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COLUNA DO LEVINO: KURT COBAIN, HOLOCAUSTO E MAIS

“Estar perante vocês é uma grande honra. O Holocausto enche a nós, alemães, de vergonha. Me curvo perante as vítimas. Me curvo perante os sobreviventes e todos aqueles que os ajudaram a sobreviver.” Palavras fortes sobre coisas fortes. Angela Merkel discursando (pela primeira vez um chefe de estado alemão discursa no parlamento israelense) e rendendo loas a Israel.

– A The Atlantic é uma das revistas mais conceituadas e cabeçudas do mundo. Coisa fina, de intelectuais. O problema é que essa semana ela chegou às bancas com Britney Spears na capa. Opa! Quem foi que disse êpa? Pois é, houve quem achasse que ela havia se rendido ao hype da fofocagem. Mas não é. Tem uma puta matéria que o Doria indicou sobre o circo que se armou ao redor da cantora, e o detalhe: dominado por brasileiros.

“It was super complicated for me in the ’80s… I was totally open with the band and my family and my friends and certainly the people I was sleeping with. I thought it was pretty obvious.” Ohhhhh! Pois é, o Michael Stipe, do REM, resolveu sair do armário (¬¬). Falta quem? Morrisey?

– O Radiohead virou fetiche do Trent Reznor. Depois de lançar um disco mezzo gratuito mezzo pago via internet (obra quádrupla e instrumental), o Nine Inc Nails também resolveu chamar os fãs para uma disputa. Quer ver quem produz o melhor videoclipe com as músicas do novo disco. Tudo, igualzinho como fez a turma de Thom Yorke.

– Necrofilia da arte: Kurt Cobain pode ficar aos seus pés (afe, que trocadilho infame). Seguinte, o ex-líder do Nirvana vai virar tênis. Quer dizer, trechos do seu diário irão servir de estampa para uma nova coleção de All Star que a Converse lança nos próximos dias. Tudo com autorização da viúva.

– “Demonstration in Paris on March 16 near the Chinese embassy to protest against the Chinese government policies concerning Tibet. Marking the 49th anniversary of the Tibetan uprising against Chinese occupation, which led to the exile of the Dalai Lama, the protest takes a new meaning a few days later as violent riots erupted in Lhasa. The first peaceful demonstrations by the monks led to arrests, which in turn resulted in more protests demanding the release of the prisoners.” Fotos de manifestações a favor do Tibet, na atual onda de protestos contra o domínio chinês. A coisa tende a piorar e acreditem: será muito, mas muito cruel a repressão. Se não for agora, por causa das Olimpíadas, e claro, a China não vai querer queimar mais ainda o seu filme, vai ser depois, quando todo mundo for embora de lá, na surdina, às escondidas.

– Não é porque saiu da mídia que o assunto encerrou, não senhor. As Fac ainda rendem um bom pano para a manga. Quer ver? “(…) as FARC perderam 30% dos combatentes (de18 mil a cerca de 12 mil), muitos por deserção; perdeu aliados entre os camponeses, viram cair em 40% suas receitas com as ligações no narcotráfico e sequestros – estes últimos se reduziram em 92 %, de 998 a 75.” Uma análise de gente que saca do assunto.

– Aguenta soco no estômago? Sério? Mesmo? A menina desce para tomar café pela manhã e encontra o pai enforcado, ao lado a mãe, que ele acaba de matar. Me retorci todo aqui lendo isso.

“Humilhados e ofendidos. De repente, eles viram a luz. Era o flash da câmera do Sebastião Salgado.” COisa do Ruy, que pena estar atualizando o Pura Goiaba poucas vezes, mas sempre pertinente.

– “Pega bem, hoje mais do que nunca, falar em “conciliar a ciência e a religião”, como se a compatibilidade pudesse ser obtida de modo sereno e pleno. Mas a frase é vaga e menospreza perigos que ora voltam a ameaçar, no Brasil e no mundo. Fui um dos que criticaram, por exemplo, o tom panfletário com que Richard Dawkins e outros pregam a abolição da religião, até porque há muitos cientistas que afirmam crer numa força superior ou num espírito presente na natureza. É possível pensar assim e não ser obscurantista, intolerante ou dogmático. No entanto, é fundamental ter consciência de que há muitas explicações religiosas para o funcionamento da natureza – e não há religião que não se disponha a explicar o funcionamento da natureza – que foram derrubadas pela observação empírica ou que ainda não são nada além de uma hipótese, para a qual não dispomos e talvez jamais venhamos a dispor de instrumentos para testar consistentemente.” O assunto é um vespeiro, espinhoso. Mas o Piza meteu o pé.

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