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COBERTURA DE SHOWS: ROBERTA SÁ NO FESTIVAL DE MÚSICA DE NATAL

Por Anderson Foca

Domingo quente em Natal, mais de 30º com entardecer bonito e esplendoroso. Este era o clima no estádio Machadão quando cheguei para conferir a quarta noite do Festival de Música de Natal. No local me deparo com uma boa estrutura de som, luz e palco, dois enormes telões e um bom público (que deve ter chegado a 10.000 pessoas) para acompanhar os shows gratuitos que a prefeitura vem proporcionando neste período natalino. Poucas atrações realmente me interessaram no decorrer dos dias, talvez a Rita Lee ainda faça um show relevante ou o Ney Matogrosso ainda tenha a centelha daquelas grandes apresentações que fazia nos anos 80. Mas quem eu queria ver mesmo em ação era a potiguar radicada no Rio de Janeiro Roberta Sá.

Assim como Marina Elali, Roberta Sá começou a ganhar destaque na mídia nacional participando do programa global Fama. Esta é a única encruzilhada e semelhança entre as duas cantoras. Marina faz o estilo “Diva”. Quer ser a Whitney Houston do Brasil, regrava sucessos americanos de gosto duvidoso, foca o repertório em músicas cafonas e mau arranjadas e termina botando tudo a perder, mesmo com estrutura para brilhar. Já Roberta Sá prefere cantar o Brasil, cantar o samba fino, misturar Cartola com Moreno Veloso e Marcelo Camelo e acerta em cheio. Desde Marisa Monte no Machadinho que não via ao vivo uma cantora com tanta força.

Remando na maré dos novos tempos – e sabendo muito bem o que quer- Roberta Sá enxuga sua banda. No show do Festival de Música de Natal são quatro pessoas no palco, um baterista, um percussionista e duas pessoas responsáveis pela harmonia que vão trocando de instrumentos. No fundo das canções um sampler chique dá o pulso nas músicas, soltando bits espertos, sons complementares e outros “balagandãs”. Em nenhum momento o som que a cantora propõe soa pretencioso e muito menos atrasado. É tudo no ponto certo.

A voz de Roberta é seu grande trunfo. Elegante, fina e discreta ela sabe que canta bem e aproveita para desfilar um bom repertório que reforça seu poder vocal. Não conheço as músicas, nunca ouvi os discos (já baixei os dois ontem) por isso me impressionei mais ainda. Da nova geração de cantoras que o Brasil vem apresentando como Céu, Vanessa da Matta e Mariana Aidar, Roberta Sá é sem dúvida a mais interessante. Se Natal está há décadas atrás de uma grande artista que represente o estado nacionalmente (com dignidade e relevância artística) está aí a nossa melhor opção.

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18 Comments

  1. Ela é demais mesmo. Nunca vi ao vivo, mas a performance dela numa faixa do DVD da Feira da Música do Brasil me impressionou bastante. É bonita, tem a voz linda, não tem trejeitos nojentinhos. É uma cantora super equilibrada. Gosto muito.

  2. Adorei todos os seus comentários…realmente ela é d+…acho melhor que Marisa Monte, pois de 10 musicas dela 8 são muitos boas enquanto da marisa só umas 4 ou 5…e ali não tinha só 10.000 pessoas mesmo.

  3. até a hora que eu sai (antes do show do zé ramalho) acho que tinha esse público sim. O povo aumenta demaisssssssssssssss a quantidade de gente em espaços abertos com aquele. O machadão com as arquibancadas lotadas cabem quase 35.000 mil pessoas por isso que acho que tinha umas dez mil ontem, de todo modo um excelente público.

  4. Tudo que foi dito com relação a Roberta Sá é verdade. Venho acompanhando a carreira dela, com idas a shows (infelizmente não fui ao do Machadão, mas fui num outro recente aqui em Natal e vi a simpatia da mesma, além de uma excelente banda – a percussão do Jovi Joviniano é massa!!!), sim e tenho os 2 cd’s.
    Mas o que mais gostei foi o Foca postar a cobertura do show da Roberta aqui. Ela merece e a música potiguar também.
    Valeu

  5. Eu tenho os dois cd’s da Roberta Sá, e há tempos torcia por um show dela aqui.
    Concordo com vc quando fala que, entre as novas cantoras, Roberta é a mais interessante. É eleganta, fina, bonita, não precisa de trejeitinhos, caras e bocas para prendar a atenção da platéia. E a voz, encantadora, e o melhor: passa verdade. Há cantoras que cantam bem, mas… Não transmitem coisa alguma. Roberta, não. Há sentimento no modo como interpreta as canções.
    Quando ela vier novamente a Natal, estarei lá!

  6. Sem dúvidas, a melhor! SEM DEMAGOGIA. A voz Dela cintila entre a harmonia dos acordes e a força das letras e de sua gloriosa simpatia. Quanto aos seus dois cds, bossa nova de primeiríssima qualidade. Com certeza, a sucessora de nomes como Marisa Monte e Adriana Calcanhoto. E, para orgulho de todos, natalense “da gema”.

  7. Sem dúvida alguma o talento de Roberta Sá já esta cristalizado no cenário musical de todo o Brasil;Roberta [e linda,talentosa,simpatica,humilde, é uma artista que ñ precisa fazer um show cheio de plumas e brilhos p/ tentar disfarçar um talento inexitente,até pq essa falta de talento nela é impossivel!o show foi simplesmente maravilhoso,de uma simplicidade misturado com talento impressionate! é muito bom falar p/ todos principalmente nessas horas que somos “potiguares”!!!!!!!! fala-se em Roberta Sá ,fala-se em espetáculo! =)

    espero q ela possa vir aqui mais vezes neh?! =)

  8. Disseram que Marina “trilha de novela” cantou a porra daquela num sei o que cry 4 vezes pow! e que o povo tava pior do que o bope pedindo pra ela sair!

  9. Você, assim como tanta gente que não conhecia o trabalho da Roberta foi descobrindo aos poucos o talento dessa potiguar/carioca/brasileira. Não poderia ter visto descrição melhor deste show maravilhoso. Parabéns pela matéria.

  10. O show dela é relamente maravilhoso!

    Ela tem um voz suave, e canções lindas. 🙂
    E sobre Céu e Vanessa da “MaTa”, adooooro as duas!
    E não conheço a Mariana Aidar ainda. Mas se for como elas, vou gostar também. 😀

  11. É bom saber que ela está conseguindo seu espaço exclusivamente pelo talento (inegável, por sinal), sem firulas, sem forçação, e sem “paitrocínio” – se é que vocês me entendem.. =)

    Pena que os natalenses não conheçam muito bem e não dêem o devido valor ao trabalho dela. (boa parte daquelas 10.000 pessoas estavam ali por causa de Zé Ramalho).

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