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CLIPPING – COBERTURA DO HEAVYLLON NO ROCK POTIGUAR

No último Sábado do ano, dia 30/12/06, os headbangers de Natal deram adeus ao ano de 2006, celebrando a vindoura chegada de 2007, obviamente com muito álcool, diversão e boa música. Quando digo boa música falo de HEAVY METAL!!

Era entre 21:00h e 22:00h quando chegamos Rua Chile na Ribeira. A movimentação era boa em frente ao DoSol Rock Bar e isso soava inusitado para alguns, pois nas edições anteriores o Heavyllon era reservado apenas para convidados, ao contrário desse ano, pela primeira vez aberto ao público ao custo de R$ 03,00 e a primeira vez que tinha o atrativo especial: Além da tradicional exibição de vídeos estavam escaladas 3 bandas, que com certeza contribuíram da melhor maneira possível para o evento. As principais figuras do Heavy Metal da cidade estavam lá. Músicos, produtores, fãs… alguns eram as três coisas juntas. A paixão pelo Heavy Metal fez com que Mitchel Pedregal e Bruno Bruce criassem o evento anos atrás, como uma maneira de não só celebrar o Reveillon do Metal (O nome Heavyllon é um trocadilho óbvio), mas de preservar a memória da música pesada local. E lá estavam Adriano Dio, Oruam Mauro, Vall Padilha, Sérgio Gomes, Wilberto Amaral, e muitos, muitos outros nomes que de uma maneira ou de outra compõem a comunidade metálica da cidade.

Após algumas cervejas e uns vídeos estava no palco o Thunder Steel, abrindo as apresentações do Heavyllon 2007 com seu Haevy Metal vigoroso, calcado em deuses como Judas Priest, Manowar, Garve Digger e Iron Maiden. Uma pena que desde a exibição dos primeiros vídeos o deficiente som do DoSol Rock Bar já estava demasiadamente grave e embolado… e talvez com o volume um pouco alto o que acaba deixando o som com um peso digamos… “feio” e desnecessário quando se trata de bandas que já praticam uma música pesada… não sei se foi um trabalho mal executado de quem estava a cargo da equalização ou mesmo da aparelhagem, possivelmente os dois. O fato é que este é um problema antigo e não é a primeira vez que ocorre mas, a meu ver, prejudicou de maneira mais notável as apresentações. Enfim problemas técnicos parte, voltemos ao que interessa, o show do Thunder Steel! Alternando excelentes autorais “Metal Time“, e “Women, Metal and Beer“, com covers clássicas de suas bandas-influência, o Trovão mais uma vez mostrou boa energia no palco, com destaque, é claro, para o vocalista Berg Aaron “Tepes” que cantando com a alma prova que o Heavy Metal é algo que se tem na carne e no sangue, porque mesmo sendo relativamente pouco técnico, deixa muito vocalista aveludado por aí no chinelo, tamanha honestidade de sua voz gritada e agressiva. Rock’n’Roll puro! É claro que as poses imponentes do resto de seus comparsas no palco não deixaram a desejar. Um grande momento deste show foi a cover de “Living After Midnight“, do Judas Priest. A galera delirou e cantou junto. Porém pra mim e para muuuuiiita gente lá, um momento extremamente emocionate e porque não, gozoso, foi quando executaram… “Poison” do Alice Copper! O público cantou em coro esta que para mim é uma das mais belas músicas da história. Lindo, fantástico, emocionante.

Após quebrado o gelo, um breve intervalo para a confraternização, mais vídeos e… mais birita! Pouco depois estava no palco o Motörhead Cover. Novamente o som embolado e agora era o peso do Motörhead! Mas ninguém ligava pra isso, pois os petardos de Lemmy e cia seriam executados ali! O show transcorre bem ao clima Motörhead no palco… o peso, a maneira como eram executadas as músicas, a movimentção da banda. Era ainda notável a semelhança da voz do vocalista Cid Oliveira com a do Lemmy mesmo. Eu nunca havia escutado o Motörhead Cover, mas achava que pareceria mais forçada a semelhança dos vocais, mas deu pra perceber que era até bem natural e honesta, além da pose do Cid lembrar a do ídolo, com o microfone levantado e tudo… Faltou só a guitarra, mas convenhamos que isso é o de menos, né? Destaque para “Hellraiser“, que foi uma das primeiras e é claro, para “Ace Of Spades“, que para muitos soou um pouco diferente.

Mais um intervalo. Mais boas risadas, encontros de amigos e mais birita. Um momento especial se deu nesse intervalo. A exibição de algumas reportagens clássicas a cerca do Heavy Metal em nossa cidade, datadas do fim dos anos 80 e início dos anos 90. Para mim, que faço parte da nova geração de banger da cidade foi interessantíssimo e para outros foi agradavelmente nostágico, ver algumas das figuras presentes ali, em versão “mais de 10 anos atrás”. Naquela época sobrava cabelo… mas a paixão pelo Metal é mais forte ainda hoje. Pudemos relembrar ainda de Luziano Stanly, falecido em 1992 e Edu Heavy, falecido muito precocemente m 1988… lembranças, lembranças… vídeos engraçados… Voltamos do túnel do tempo quando o telão acima do palco se apagou seguido de um marcante “Aaaahhhh” geral. Calma, aí vinha o Comando Etílico!

Vall Padilha, Lucas e David Praxedes e Kleber Barbosa fechariam a noite com seu Heavy/Thrash Metal cantado em português. Poderia ser melhor? E com direito a uma nova composição: “Rebelião“. Além dela, “Comando Etílico“, “Metal & Prazer” e “Estação Antiga” fizeram os bangers baterem muita cabeça, alternadas com clássicos de bandas nacionais dos anos 80, como Taurus, Salário Mínimo e Azul Limão. “Beijo Fatal“, “Princesa do Prazer“, “Salém” e outras esquentaram um fechamento que não poderia ser melhor. Ótimos vocais de Vall Padilha, além de uma presença de palco das mais inspiradas do mesmo. Com direito aos levantamentos de pedestal la David Coverdale e tudo! David Praxedes também me surpreendeu em certos momentos em que se empolgava e usava de maneira perfeita o espaço do palco. Lucas como, sabem não precisa nem esperar um bom momento pra tirar uma foto, legal, o cara tem a pose o tempo todo! Ótimos solos, embora já o tenha visto mais empolgado no palco. Num geral, ótimo show, porém ainda com o insistente problema do som. Em alguns momentos a voz ficou muito baixa! Bem, agora passou e todo mundo curtiu. É o que importa!

Após o show do Comando, ficou decidido que não haveria mais exibição de vídeos e todos já se preparavam pra irem para suas casas com fôlego renovado para 2007, quando a noite teria seu desfecho com um triste episódio: Não se sabe ao certo a origem da confusão, mas o vocalista do Deadly Fate, Oruam Mauro, reverenciado na cena metálica local foi covardemente agredido, mesmo estando embriagado e indefeso, por outro presente. O cidadão descontrolado usava uma soqueira e reagiu até contra quem tentou o impedir. O acontecido incitou a revolta de muitos presentes e até o vocalista Berg Aaron Tepes do Thunder Steel se envolveu na briga e de certa forma foi quem deu um jeito na situação. Oruam Mauro foi retirado as pressas por amigos do local e dizem que levado um hospital. Triste episódio, principalmente porque o meio do Heavy Metal sempre foi respeitado e admirado pela violência nula e quase inexistente. Enfim, desconsiderando-se o ocorrido lamentável a noite foi um exemplo da paixão do público natalense pelo Heavy Metal. Que continue assim em 2007 e sempre. Hail!!

Freddy Frenzy
02/01/2006

PS: Ou amigo que cobriu o site o rolé é meio mala ou não saca nada de sonorização porque quem foi a festa falou que o som estava ótimo, e equalização de bandas também é responsabilidade das mesmas. O som é ótimo como sempre!

Quanto a briga, uma bosta sem tamanho, rolou fora do bar e o cara foi denunciado, o agressor!

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5 Comments

  1. Me desculpa, Foca, mas sempre que não elogiam seu som você vem dizendo que o cara tá errado e tal. Aceite a crítica sem precisar estar se defendendo, fica mais bonitinho assim. Só uma dica, espero que aceite, abraços!

  2. rodrigo, eu aceito as críticas quando elas são justas. o Som do bar nunca foi ruim (com exceção ao dia do Matanza que nós mesmos assumimos aqui no site), vc mesmo já produziu trocentas festas lá e sabe disso. Só que o freddy sempre que vai ao bar faz a resenha dizendo que o som não esta bom. Até o promotor da festa elogiou o som do Heavyllon e das bandas, por isso botei o PS aí.

    E o Freddy deve estar querendo ouvir um cd, aí nem precisa sair de casa para tal missão. Outra coisa, o som estar ruim e o equipamento ser ruim são coisas bem diferentes. Uma banda inexperiente podde mandar m som ruim e assim vai soar a noite inteira. É preciso deixar bem claro isso. Aqui é o site da dosol, se eu não puder comentar sobre nossa casa aqui, onde mais o farei?

    abraço!

  3. Tudo bem, Foca. Claro que você pode comentar. Assim como eu também posso e o fiz, falando o que penso.

    Mudando de assunto, pelo menos você deixa as cróticas dos outros aqui, sem apagar. Tem banda que a gente comenta, assina direitinho e tal, e o cara apaga o comentário por que não gostou do que viu.

    E outra: em piuco tempo o RockPotiguar vai ter espaço pra comentários nas coberturas e colunas. Aí eu quero ver, hehehehe!

  4. Escrevo em nome do Heavyllon.
    Já fui a muitos shows no Do Sol Rock Bar. Sonorização de ambientes é uma arte ingrata e, a de boa qualidade, quase uma arte perdida. Não sou profissional de sonorização, longe disso, mas sei das diversas variáveis inerentes a uma boa acústica. Presenciei apresentações sofríveis no Do Sol como também boas surpresas sonoras. A sonorização do Heavyllon não foi a ideal mas creio (como vários que também lá estavam) passou muito distante de algo inaudível.
    Pessoalmente, considero a direção da casa competente e comprometida!
    Aproveito para agradecer a todos que estiveram na festa e que foram responsáveis por uma vibração única e memorável! Em 2007 uma festa ainda maior.
    HAIL HEADBANGERS. DIE HARD!!!

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