O som é uma mistura que deixa dúvidas quanto as influências. São camadas sonoras de violino, guitarras e programações sobrepostas com um vocal suave. Coisa que no show deve dar uma dor de cabeça boa.
A banda data de 1995 e começou com Luciana e Alcides. Hoje, depois de algumas formações, os integrantes são: Lorena Arouche (violino/guitarra/vocais), Alcides Vespasiano (guitarra), Henrique Vespasiano (baixo), Rogério Lins (synths/programações/guitarra) e Marcelo Fujiwara (bateria). Luciana saiu recentemente, após a Feira da Música em Fortaleza.
Para baixar o EP Curva e Linha basta clicar na capa.
O som da Amps & Lina é resultado das nossas diferenças musicais: formações, escolas, influências e formas de pensar música de cada integrante. Mas, mesmo dentro do nosso universo, ainda encontramos intercessões, sobretudo no rock alternativo independente. Podemos citar influências em comum de Beatles, Radiohead, Mutantes e Sonic Youth. A primeira audição, isso pode não ser transparente. Acontece que para nós pesa muito mais a forma como cada um cria e interage musicalmente com os demais do que a definição de um estilo a ser seguido por todos. Trabalhamos muitas vezes de forma experimental, agregando, somando. É assim que buscamos nossa unidade sonora.
2 – Vi dois shows de vocês e escutando o disco vi que faltou muita coisa para chegar no som que ele traz. Como vocês driblam isso nas apresentações? Deve ser muito trabalhoso.
A gravação do EP foi um registro único do momento que a banda vivenciou em 2007 com uma formação diferente da atual. Após a entrada dos dois mais recentes integrantes, novos timbres, idéias, etc, foram experimentados e agregados a nossa sonoridade. Ainda podemos acrescentar que nossa música vive em constante transformação e evolução, pois está diretamente relacionada as nossas frequências e variações emocionais.
3 – Vocês ainda acreditam no disco físico? No cd? Qual a importância de ter um material como o que vocês distribuiram no MADA?
Embora a internet tenha facilitado o acesso e divulgação à música, algumas pessoas como nós (não muitas é verdade) ainda querem “possuir” um exemplar físico da obra de artistas que realmente gostam. O Cd físico ainda tem um papel indispensável para qualquer banda, hoje ele é o nosso cartão de visita no plano real, ao entregarmos a alguém ele sempre irá acompanhado de um aperto de mão, algo que internet não permite.
4 – Quando vocês perceberam que ter esse material era necessário?
Foi uma necessidade natural que surgiu para podermos interagir melhor com toda a cadeia produtiva. É um meio estratégico de condensar informações e encurtar caminhos em meio a grande quantidade de material de artistas independentes.
5 – Como se deu o contato com a Midsummer Madness para lançar o EP?
O EP foi lançado em setembro de 2007 de forma independente. Em outubro recebemos o convite pessoal de Rodrigo Lariú através do myspace para relançarmos virtualmente o mesmo pelo selo MMRECORDS.
6 – Quais as impressões sobre a apresentação no MADA e os planos a seguir?
Participar da 10ª edição do MADA foi uma experiência emocionante e enriquecedora. Tivemos oportunidade de nos apresentar para um público maior em Natal, entrar em contato com grandes bandas de prestígio nacional e internacional, produtores e com a mídia especializada. Estamos atualmente em fase de processo criativo, testando novas composições em shows, participando de feiras musicais, em contato com outros festivais e na expectativa do lançamento do projeto TRIBUTO AO ALBUM BRANCO do produtor Marcelo Fróes.
7 – Como vocês se encaixam na cena de Recife?
08 – Esses coletivos, que estão se formando em vários locais, são a solução para a produção independente?
Não sabemos se será a solução, mas é quase que uma necessidade. Artistas independentes, sejam de bandas ou não, precisam estar cada vez mais a frente de suas carreiras, não só na criação, mas também na gestão. Isso, por si só, já está virando também uma arte. Vemos o coletivo como uma rede de cooperação mútua. Algo que uma vez fortalecido, dará infra-estrutura e apoio para tocar pra frente projetos que seriam mais difíceis, para cada banda individualmente.
09 – Vocês disseram que a banda já teve outras formações, que as influências são várias e que o disco foi registro de uma época. Não se enquadrar num estilo prejudica a assimilação do público?
Talvez… Mas não nos achamos tão inclassificáveis assim!!! Rs… Acreditamos que a apreciação de qualquer forma artística pelo público deve ser livre (e não ficar restrita a uma ou outra determinada perspectiva). Da mesma forma que nós prezamos por não nos amarrar musicalmente. Realmente não sentimos a necessidade de enquadramentos estéticos (ao menos até agora! rss).
10 – Pra terminar, quais as expectativas para o resto do ano?
Pretendíamos começar a gravar um novo EP ainda para este ano. Tivemos um redirecionamento nos rumos com a saída de Luciana (vocais) após a Feira da Música (CE) e estamos em processo de seleção de uma nova vocalista. Mesmo assim ainda estamos bem empolgados. Vamos manter nosso foco no processo de composição e apresentações.
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