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COLUNA DO LEVINO: ENE, KRISTAL E MAIS

O homem que tocava Djavanês

Entre clássicos da bossa nova e standards de jazz, o grupo Jazz6, que tem como líder o escritor e saxofonista Luis Fernando Veríssimo, surpreendeu os ouvidos ditos mais apurados com uma versão de Oceano, do cantor Djavan. Jogou para a platéia, que empolgada ensaiou coro e balancinho no primeiro dia do Encontro Natalense de Escritores. 

Causo

A mesa sobre poesia, com os grandes Nilson Patriota, Paulo de Tarso Correia de Melo e Jarbas Martins, foi brindada com elogios e leituras de poemas de Nei Leandro de Castro, feitos por Jarbas. Lá atrás, Nei lembrava e contava emocionado de uma briga que teve com o mesmo Jarbas, publicada em jornais de Natal na década de oitenta. 

Quem tem?

Como se vê, não se fazem mais duelos como antigamente, ainda mais porque o tal entrevero foi todo em verso. Isso mesmo, ataques de lado a lado em forma de poema. Rendeu alguns anos de intriga, um dia sanada com boas risadas lembrando a própria briga. Tudo contado por Nei. Por falar nisso, alguém tem lembrou de arquivar a briga?

 

Marrom

Por falar em duelo, um clássico na imprensa brasileira foi o de Zuenir Ventura, que fez palestra junto com Luis Fernando Veríssimo. Atacado todos os dias pelo também jornalista Hélio Fernandes, irmão de Millôr, que o chamava de “representante maior da imprensa marrom”, um dia cismou e foi aguardar Helio na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio, onde o mesmo caminhava. Jogou-lhe uma lata de tinta marrom e devolveu com o vexame público todo o achincalhe que não havia sido respondido até então. 

Palavras

Para encerrar a série de brigas e literatura, uma história que o colunista é fã: a disputa entre Gore Vidal e Norman Mailer, escritores norte-americanos. Público e notório, o conflito ia de jornais a revistas de renome, como o NY Times e a NY Booker Review. No dia em que se encontraram na rua Norman desferiu um soco contra Gore, que ao cair no chão revidou com a mais letal das armas, a palavra. “Mais uma vez Norman, lhe faltam palavras!”, disse Gore. Entrou para a história. 

Show

Show impecável foi o da cantora Khrystal, também no primeiro dia do ENE. Swing, repertório impecável e arranjos de alto nível deram o tom e a levada para os poucos que agüentaram a maratona até por volta de meia noite e meia. Quem ficou foi recompensado pela simpatia da “nêga do coco muderno”. Zé Dias, marido e produtor, era só orgulho.   

Novas

E para não pensar que o colunista vive de mau humor e só reclama das coisas, seguem boas notícias da Fundação José Augusto (até que enfim!). É para dizer que as discussões de câmaras setoriais de cultura, dividias em música, literatura, produção audiovisual etc, promete bons resultados, ao menos em algumas. 

Música e vídeo

O debate sobre um edital e música a ser lançado contemplando horas de música e tiragem inicial de cem discos para artistas locais vai de vento em popa e deve render frutos, sob o comando de Mirabô Dantas e Babal. Já o de produção audiovisual trabalha o edital para produção de curtas-metragens. Os outros setores andam devagar quase parando, mas em nada recai culpa sobre a FJA, o principal a instituição permitiu que foi o debate. Depois não reclamem. 

Folia

A programação e a ordem dos blocos do Carnatal já foi divulgada, pode ser conferida no site do evento www.carnatal.com.br que ainda distribui prêmios, faz sorteios e é uma forma bacana de interação entre os foliões. Aos interessados, o caminho e fácil, ao alcance de dois cliques.

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