Na foto: Camarones, Far From Alaska, MQN, Lollapalloza, Bananada, Dosol, Single Parents, Uh La La, Black Drawing Chalks e contando. Backstage do Bananada 2013, Goiânia.
Já estamos há quatro dias seguidos tocando todos os dias mas hoje deu tempo de parar para falar um pouco de como foi a passagem da tour “Música Invisível” pelo centro-oeste na semana passada. A saída de Natal já é aquela tradicional: madrugada para pagar menos, noite sem dormir imendada com shows no dia seguinte. Normal. Chegamos em Brasília com temperatura amena e bem recebidos pelo João do Cassino Supernova, um figuraça, que ganha a vida na vivência da música e de vender sushi nos ministérios. Respect man!
Bem alojados, todos na casa do João partimos para a primeira missão: ensaio geral do show na tarde bonita de Brasília. Kaká ficou em Natal e Dante Augusto veio junto pra completar nossa gig. Dante já tocou conosco e fez parte da primeira formação dos Camarones. Não foi difícil deixar tudo pronto e ficamos aptos a mandar bala. Esse show de Brasília tinha uma certa incerteza. Olha o cenário: openbar dentro de um barco, que ficaria andando pelo Lago Paranuá com três bandas tocando. Tudo para dar errado. Só que a negada lá se garante e quando deu 21h já estávamos no deck prontinhos para o rock. Todos entram no barco, souldout e o Alf começa o seu show com repertório do Rumbora, SuperGalo e da sua recente carreira solo. Muito massa!! Nessa altura o frio era suportável (13 graus). Depois veio a gente, tremendo rock loco, pessoas malucas na frente do palco, mó baile dançante e o frio ali nos chamando para dançar. Corpo quente, coração na mão, perigo. Tudo junto. Foi lindo esse rock para ficar na memória (mais um). Aí veio o Cassino Supernova e tipo já era 02h da manhã. Só consegui assistir três músicas por que o frio era sem noção. O lago neblinava e eu via a hora de ser atacado por um monstro. Show acabado, os cadangos ficaram com pena da gente e nos levaram pra casa sãos e salvos para o quentinho do quarto. São uns lindos esses Cassino Supernova.
Parte o bonde. Destino Anápolis para encontrar o casal Léo/Noah, amigos de muito tempo que agitam o rock por lá muito bem. Já era quatro horas da tarde, tínhamos comido, descansado no ônibus e pensamos: se nosso show é a meia-noite e passamos o som em cinco minutos, porque não ir ver a primeira noite do Bananada e voltar? Goiânia/Anápolis é tipo 30 minutos de carro e a ideia foi acatada por geral e lá fomos nós curtir os shows e ser feliz num festival de rock. Vimos o Uh La La, MQN mas a noite foi mesmo dos nosso conterrâneos do Far From Alaska que destruiram tudo e passaram o rodo no primeiro dia do festvial. Na boa, que banda incrível!
Voltamos para Anápolis e tocamos no excelente Joana Dark, muito parecido com o nosso Dosol Mossoró, sendo que um pouco maior. Deveria ter uma 50 pessoas e muitas delas foram ao merchadising e pegaram disco e camisas para espalhar nosso rock por lá. Foi foda demais! Dormimos umas três horas e hora de outro bonde. Era dia de Goiânia, era dia de Bananada.
A verdade é que o Camarones demorou muito para voltar em Goiânia, já fazia praticamente três anos que não tocávamos na cidade e a sede de mostrar para aquele público que evoluimos era grande, sem contar que dezenas de amigos, produtores e bandas do Brasil inteiro estavam por lá. Muito bem organizado e com execelente lineup o clima era ideal para uma grande apresentação. Pelos números oficiais do evento cerca de 5.000 pessoas estavam lá, estávamos no main stage no melhor horário e não deixamos a chance passar. Tocamos na fúria, chamamos a amiga Niela do Gloom para participar do show e foi um rock pedrada da melhor qualidade. Depois da gente ainda de pra ver os Hellbenders pra massacrarem o público com um arsenal de riffs matadores. Que show!
A passagem pelo centro-oeste foi sensacional. Já tocamos ontem em São José dos Campos e hoje tem Sorocaba. Falamos sobre isso depois. Bora!!!