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CLIPPING – MAD DOGS NO ESPAÇO CUBO – CUIABÁ!

MAD DOGS AGORA É SELO DOSOL!
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Recentemente a assessoria de imprensa da DoSol Records anunciou a entrada da banda Mad Dogs para o selo. A partir de agora, selo e banda trabalham em conjunto na promoção do álbum “Bar, Doce Lar”, trabalho mais recente da banda. O Mad Dogs tem quase dois anos de carreira e dois discos lançados. Rola ainda um projeto só com versões de músicas dos Beatles, o que levou a banda a participar da Beatle Week, evento em Liverpool que reúne mais de 200 bandas que interpretam os Beatles no mundo todo. Este ano o grupo vai Liverpool pela 4ª vez consecutiva. Confira esses e outros assuntos na mini-entrevista cedida por Fernando Suassuna (sobrenome de nordestino arretado), bateristada da banda.

Que frutos vcs esperam serem colhidos com essa parceria, que se extende também para shows, eventos e outras ações que envolvem o nome da banda?
Com dez anos de estrada, pela primeira vez teremos a estrutura de um selo com experiência no mercado independente trabalhando pra gente. Como você sabe, o calcanhar de Aquiles de quem joga no “independente futebol clube” é promoção e distribuição. Portanto, estamos apostando muito no dinamismo do Anderson Foca pra levar nosso som além das fronteiras do Rio Grande do Norte.

Fale sobre como é o projeto de versões de músicas dos Beatles e sobre como foi participar do evento beatle week. Este ano, vcs vão pela quarta vez, quais as expectativas?
Nosso projeto de versões começou por acaso. Nunca gostamos de tocar covers em nossos shows. O que gostamos de fazer é re-arranjar as músicas mudando levadas, harmonias, etc. Então começamos a tocar algumas versões bem diferentes dos Beatles ao vivo, até que um amigo nosso nos convidou para a Beatle week 2003. Conseguimos patrocínio e seguimos rumo terra dos fab four. Chegamos lá com um pouco de receio, com medo de que nossas versões soassem como um sacrilégio para os puristas beatlemaníacos. Mas nosso medo acabou no primeiro show. Ficamos muito surpresos com a acolhida e a receptividade do público. E muita gente vinha até nós para dizer que nossa ousadia estava trazendo algo novo para o festival. Em 2005, tivemos o prazer de ser eleitos pelo público – num fórum no site do Caver Club – a terceira melhor banda do festival. Para este ano, estamos preparando novas versões e radicalizando nas raízes, já tem “Taxman” com levada de maracatu, “I Feel Fine” em samba e “Michele” como um tango.

O som de vcs soa bem original. É impressão minha ou realmente rolam influências de musicalidades regionais mescladas ao blues rock?
Bom, a gente começou como uma banda de blues. Até o nome era “MAD DOG BLUES”. Mas quando fomos lançar nosso primeiro cd, notamos que já tinha muita coisa mais pop se misturando ao nosso som. Então ficamos apenas como “MAD DOGS” e resolvemos experimentar cada vez mais sonoridades diferentes. Hoje posso dizer que a pegada blues ainda é nossa marca registrada. E nossas raízes nordestinas e brazucas estão muito mais presentes. Contudo, não fazemos disso uma bandeira, uma obrigação. A gente simplesmente faz o que acha ser mais divertido, ou mais estranho, ou mais sacana. Depende do momento.

Falem um pouco sobre o novo trabalho a ser distribuido, o “Bar, Doce Lar”.
O BDL foi um cd, em muitos aspectos, de ruptura. No primeiro cd, o motor da banda era nosso ex-guitarrista Edu Gomes. Era o principal compositor e o cara que empregava mais energia pro grupo. Ele tinha um direcionamento muito mais blueseiro, mais sério. E era um cara que gostava de arriscar menos. No BDL, a gente jogou mais como um time. A banda compôs mais em parceria e chutou o balde definitivamente. Se a intenção era fazer uma música escatológica, que fôssemos até o fim. Se era pra ser sarcástica, ou canalha, ou até brega, que a gente exagerasse sem medo. Esse foi o clima que direcionou as gravações. E posso dizer que foi muito divertido. É um cd que pode deixar as pessoas em dúvida sobre em qual gôndola deve ser exposto. Mas isso não nos incomoda. Afinal, “Quem não bebe, não treme”.

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