Por Foca
Foi publicada essa semana a lista dos novos Pontos de Cultura do MINC/Fundação José Augusto. O Centro Cultural Dosol e todas as ações em volta do espaço e de seus gestores, músicos e agregados estava pleiteando virar um dos centros de cultura reconhecidos pela gestão pública, porque ponto de cultura já somos faz tempo.
Lendo o resultado dos finalistas do Cultura Viva/RN e seus suplentes vimos que não nos classificamos nem entre os 65 projetos mais relevantes do estado e ainda não sabemos em que colocação ficamos, já que o sistema de classificação dos projetos é por pontos.
A minha pergunta é clara: será que o nosso entendimento do que é cultura está equivocado? É óbvio que não queremos tirar o mérito dos aprovados, mas é nosso direito entender o processo e nos preparar para novos desafios.
Permitam-me comparar, por exemplo, as ações que propomos no Centro Cultural Dosol ao projeto da Casa de Cultura da cidade de Santa Cruz, um dos aprovados pelo MINC no edital. O Dosol está aberto há cinco anos e tem sido quase sozinho o local onde se tem visto circular no RN a nova cara da música brasileira, isso sem contar as ações de cidadania, os eventos gratuitos, os workshops que planejamos, a exibição de documentários, a gravação de vídeos e áudios, etc. Isso tudo já fazemos sem leis e patrocínios mas com muita dignidade. Cultura muito viva no nosso mundo. No mundo dos gestores já não sei.
No mês de outubro fizemos uma tour com três bandas potiguares tocando em Santa Cruz e Caicó. Uma tour patrocinada por nós mesmos e feita com nosso investimento. Pedimos uma pauta na Casa de Cultura de Santa Cruz, mesmo contra a vontade do organizador local que nos disse que ninguém ia lá. A princípio ficamos sem entender. A Casa de Cultura da cidade, patrocinada pelo Governo do Estado deveria ser o lugar a receber os artistas e ser o que se propõe: uma casa de cultura.
Devido às desconfianças levamos todo o nosso equipamento, luzes adicionais, extensões e ficamos dependendo praticamente de um ponto de energia para nos apresentar. Quando chegamos vimos um local imundo, totalmente abandonado, com nenhuma iluminação funcionando e apenas um funcionário que abriu a casa e não voltou para fechá-la, obrigando as bandas a dormirem ao relento para cuidar dos equipamentos que levamos.
Qual é a continuidade desse projeto e qual é a justificativa para que ele tenha mais pontos do que o nosso? Sinceramente não sei, mas procuraremos saber.
A principal função de um Ponto de Cultura do MINC (segundo o próprio edital) é potencializar ações já existentes, dar subsídios para que essas ações cresçam, tenham reverberação e atendam aos anseios artísticos, educacionais e culturais da sociedade como um todo.
Será que a vanguarda, o rock ou as expressões artísticas mais contemporâneas não estão alinhadas aos interesses do MINC e da Fundação? Difícil responder. Continuaremos a nadar contra a correnteza como sempre. Cansa mas estamos prontos para não sucumbir.
ROCK não é cultura Foca. Pelo menos para os políticos… Isso por si só explica suas dúvidas… Agora, SE isso vai mudar, aí são outros 500…
Um dia triste. Mas outros virão…
Centro Cultural Dosol é e sempre será o ponto da nossa cultura rockeira, política de c.. é r…. tem lidar com a realidade, temos que saber os critérios de seleção, e outra, pra onde está indo a grana da Casa de Cultura de Sta. Cruz por exemplo???!!! Poxa bixo, o rock de Natal tá numa efervescencia só e só quem não vê é a galera que escolhe os pontos!!!
Indignado e triste!!
Pois é… acho que falta um QI dentro da FJA.
No Brasil, infelizmente, as coisas só funcionam assim!
Esse não é um País sério!!!
ah gente, relaxem, vamos continuar trabalhando… 🙂
Lógico que vamos continuar trabalhando, mas tem que ter o mínimo de apoio ou reconhecimento, é uma ajuda para os PONTOS DE CULTURA e não pra encher linguiça!
é bom se indignar para gente tbm dar valor ao que já conseguiu e saber que não é fácil.
Foi ruim mas é bom!
Lamentável. Mas pra quem (FJA) já excluiu o mamulengo de Chico Daniel – reconhecido no Brasil e até no exterior – num vídeo lançado em homenagem a cultura popular do RN, não é novidade que excluam o Dosol, que é voltado para o rock.
E aí, colocaram o vila folia em que posição?
não entendi uma coisa, o dosol deixou de se rum ponto de cultura?
ou não foi aprovado?
Preconceito cara, puro preconceito…
O DoSol leva cultura a boa parte da sociedade, gera empregos diretos e indiretos, faz circular dinheiro na cidade com o festival dosol…
Porém o rock é visto como uma cultura marginalizada, ainda tem aquela idéia imbecil de que só tem perdidos curtindo…
Enfim, liga o FODA-SE pra tudo isso…
Sabe porque a Casa da Cultura de Santa Cruz tá eleita? Politica amigo… O prefeito, o vice-governador, todo mundo tem interesse, assim pode dizer que em santa cruz o prefeito investe na cultura… E não é só em santa cruz não, se for analisar a lista dos aprovados você verá vários pontos de cultura que nada faz, apenas é jogo político…
A FJA é corrupta, isso ja foi provado…
Se vinhesse fácil não teria graça!
continuem que um dia agente consegue!
Quem foi que deu esses pontos?
pessoal da fundação josé augusto e o povo da minc brasília…