texto por Murilo Basso
fotos por Eduardo Gabriel
Fanfarrão por natureza, Wander Wildner passou por uma das bandas mais geniais do país, usando ironia e sarcasmo para demonstrar sua insatisfação, deu vida ao “punk brega” em uma época em que se produziam apenas sambinhas e corrupção, e hoje, mesmo ainda sem saber se é hippie, punk ou rajneesh, está em paz.
Cerca de dois meses atrás, tranquilo, com sua guitarra e mochila nas costas, Wander passou por Curitiba para divulgar seu último trabalho, “Caminando Y Cantando”. A brincadeira, como já era esperada, contemplou todos os momentos da carreira do músico gaúcho e nos mostrou um artista ainda mais maduro.
Toda influência da década de 70 marca presença em “A Palo Seco”, de Belchior, “Viajei de Trem”, de Sérgio Sampaio, e “Clo”, gravada pelos Almôndegas. O apaixonado incorrigível está em “Dani”, do amigo Jimi Joe, fundamental para a construção do disco. A inquietude de “As Coisas Mudam” contrasta com a esperança de “Boas Notícias”. E as andanças aparecem em “Pra Ti Juana” e “Calles de Buenos Aires”.