia e dança”, diz Alex Corezzi que, ainda em homenagem ao maestro, na semana seguinte ao Recife Jazz Festival entra em estúdio com alguns músicos convidados pelo evento para a gravação do projeto musical Jazzificando Ademir, uma parceria entre a Sax jazz e Plural Produções.

A idéia reinterpretar as composições de frevo do Maestro Ademir Araújo com as bandas tocando isoladamente, e também numa jam session no Estúdio Carranca (bairro das Graças). Em 2008, Ademir Araújo será um dos homenageados pelo Carnaval do Recife, ao lado do artista plástico Aberlardo da Hora e do compositor, radialista e pesquisador Hugo Martins.
Nilton Rangel, o homenageado – Nilton Machado Rangel é considerado um mestre da guitarra em Pernambuco. Professor de várias gerações de artistas, ele foi um dos primeiros a trazer técnicas de improvisação ao Recife. Sua vida musical começou em família, iniciando seus estudos com seu pai e formando o grupo Os Diamantes com irmãos e um primo. Com este grupo atuou em teatros e clubes de Recife. Ao longo de sua carreira vem participando de diversos grupos, como a Orquestra Ramaçal Brasileira e o Coro Guararapes do Recife. Com a Orquestra Armorial de Câmara de Pernambuco realizou vários shows em excursões pelo Nordeste. Foi ainda integrante da Orquestra de Cordas Dedilhadas de Pernambuco, com a qual gravou um LP pela Funarte, do qual fez parte suas composições Maracatu dedilhado e “Pedra Terra”, em parceria com João Lira.
Histórico do evento – Músico, compositor e agitador cultural, Alex Corezzi é o idealizador, curador e diretor geral do Recife Jazz Festival. Tudo começou no ano 2000, quando Corezzi produziu o Quinta Da Boa Música no Teatro da UFPE, um evento já com a idéia de popularização do jazz, a preço popular. Dali em diante, produziu diversos shows no Recife, até que em 2002 foi para Paris estudar, já com a idéia de intercâmbio e pesquisa sobre associativismo e festivais independentes.

Tomando como exemplo o Paris Jazz Festival, realizado no subúrbio da capital francesa, a partir de 2003 Corezzi realizou três edições do Recife Jazz Festival no Pátio de São Pedro, convocando uma média de três mil pessoas por noite. Por ser aberto ao público, o Recife Jazz Festival traz em si uma proposta didática de desmistificar e questionar o jazz como música de elite, já que suas raízes sempre estiveram nos subúrbios.
Um pouco sobre o jazz – Mais conhecido como o tradicional ritmo americano baseado no blues, o jazz nasce na virada do século 20, em New Orleans. Estruturado numa série harmônica definida, se apresentava somente em quartetos ou quintetos. Entra em crise no começo dos anos 60, frente a ascensão do rock, mas volta a ganhar espaço entre os jovens, através da desconstrução e mistura com os demais ritmos. O surgimento de ramificações e subgêneros (como o free jazz e o fusion) são de responsabilidade de nomes como Dave Brubeck e Miles Davis, entre outros.
A relação do jazz com os outros gêneros e estilos gerou um tipo de simbiose musical em quase todas as regiões do Mundo, inclusive no antigo bloco soviético, onde o bebop era preferido ao rock rebelde e consumista. No Brasil, os exemplos mais notáveis da presença do jazz estão no samba-canção, no chorinho, na bossa nova e na atual musica eletrônica. Numa via de mão dupla, a música brasileira influenciou a produção dos EUA através de Carmem Miranda nos anos 40, o baião de Luiz Gonzaga nos anos 50, e o brazilian jazz de João Gilberto/Tom Jobim nos anos 60.
Jazz pernambucano – Em Pernambuco, onde a cultura popular se manifesta tradicionalmente pelo maracatu, frevo, coco e outras expressões, o jazz encontrou um terreno fértil para ser absorvido de forma natural e única. Apesar de ter nascido há mais de um século nos EUA, o jazz como improviso não tem nação de origem. É expressão ao mesmo tempo universal e específica de cada cultura.

RECIFE JAZZ FESTIVAL 2007
PROGRAMAÇÃO MUSICAL

PALCO TORRE
Sexta-feira (23/11/07)
17h às 17h40 – Contrabanda – PE
18h às 18h40 – Cacau Santos – PE
19h às 19h40 – Sidor – PE

Sábado (24/11/2007)
17h às 17h40 – Trio Sotaque – PE
18h às 18h40 – Fábio Costa – PE
19h às 19h40 – Júnior CAP – PE

Domingo (25/11/2007)
15h às 15h40 – Chico Correa & Eletronic Band – PB
16h às 16h40 – Noise Viola – PE
17h às 17h40 – Por um Trio – PE

PALCO ARSENAL
Sexta-feira (23.11.2007)
20h às 21h – Marcinho Eiras – SP
21h20 às 22h20 – Juan Pablo Arredondo – ARG
22h40 às 23h40 – Deanna Witkowski (EUA), com o músico convidado Harvey Wainapel (EUA)

Sábado (24.11.2007)
20h às 21h – Di Steffano Quarteto – RN
21h20 às 22h20 – Glauco Solter – PR
22h40 às 23h40 – Fernando Tarrés – ARG

Domingo (25.11.2007)
18h às 19h – Alejandro Vargas – CUBA
19h20 às 20h20 – noJazz – FRA
21h40 às 21h40 – Maestro Ademir Araújo (Orquestra Popular do Recife) – PE
CONFERÊNCIAS (Teatro Apolo, das 10h às 13h)

DIA 23 NOV. 2007
1. Gloria Ochoa de Zabalegui (Casa Discográfica Producciones Colibri – CUBA) – Projeto “JOJAZZ – El Joven Espíritu del Jazz Cubano” (mesmo contato de Alejandro Vargas)
2. Javier Fainzaig (FaroLatino – Argentina) – Distribuição e internet; (fainzaig@farolatino.com)
3. Luiz Lourenço (TV Universitária – PE) – TV e musica instrumental (3423-4000 / 8839-0618 docnetvu@hotmail.com)
4. Fernando Tarrés (Bau Records – Argentina) – Um dos mais importantes músicos e agitadores culturais da Argentina reúne em seu selo a nata do jazz portenho. (ftarres@fibertel.com.ar)

DIA 24 NOV. 2007
1. Bruno Boulay (Bureau Export Musique Française Brésil – Consulado da França no Brasil) – Conhecedor profundo da música francesa contemporânea, Boulay fará uma apresentação dos novos nomes da música improvisativa francesa. (bruno.b@french-music.org )
2. Luciana Azevedo (Presidente da Fundarpe – Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco – Governo do Estado) – Novos rumos da cultura pernambucana
3. Mariana Markowiecki (Representante da Secretaría de Música de la Ciudad de Buenos Aires – Argentina) – políticas de promoção e apoio à indústria fonográfica.
4. Gustavo Vasconcellos (Brasília) – Idealizador e organizador da Feira da Música Independente nternacional de Brasília (FMI) e diretor da Associação Brasileira de Música Independente (ABMI) (grv@grv.art.br )

FEIRA DA MÚSICA INSTRUMENTAL
LOCAL – TORRE MALAKOFF
Horário – 15h às 21h

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5 Comments

  1. Ola gostei muito dessa ideia do festival de Jazz, sou proponente da Street Jazz Band é uma (Dixieland)
    gostaria de saber, como participar desse evento é atraves de Edital ?

  2. Quero novidade Contrabanda. Quero ver o quarteto tocar novamente. Faz tempo que não vejo o grupo tocar no Uk.Abraço. Nilton Rangel .

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