Por Bruno Nogueira (popup)
Uma das listas mais consultadas no fim de ano pela mídia é o da “Sucesso”, que reúne dados de vendas quase todas as principais lojas de discos do País. É um panorama curioso para saber afinal quem, nesse período de transição entre modelos de consumo de música, continua se dando bem vendendo os cada vez mais fora de moda CDs. Os cinco primeiros são, respectivamente, Ivete Sangalo, Maria Rita, Vanessa da Mata, Queen e Paulinho da Viola. Depois deles, quase todos os outro 45 seguintes são de coletâneas.
Os resultados são sempre previsíveis por dois motivos. Primeiro, porque esses primeiros representam um formato cada mais raro de artista massivo, daqueles que todo mundo foi obrigado a ouvir falar na televisão e rádios tradicionais. O segundo motivo aponta um pouco da tendência que deve marcar este novo ano: pesquisas quantitativas são cada vez mais inúteis, porque representam uma generalização incapaz de captar mudanças de mercado: vendas em show e música oferecida como serviço em celulares, automóveis e computadores.
Se fossem consideradas, provavelmente novos nomes até então alienígenas a essas pesquisas certamente apareceriam na lista. O Brasil conheceu um modelo inédito de consumo de música em 2007 com o “download remunerado” da gravadora Trama. Um sistema onde o artista ganha dinheiro cada vez que alguém baixa sua música. Resultados positivos que deixam como principal expectativa do ano o formato que essas listas vão assumir no fim de 2008.
Recbeat
Mais um nome da programação do Recbeat, com exclusividade. É a banda Fino Coletivo, formada por músicos do Rio de Janeiro e Alagoas. Quem joga no quinteto é o sempre elogiado Wado, enquanto o sotaque carioca fica inconfundível na voz de Alvinho Lancelloti. No último fim de semana, a primeira banda pernambucana confirmou sua participação, a nova Julia Says, comentada semana passada aqui na coluna.