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CLIPPING: DIÁRIO DE NATAL – A ÚLTIMA LEVA DO FESTIVAL DOSOL

Por Sérgio Vilar

Pelo twitter, por e-mail, sites e comentários de botequim, o Festival DoSol ainda é assunto, mesmo depois da apoteose presenciada nos dois dias de evento ocorridos há semanas, quando milhares de roqueiros assistiram o chão da Rua Chile tremer e guitarras vomitarem punk-rock local, nacional e internacional. É que respingos da tempestade ainda cairão. De hoje até domingo a Casa da Ribeira recebe a última leva de atividades do DoSol em 2009. Serão doze bandas, sendo três de outros Estados. Sempre a partir das 19h e com entrada gratuita.


Camarones Orquestra Guitarrística (RN), uma das atrações, se apresenta no sábado Foto: Adriana Keller/Divulgacao

O rescaldo do Festival vem para acalmar os ânimos ainda com boa música. Os shows reunirão artistas da MPB, rock e música instrumental. O destaque é para os artistas potiguares. São nove mostrando seus trabalhos nos quatro dias de evento. E com uma novidade pouco divulgada: durante a solenidade oficial promovida pela prefeitura para apresentação do Natal em Natal, na segunda-feira, esta edição especial do Festival DoSol sequer foi mencionada ou consta da programação entregue à imprensa e convidados. Fato é que o evento integra o Natal em Natal e também foi escolhido pelo edital Cena Aberta promovido pela Casa da Ribeira com patrocínio da Cosern.

“A idéia do Festival DoSol – Música Contemporânea começou no ano passado. Percebemos que alguns shows não cabiam na nossa mostra mais voltada pro rock e queríamos propiciar um festival ainda mais eclético do que já fazíamos, sem tirar o músico do seu ambiente mais propício para cada estilo. Então fizemos essa parte do Festival em teatro e escalamos artistas que tem haver com esse ambiente. Em 2008 o resultado foi excelente e este ano vamos repetimos e ampliar em 100% a ação”, explica Anderson Foca, produtor do DoSol.

Serão três shows por dia, todos registrados também para o DVD oficial do Festival DoSol. No ambiente da MPB, o destaque vai para os shows de Simona Talma e Experiência Ápyus (que lança trabalho novo – o CD Volta Por Cima, com 12 canções para além da música cover: verdadeiras experimentaçõesmusicais de Cartola a Pink Floyd). Na linha da música instrumental, a mostra traz os potiguares do Macaxeira Jazz, Camarones Orquestra Guitarrística e Tesla Orquestra. De São Paulo aparece o Eu Serei a Hiena, e Pernambuco é representado pela Banda de Joseph Tourton. No rock, o Automatics e Seuzé, ambos potiguares, e os Visitantes (PE) prometem boas apresentações.

Completam o lineup do Festival DoSol – Música Contemporânea duas grandes revelações da música local que praticamente estreiam no palco do evento. São eles o Projeto Trinca e o Onoffre (liderado por Luiz Gadelha).

Entrevista – Anderson foca
Porque faltou divulgação do ingresso do Festival no Natal em Natal?

Não tinha todas as datas no release deles. Até perguntei se tinham desistido. No café da manhã (de divulgação à imprensa) poderia ter sido incluído. Contatamos a Capitania para confirmar e estamos na mostra. Nosso plano é que esse evento se consiga maior no próximo ano. Tem demanda pra isso. Já conseguimos crescer muito. Talvez 100% do ano passado pra esse. Se a Casa da Ribeira ficar pequena iremos ao Teatro Alberto Maranhão. A ideia é promover sempre em teatro.

A entrada gratuita no evento se dá pelo subsídio do poder público?

As leis de incentivo pedem cotação de ingresso gratuito. Como o Festival DoSol é pago, nossa cota gratuita é o Festival DoSol – Música Contemporânea. Primeiro porque são músicas esquisitas, de vanguarda, menos populares, realmente contemporâneas. Como tem que dar esse retorno exigido pela lei, achamos apropriado esse festival. Dessa forma cumprimos a lei e agregamos valor ao evento.

O Mada mudou de data este ano equase coincidiu com realização do DoSol. Você acha que prejudica? Vocês pretendem mudar de data próximo ano?

Em dois anos seguidos anunciamos o festival bem antes deles. O Mada começou em maio, depois em agosto e agora em outubro. Mesmo sendo mostras diferentes, seria interessante que fossem em datas mais distantes. Não sei se prejudica. Talvez a mídia fique confusa. Mas não foi a gente que criou essa proximidade e manteremos nossa data. Até tentamos um diálogo ano passado e não rolou. Eles praticamente anunciaram pela imprensa a data deles. Então, quando só um lado quer, fica complicado.

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