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COLUNA DO LEVINO: LINKS AOS MONTES

– Eu acho estarrecedor o atraso da politica brasileira. Principalmente a partidária, essa que em tese está mais presente no dia a dia das pessoas. Da nossa rotina. Vejam vocês que o TSE baixou uma resolução a respeito das próximas eleições municipais que veda a campanha eleitoral feita em outro meio virtual que não seja o site do próprio candidato. Ou seja: a vanguarda do atraso. Tomemos como exemplo a campanha americana, onde um outro embate entre Obama e Hillary é travado todos os dias na web, com vídeos, google bombs, YouTube, Orkut, Twitter e todos os mecanismos possíveis de divulgação de informação tanto dos candidatos como por parte dos eleitores. Isso tem tornado o processo além de mais instigante, transparente. Nada foge aos olhos do Big Brother. O que faz o Brasil? Prefere o atraso. Não tenho certeza, mas suspeito que a explicação resida no fato de a maioria dos ministros do TSE (e não apenas daquela casa) não terem idéia do que seja ou do papel que a internet pode representar num pleito democrático. Ora, a internet é uma dessas ferramentas de ajuste da democracia.

“No ano passado, em Washington, estive com alguns professores chineses e alguns me perguntaram: ‘que garantia existe de que o Tibete não vai se separar da China no futuro?’ Eu respondi que minhas declarações não vão influenciar este processo, nem minha assinatura. A única garantia é a satisfação do povo tibetano. Eles precisam sentir que é seu benefício fazer parte da China. Quando sentirem isso, esta será a maior garantia para que o Tibete faça parte para sempre da República Popular Chinesa.” Fala o Dalai Lama, explicando tim tim por tim tim o que realmente querem os tibetanos.

- N pesquisa que reveleu Obama sete pontos atrás de McCain, tendo como confirmada a sua candidatura à presidência dos EUA, uma coisa ficou palpável: o desgaste da disputa entre ele e Hillary. Pode ser, e houve quem anuciasse isso meses atrás, que falte fôlego para a batalha principal. Há, por causa disso, nao uma tendência (ainda), mas quem pipoque aqui e acolá uma opinião favorável a Al Gore. Pois é, depois de oscarizado e mártir da campanha contra Bush, quando ganhou mas não levou, seria a hora do ex-vice de Clinton apresentar-se como alternativa. Foi o que a New York Observer opinou. Já pensou, Gore e Obama?

– Mas, nem tudo são flores. Tem livro novo na praça desmontando a tese da Obamania. E resenhado com categoria pela New Yorker Review of Books.

– Spike Jonze volta com tudo. Ps.: É sempre bom lembrar porque eu idolatro esse cara.

– Veja bem, a opinião não é contra o casamento em si. Mas ao fato de usar alianças. Sabia que uma só, de ouro, pode produzir vinte toneladas de resíduos?

– Como tudo em São Paulo, o mercado GLS é superlativo. Essa semana inauguram mais uma casa, a Megga, destinada ao público e a expectativa é que outras apareçam até a chegada da Parada Gay deste ano. Ps.: Os donos da Megga são os mesmo da Bubu Lounge, que fica a menos de 100 mts de onde moro. Bom, não interessa claro, mas é só para dizer o quanto é divertido ficar na janela sacando a galera chegar lá em dia de festa temática. Pelo menos acho que é isso, a julgar pelo domingo em que dezenas de rapazes passaram aqui embaixo vestidos de cowboy. Gente do bem, divertidos e educados. Ao contrário dos bombados insuportáveis que frequentam alguns barzinhos ao redor.

– Óbvio que um dos meus brinquedos favoritos era o Lego. E que se eu tivesse grana até teria umas edições especiais em casa. Mas não a ponto de ser freak. Isso não quer dizer que eu não gostei =P

– Volta e meia eu me perco em São Paulo e 90% das vezes isso se dá em retornos, viadutos, elevados e coias do tipo. Imagina o que não poderia acontecer em outras partes do mundo, com um trânsito tão caótico quanto. Ou melhor, com uma engenharia de trânsito. O resto é consequência. Ou seja: a coisa que o mundo tem mais necessidade depois de controlar o aquecimento global, é formar novos engenheiros de trânsito.

– Tem gente que você nem precisa conhecer pessoalmente para nutrir uma antipatia feroz. É o caso de Ana Carolina, a cantora (?). Pelas declarações ao longo da carreira, pela música e as concessões horrendas, a gente monta um quebra-cabeça e forma uma imagem, pelo menos comigo foi assim, de uma das pessoas mais odiáveis da música brasileira recente. Como pode ser tão babaca, hein?

– Há quem proponha um boicote às Olimpíadas de Pequim. Outros acham que uma cor, a laranja, símbolo Tibet, estampada em todos os lugares por onde a tocha passar, vai sempre lembrar ao mundo de que algo errado acontece no país de Mao. Que acham?

“Acabei de ouvir na íntegra, e minha primeira impressão é de que é como um jogo de futebol em que o time faz 3×0 (”Living Well’s the Best Revenge”, “Man-Sized Wreath” e “Supernatural Superserious”, essa um golaço) e depois relaxa, joga burocraticamente, toma o empate e vaia da torcida até que, no final, marca mais um gol e sai com a vitória apertada.” É a opinião de Marco Aurelio Canônico sobre o novo disco do REM. E eu concordo. Tive a mesma impressão. Curti pra caráleo, e de repente foi morrendo. Mas está anos-luz a frente do pésimo Around The Sun.

A Entertainment Weekly listou os 25 discos mais importantes do mundo indie. Discordo de um monte deles. Aliás, mais pelas ausências. Mas tem uns que são batatas, tipo o Lovelles, do My Bloody Valentine, o do Dinosaur Jr. De qualquer forma eu achei a lista bem perigosa. Para mim, diga-se. Dos 25 eu tenho… 22. Eu sou indie? =/

– Plumas a paetês para todos os lados no mundo gay. Primeiro rolou uma bronca no ator Rodrigo Hilbert, por ele ter dito no Faustão que estava parecendo uma bichona. Só que parte das bichonas se revoltaram com a bronca e foram dar bronca em quem deu a bronca primeiro, entendeu?

– Vocês viram a capa da SET de abril? Fodona. Iron Man Rulez! E os cartazes de Speed Racer? Meu nome é ansiedade.

– Tem uma galera que é mesmo muito doida nesse mundinho da moda, né não?

– Eu ouvi como boato, mas acredito que seja mesmo verdade. Filmes de câmeras fotógraficas só serão fabricados por mais um ano. Nisso sai catando registros antigos, e me deparei com essa coleção fabulosa de polaroids do Frank Juery. Eu nunca tive uma polaroid, mas um amigo meu tinha. Foi das pessoas que eu mais invejei na vida, sempre. Achava um barato aquilo. Ainda acho, aliás.

– Eu sempre quis ter um neon no quarto. Será que vai ser dessa vez?

– Eu acho lindo mulher que toca algum instrumento. Como a Feist tocando guitarra, por exemplo. Não que ela tenha uma técnica avançada, aliás, quase nenhuma, apena empunha bem o instrumento. O que não é o caso de Kaki King. Pois é, o nome horroroso esconde uma mulher assombrosa quando toca. Na real acho até a música bem chatinha, mas olha como ela faz as coisas.

– Bom, tem gente que faz sem ter motivo algum. Imagine com dez motivos. Ah, para fazer sexo.

“Que o sr N. tome a palavra, pegue o tirso, mude-se da Índia para a Grécia, mas que desça da cátedra na qual deveria ensinar de maneira científica; que reúna tigres e panteras em torno de suas pernas, mas não a juventude filológica alemã”. Palavras de Wilamowitz-Moellendorf, num artigo de 1873, tentando aniquilar Nietzsche. Coisa linda. Pena que hoje em dia o nível é tão baixo que nem vale a pena brigar. O mundo está infestado de cuzões.

Até que enfim a verdade veio à tona. A verdade que a Globo, asséptica e plástica como é, escondia até então. Casagrande tem sim problemas com drogas. É hora de dar força ao cara, mas também já era hora de parar de dar desculpas esfarrapadas. Ele é uma pessoa pública e para o mal ou parao bem, arca com as consequência da imagem exposta.

– Agora correndo, que ando cheio de coisa para fazer, além claro, de desopilar. A semana foi punk, mas produtiva. Happy!

Estatuas feitas de chiclete.

Um homem grávido (é verdade).

Um sanduíche nunca é como na foto, né?

O nome diz tudo: anti-facadas. Mesmo assim, pra que serve?

O cara chega, hipnotiza e rouba. Juro.

Uma diva despenca.

Cada oração, menos cinco quilos.

A Miss e o KLB. Tudo armação. Fofoca rulez!

19 temporadas dos Simpsons. Free!

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