Corrigindo
A coluna faz uma correção: ao invés dos 600 mil reais citados ontem, que serão gastos pelo Governo do Estado na inauguração da Ponte Newton Navarro, o correto é 1.150.000,00 (isso mesmo, leia comigo devagar: um milhão, cento e cinqüenta mil reais). Na verdade, o custo de 600 mil reais vai ser apenas do auto teatral dirigido por Moacyr de Góes.
Pior
Ou seja: é mais assombroso ainda. Enquanto a obra do autor que dá nome a ponte segue esgotada, e a idéia da construção de um memorial em homenagem a Newton Navarro certamente faleceu junto com sua viúva, Dona Salete, o governo anuncia cinicamente um gasto astronômico por causa de uma festa tão populista quanto injustificável.
Melhor seria
Com um milhão de reais, certamente seria possível colocar para funcionar as Casas de Cultura que continuam fechadas (uma delas inclusive servia de bar, até um dia desses), reformar o Casarão dos Guarapes, apressar a construção do Centro Cultural da Zona Norte, reformar a Biblioteca Câmara Cascudo, consertar o parque gráfico da Fundação José Augusto.
Não quer
Mas não, o governo do “tira o pé do chão” prefere entreter a turba ensandecida com pão e circo. Cultura que é bom, nada. Afinal, não é interesse de nenhum populista despertar no povo senso crítico suficiente para reclamar alguma coisa além de banho de cheiro, banho de lua e navegar.
Igualzinho
Aliás, em certas horas eu sequer entendo meu próprio estarrecimento. Não é de se admirar que a festa, paga com dinheiro do povo e para desviar a atenção dele para o que importa, que é acesso a cultura de fato e não a evento, seja mesmo a cara desse governo, irmão consangüíneo da micareta e do trio elétrico.
Lindo
Foi qualquer coisa de impressionante o show do violonista Yamandu Costa, na última quarta-feira, dentro do Projeto Pixinguinha no Teatro Sandoval Wanderley. Yamandu começa aos poucos a alcançar um detalhe que havia de sobra em Baden Powell e Raphael Rabello: serenidade e melodia. Ou seja, não há quem lhe tire o titulo de melhor violonista do mundo na atualidade.
No baco
Na quarta mesmo, depois do show, Yamandu foi parar no Beco da Lama, levado pelo músico Camilo Lemos. Foi participar do lançamento do livro “Crônicas do Beco da Lama”, de Leonardo Sodré. A farra rolou até altas horas da madrugada, como pede a tradição boêmia do beco.
Livro
Vem ai mais um caça-níquel, mas para os que gostam um prato cheio. A editora Agir vai relançar o best-seller “Quando Nietzche Chorou”, de Irvin Yalom. A nova edição será ilustrada com imagens de pinturas e desenhos do século 19. Chega em breve nas prateleiras da Siciliano, no MIdway Mall e no Natal Shopping.
Nome
Definido o nome do convidado do Encontro Natalense de Escritores que vem no lugar do cineasta Nelson Pereira dos Santos. É Fernando Monteiro, pernambucano de boa cerpa, cineasta, crítico de arte, que dividirá a mesa com a escritora e colunista da Folha de São Paulo e com o colunista.
Dá-lhe, Levinho! Assino embaixo!
E isso vem rolando há quanto tempo? Quanto tempo que rola esse “superfaturamento”? É incrível como eles inventam coisas pra ganhar dinheiro, mas não utiliza o mesmo dinheiro em algo produtivo. Foliaduto? O que isso? “Não sei de nada” diria nosso grande Presidente.
Agora vai fazer um viaduto na zona norte para passar pela linha do trem em um trecho. Em todos os cantos da cidade onde precisa passar pela linha do trem foi feito apenas com asfaltado. Não tem mais com o que “superfaturar”?
E essa obra na Bernardo Vieira? Parece mesmo que será uma obra, mas uma obra no sentido de cagada.
As “gaiolas de transferências”? Todas as paradas da cidade tem um recuo justamente para não atrapalhar o trânsito e o cara que estudou, num sei quantos anos para ser engenheiro, não fez o recuo para as gaiolas. O que aconteceu? Mais engarrafamento na zona norte. E de que importa se eles não precisam passar por lá? Tanto faz. Foi feito até uma ponte para turistas não precisarem andar pela zona norte, assim eles nem precisam conhecer esse lado da cidade. “O outro lado da ponte”. Parabéns para eles. Realmente fazem um trabalho incrível pro povo.
Baseado em fatos reais:
Mais um trabalho da prefeitura, então colocaram o mapa de Natal em cima da mesa do prefeito. Eis que o Ilustríssimo Sr, olhando para o mapa, pergunta?
– Onde fica a Zona Norte?
Salve-se quem puder!!!!
roquei!