Editorial

EDITORIAL DOSOL: PORTO MUSICAL E SXSW

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Foto: Rosa de Pedra em ação no Dosol durante o showcase SXSW

Por Foca

Está semana que passou foi de bastante atividade para as pessoas envolvidas com música no Nordeste e em Natal. Primeiro tivemos o Porto Musical em Recife, simplesmente o melhor evento para se ter noção real de como anda os négocios envolvendo música no Brasil. Por lá também é possível aumentar muito o network individual de quem participa, conhecendo pessoas novas, possibilidades e até mesmo inspiração naquele ambiente tão rico e eclético.

A partipação do RN nas discussões foi bem próxima de zero. Por lá estavam apenas o DoSol, Gabriel Souto, Yuno Silva e outra jornalista além uma comitiva minúscula da Fundação José Augusto (Fábio e Iracema). Muito pouco para um estado que clama por mais espaço no cenário da música nacional. Talvez tenhamos exatamente o que merecemos. Nossas bandas até participaram das Noites Abrafin com o Distro e o Calistoga, mas os dois grupos chegaram na hora de tocar e voltaram em seguida.

Tudo bem, alguns vão dizer que a falta de tempo, o emprego, a falta de grana ou outros aspectos atrapalharam uma maior presença potiguar por lá. Concordo com isso também. Mas esses fatos só deixam claro que temos muito pouca gente empreendendo na área da música no estado e essa falta de dedicação (involuntária) talvez explique 80% das nossas dificuldades.

Tudo bem. Já que não dá para ir pro Recife que é “longe e caro” vamos tentar analizar a presença de Brent Grulke, diretor criativo do festival texano South By Soutwest por aqui. O esforço para viabilizar a vinda do americano, como 95% das vezes acontece, foi individual de Valéria Oliveira (e sua empresária Mônica) com apoio de outros grupos de interesse como Dosol, Camila Pedrassoli, etc.

Montamos três shows cases muito interessantes para que o curador americano visse ao menos parte dos nosso artistas em ação e considero que a parte “festa” do evento foi ótima. Bons públicos, casa lotada no Dosol, clima bom e tudo no seu devido lugar. Só que na hora de “chamar na chincha” e tentar uma aproximação definitiva com o festival, de novo a participação dos representates da música potiguar foi pífia.

No dia da palestra com Brent Grulke no SEBRAE praticamente não tínhamos bandas ou músicos na platéia. Cabem nos dedos da mão os músicos representados (ou presentes) na reunião. Valéria até se decepcionou um pouco, me obrigando a dizer que aquilo era muito normal. Nós mesmos quando queremos fazer alguma atividade de palestra ou workshop botamos sempre shows junto porque se não o povo não vai, mesmo que seja de graça.

Vai também uma crítica ao poder público que poderia aproveitar uma figura emblemática da música mundial aqui e tentar propor uma ação do estado no festvial. Um show case interessante, isso sim um investimento relevante aos interesses do crescimento da nossa música, mesmo que poucos estejam realmente interessados para que isso aconteça. O público prestigia, falta só nós mesmos nos prestigiarmos. Fica a reflexão. Até a próxima!

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5 Comments

  1. Infelizmente não pude ir por problemas muito maiores.

    Organizei palestras no Rock Potiguar Festival e o resultado: 12 pessoas! Fui palestrar em Pau dos Ferros e o resultado: 70 pessoas!

    Isso é coisa da galera da capital, só pode.

    No fim da semana que vem, vai rolar o USINA DA CULTURA, em Mossoró, que começa no dia 3 com bate-papos e workshops, continuando no dia 4 até a hora dos shows. Palestras sobre autoprodução, leis, o escambau…

    Quero só ver as figuras natalenses que vamos ver. Espero perto de ZERO.

  2. Não é uma coisa da galera da capital rodrigo, isso é papo furado. Já dei palestra pro itaú cultural no interior para quase ninguém tbm. E nem culpo ninguém por isso, é só uma constatação de que pouca gente está envolvido de cabeça com música e por isso mesmo não podem reclamar da sorte (ou falta dela) depois.

    No dia da usina da cultura estou contratado da prefeitura de recife para uma palestra no orbserva e toque na torre molakof, mas vou ficar aqui torcendo pelo sucesso da empreitada!

  3. Realmente uma pena não poder ter ido nessa palestra, infelizmente o dia não não foi mto bom pra mim e axo que pra muita gente que aqui em Natal, é complicado deixar de lado as obrigações assim do nada. Mas é fato que as pessoas aqui vacilam nesse aspecto.

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