Coberturas

COMO FOI? CARALHOA 4 ROCK FEST

Fonte: Portal Rock Potiguar

O cenário era o bairro da Ribeira, o palco era o já conhecido Centro Cultural Dosol, e o espetáculo foi uma das maiores movimentações no local nesse último ano, quiçá dos últimos. Após um hiato de um ano o “Caralho a 4 Rock Fest” retornou em grande estilo, lotando as dependências do Dosol (mais de 400 pessoas). Vamos ao que importa então, vamos ao rock.

Enquanto a banda headline passava o som, em torno de 15:30, já tinha gente querendo comprar o ingresso para entrar, esse fato, somado a repercussão virtual que o show teve,  já demonstrava um pouco do que poderia se esperar em torno do público.

A primeira banda do Festival foi a novata Too Late for Roses, a banda na última semana tinha tido uma tremenda repercussão a nível virtual, chegando a bater no top do “Purevolume”(site de distribuição musical de bandas de nível mundial) com seu primeiro EP. Nos tempos atuais, esse tipo de feito não necessariamente converte o sucesso virtual em público, todavia, ontem o Too Late provou que no caso deles não, a banda começou na hora acertada com em torno de 70 pessoas coladas na frente do seu palco cantando suas músicas. Cabelos voando, cordas em perfomance instigadas, um vocal que não para quieto e um teclado pra temperar o clima, esse é o retrato da banda. Banda novíssima, uma das primeiras apresentações da mesma e já chama atenção. Produtores, a banda tá aí. A noitada começa da melhor forma possível, o clima já tava bem propício a um grande rock.

Na sequência do evento, sobe ao palco mais uma banda da nova safra, a Skipp. Quando a banda começa o recinto já estava bem cheio, e com a vibe que já estava foi possível a formação das primeiras rodas de pogo, o som também era propício a isso, um punk rock com pegada bem Raimundos, Rodox e que lembrava até o Cueio Limão. O power trio mandou ver e superou minhas expectativas quanto a qualidade do seu som, dentro da sua proposta a banda ontem fez tudo direitinho. O show ainda contou com um cover do Rodox, “De uma só vez”, com participação de um amigo da banda no vocal, que por sinal errou na letra, adiantando o refrão, entretanto essa derrapada em nada comprometeu o show. Mais uma banda que cumpriu bem sua missão no festival.

A terceira banda, a Underneath, já entrou em cena com um Dosol infernalmente cheio e com um público deveras animado, sem contar que parte desse público é fiel a banda, galera que conhece as letras e sempre vai ao show, era jogo ganho então. Tirando um breve atraso, brevíssimo, por causa da vocalista o show transcorreu bem, e muito animado, diga-se de passagem. A banda faz um som mesclando influências do “Glória” e, querendo ou não, soando um pouco como “Fake Number”, talvez por causa da voz da guria que comanda os vocais. No final, o resultado o show era o esperado, um dos mais animados da noite, por sinal, parecia um gráfico crescente a instiga do público e das bandas, que começou num patamar alto, lá na primeira banda, a cada apresentação aumentava o público em número, sua vibração e participação no show e crescia também as boas apresentações no palco.

Como estava participando da organização do evento, chegou um momento que não pude mais acompanhar os shows devido a necessidade da correria, então passo a bola da resenha para o escriba Pêaga Rodrigues, que dará sequência a resenha.

Animal Boys: Gabba Gabba Hey! Apaixonados por Ramones (assim como esse pobre escritor que vos fala) eles montaram um repertorio clássico, com músicas como I Believe in Miracles, I Wanna Be Sedated, Blitzkrieg Bop e Pet Sematary. Rock Rovers, Hermano e Garrafinha (Fliperama) foram os ‘culpados’ pela onda Ramone da noite. Um show bem feito para não se botar defeito. Talvez apenas o tempo que a banda teve para tocar, deixando de lado muitas outras músicas que sem duvida fariam ainda mais diferença na noite. Mesmo com alguns erros de interação dos integrantes, valeu. Ramones é Ramones.

A Efeito Cólera subiu ao palco como expectativa. Banda de …, não era conhecida do público de Natal. Com sua música rápida lembrando bandas do cenário nacional hardcore dos anos 90, reuniu no seu show uma boa parcela das pessoas presentes no local. Empolgação é a palavra certa, principalmente após o ótimo cover da banda Dead Fish, Sonho Médio, que fez muitos delirarem. Ainda arranharam um “Sobrinho do Satanás”, que nós estamos acostumados a ouvir com os mossoroenses do Cätärro. A Banda é composta por cinco integrantes e o palco do Dosol pareceu ainda menor.

Depois da Europa, a Ribeira foi o palco da volta. A Ak-47, banda mais conhecida da noite – isso sem falar do Cueio – é uma banda que sempre causa uma grande expectativa aos que vão a seus shows. Sempre performáticos, eles não dispensam uma boa apresentação que cause um certo alvoroço e surpresa. Dessa vez, um pouco de blues, focinheira, desprezo e suor. Músicas novas e mais velhas mesclaram o repertorio e fizeram os fãs cantarem e gritarem, principalmente depois que o vocalista da banda, Juão Nim, subiu na caixa para cantar, permanecendo lá um bom tempo. Focinheira? Isso mesmo!

O Dosol estava lotado de pessoas novas e não tão novas assim. A Cueio Limão era a próxima e mais esperada da noite. Os caras entraram para o show as 20:48 atravessando o público. O camarim não cabia mais de gente. Subiram ao palco com um pouco de atraso até aceitável, em relação a outros eventos, outras bandas. Primeira providência: secar o palco, que tinha muita gente presente. Quando enfim apareceram, foi histeria geral. As menininhas no chão enlouquecidas esperando a primeira canção que seria uma velha conhecida: Mario. O repertorio ainda contaria com outras tão conhecidas como Quem Matou o Bozo? E Hippie Hap Hardcore. Bem, confesso que fui embora antes de terminar o show, mas até onde eu vi a primeira vinda do Cueio a Natal não vai ser esquecida, até mesmo pelas próprias palavras do vocalista: “Eu achava que Fortaleza tinha sido o melhor show, mas vocês tão botando pra foder” (Não exatamente com essas palavras).

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