Passeando pela Blogosfera me deparei com um texto que foi publicado no blog do Alexandre Mathias sobre o futuro da música. A discussão envolveu gente do myspace, Miranda, Djs e o próprio Mathias. Leia e tire (ou não) suas conclusões.
Aquele velho papo…
A revista DJ Mag me convidou pra um bate-papo com uns camaradas e outros que conheci na hora sobre aquele velho assunto: MP3, morte das gravadoras, pirataria, download ilegal, fim do CD, você sabe… Segue a transcrição.
Tá chegando a hora
Com a iminente falência das gravadoras e a música digital – distribuída gratuitamente ou não – em crescimento aparentemente incontrolável, o que será da indústria fonográfica? Quais os novos caminhos da distribuição musical? Reunimos algumas peças-chave da cena para um papo divertido sobre o assunto
por Debora Rocha
fotos Fábio Tavares
É tempo de mudanças, grandes mudanças. A constante evolução e revolução da tecnologia nas últimas décadas chegou como uma grande e devastadora onda, engolindo gravadoras e trazendo novas questões a serem resolvidas dentro da indústria fonográfica – além de mudar a forma de pensar de quem faz, consome e vende música. Por muitos anos o mercado musical se manteve numa curva ascendente e megalucrativa, com artistas, gravadoras e distribuidoras ganhando muito dinheiro. Atualmente, o cenário é outro. O tempo passou, as tecnologias se popularizaram, o público reverteu seu comportamento de consumo, as gravadoras deixaram de existir como grandes impérios, o perfil do artista deu uma cambalhota e hoje a chance de ter visibilidade é enorme (mesmo que por 15 minutos).
A chegada do MySpace ao Brasil no final de 2007 é um sinal de que o mercado realmente está muito diferente. Atualmente, 12 milhões de artistas e bandas possuem um perfil no site de relacionamentos. E muitos dos que estão ali nem cogitam a idéia de gravar suas músicas em CD, suporte físico que ficou pequeno diante dos tocadores de mp3. O que virá daqui para frente? Sem a pretensão de fazer profecias ou de se chegar a uma única conclusão, Luiz Pimentel, diretor de conteúdo do MySpace Brasil, Carlos Eduardo Miranda, produtor musical, Gonçalo Vinha e Paulo Rodrigo Sbrighy, sócios no selo Offbeat, Renato Cohen, produtor, e Alexandre Matias, jornalista do jornal O Estado de S.Paulo, trocaram opiniões sobre o tema.
DJ MAG A presença de sites como o MySpace Brasil e o Trama Virtual deixa evidente a popularização da música on-line. Como essa nova tecnologia tem afetado as gravadoras e movimentado o mercado fonográfico?
Miranda A casa de todo mundo hoje é uma gravadora. Daqui pra frente, o que vai existir são agências de artistas que cuidam da carreira deles. As gravadoras sabem que o negócio delas acabou, pois era baseado no suporte CD. Mas o CD não morreu e não vai morrer. Ele está na rua, todo mundo ainda usa. O que morreu foi a indústria do CD.
Gonçalo Vai haver uma segmentação no mercado. Você só trabalha bem um artista quando tem contato direto com o público que quer atingir.
Miranda Mas acho que já estamos além da segmentação. O negócio é pessoal, esse é o futuro. O cara é seu amigo, você sabe quem é o artista e as agências sabem exatamente quem é o público que consome.
Gonçalo Pra mim, o CD já é só um cartão de visita.
Miranda O que rola hoje é a variedade. Não há necessidade do suporte. O Trama Virtual e o MySpace representam isso.
Luiz Pimentel O MySpace chegou ao Brasil por ser uma rede social muito difundida no país e focada em cultura pop. Hoje temos aproximadamente 12 milhões de perfis de artistas ou bandas no MySpace. O que mais ouço dos artistas é que o que eles mais gostam no site é a facilidade de relacionamento. Se entro no site de uma banda, aquilo acaba sendo uma rua sem saída. Chego até lá, absorvo o que tem ali e pronto. Agora, se vou no perfil no MySpace de uma banda, começo a caminhar, a partir daquele perfil que eu entrei, para outras coisas que tenham a ver comigo. Isso é que garante o sucesso do MySpace.
Miranda É um site caótico, pesado pra caramba, mas que dá supercerto. A liberdade de cada um montar sua página usando vários tipos de padrões que podem ser bagunçados à vontade acabou virando um charme. Pra mim, o grande mistério do MySpace é o novo perfil de artista, que hoje não é mais o cara da limusine e do pedestal, é um cara igual à gente, que está ali ouvindo os outros artistas também. O bom é que se tenho uma página ali e adoro tal artista, vou até a página dele e o convido para ser meu amigo. E ele aceita! Sou amigo do meu artista, está escrito lá, “Add friend”. Aí, entro na rede de relacionamentos dele e vejo um monte de gente que conhece coisas que não conheço. Começo a fuçar e aquilo vai se transformando num universo tão grande de novidades que eu queria ser uns dez pra poder aproveitar bem.
Matias Um dos motivos de êxito tanto do MySpace como do Trama Virtual é que as bandas que começaram a fazer sucesso nesses sites vieram da cena independente, que já era organizada. Na verdade, os caras só pegaram uma cena que já se comunicava de outras formas, por telefone, correio, e otimizaram isso. Se o MySpace fosse voltado pra comunidade do cinema, não sei se daria certo como está dando com a música, que sempre teve essa coisa da troca.
Miranda Quando o artista me pergunta o que fazer para entrar no mercado, sempre digo que o caminho é a internet e a rua. Rua porque você tem que ir aonde as pessoas que possam gostar do seu trabalho estão, e também para procurar onde estão os artistas semelhantes a você; e na internet não é só colocar a música no MySpace e esperar que vá surgindo um monte de gente pra te ouvir. Primeiro tem que se mostrar fã dos outros, procurar aquilo que gosta, porque aí o artista vai começar a receber de volta.
DJ MAG Renato, você está terminando de produzir um álbum. Já sabe como será feita a distribuição?
Renato Estou com uma gravadora européia e talvez nem saia em CD, só em vinil e mp3. Vou lançar CD só no Brasil. O CD não quer dizer mais nada. Na Europa é basicamente mp3 e vinil, porque ainda tem gente que faz questão. O engraçado do mp3 é que tenho músicas de 2003 que não fiz absolutamente nada para divulgá-las, estão no MySpace e as pessoas escutam. Nesses últimos 12 meses uma música antiga minha teve 110 downloads no Beatport. Vender 110 cópias de uma coisa velha que nem eu lembrava, com uma qualidade que é uma merda? Isso mostra como a distribuição em mp3 está indo cada vez melhor.
Miranda O que pouca gente lembra é que o som do mp3 é uma merda. Neguinho ouve e acha que é do caralho, mas não é.
Gonçalo Estava falando outro dia com o John Acquaviva, que foi um dos caras que ajudaram a fundar o Beatport, e ele me disse que o site já está vendendo em wave. Falou que nos últimos quatro meses a venda tem subido muito, mas aqui no Brasil dificilmente o cara tem uma conexão legal para baixar o arquivo rapidamente.
DJ MAG Mudou a forma de se consumir música, ok. E o valor dela, também está mudando?
Matias O valor está mudando agora.
Renato O mp3 hoje faz parte da nossa vida. Quando começou o mp3 eu trabalhava com internet no UOL e o cara que programava comigo comprou um CD de mp3 pelo correio. Tinha hino do Corinthians, do São Paulo, mil coisas de rock nacional. O cara não gostava de nada daquilo, mas comprou porque estava em mp3 e ele achava legal ouvir mp3. É muito deslumbre. O cara gostava da música por causa do formato que ela tinha.
Matias Logo que apareceu o mp3, muita gente baixou uma quantidade enorme de músicas com medo de que logo aquilo acabasse.
Miranda Um assunto importante são as tentativas de restrição ao download gratuito. Quantas vezes eu não ridicularizei o DRM (Digital Rights Management, ou Gestão de Direitos Digitais) nas reuniões a que ia na época do Trama Virtual? DRM é uma idiotice. Aí, ninguém entende por que as pessoas preferem baixar música de graça. Tem coisa mais óbvia do que isso? O que é necessário para você fazer uma venda on-line verdadeira? Apenas que o comprador precise de você. Pegar música de graça, o cara vai e pega. Agora, qual música? Se eu sei que tem um lugar que vou onde sou muito bem recebido, onde conhecem meu gosto, é rápido, me diverte e ainda é barato, é claro que eu pago pelo serviço. Não pago para ter a música, mas sim pra chegar até ela. É isso que ninguém entendeu, ainda está todo mundo querendo vender a música. Quando falo da morte do CD, não estou querendo dizer a morte do CD, mas sim da venda de um suporte único. Mas essa indústria continua cega, achando que tem que vender a coisa e não o caminho até ela.
Matias As gravadoras sempre tiveram o hábito de vender o artista da vez. Então, o disco da semana era do fulano de tal. O grande barato de você criar uma loja virtual onde as pessoas são bem recebidas é que, diferente de como eram tratadas pelas gravadoras, não vai mais importar o gosto musical da pessoa, ela sempre será bem tratada. Não vão empurrar pra ela a música de massa.
Renato Olha que absurdo. Na loja do UOL, cada faixa do disco do Ramones tem que custar R$ 2 o download. Se o disco todo tem 40 músicas, então ele vai custar R$ 80, sendo que o CD nas Lojas Americanas custa R$ 10. Assim não dá, por mais que o download custe R$ 2, o disco todo acaba saindo absurdamente caro.
Miranda Mas aí a gente entra em um assunto muito sério, que são as editoras. Elas são hoje o grande câncer do mercado, estão pregando o fim delas mesmas, sendo burras demais e empurrando o povo pra pirataria.
Gonçalo Vai chegar uma hora que o artista vai dizer que não precisa mais da editora e vai lançar a música direto.
Miranda Mas já está acontecendo isso. O cara só pode colocar a sua música no MySpace ou na Trama Virtual se ele tiver direito sobre a edição. Até pode pôr em streaming, mas não pra download. Se o artista colocar uma música editada no MySpace, sem autorização, a editora vai pra cima. A Trattore, que é a grande distribuidora independente e está ativa na cena, briga e fica puta com os artistas que colocam as músicas pra download de graça. Isso porque se trata de uma gravadora esclarecida.
Luiz Fora do país, o que o MySpace fez foi disponibilizar o download pelo Snocap, uma empresa que era do Napster. O artista joga as músicas pro Snocap, que devolve um código que ele coloca em sua própria página. O cara que vai comprar direto no perfil do artista está comprando na verdade do Snocap, que repassa o dinheiro pro artista. Aqui, a gente tem essa dificuldade com a editora e estamos tentando descascar este abacaxi. Algumas empresas estão respondendo melhor a isso. Mas eu tentei, por exemplo, comprar no UOL, quando lançaram Pato Fu. Custava R$ 9,90, um preço honesto, por isso eu quis. Mas dificultaram tanto a minha vida dentro do site que desisti.
Miranda Quero ver se um artista como o Pato Fu, por exemplo, resolve subir pra download gratuito uma música que é editada pela Sony. Certeza que a casa cai. E o MySpace não tem controle disso. No caso do Trama Virtual, nosso controle era ouvir as músicas. Eu sabia o que era editado ou não. Em streaming a editora ainda permite, o que não pode é colocar em seqüência, como uma programação de rádio, porque aí você tem que pagar o Ecad. Mas o streaming on demand não tem nenhum controle, ainda não existe lei que fale sobre isso.
Rodrigo Achei genial a idéia do Radiohead, de lançar o In Rainbows pelo site da banda e pedir para os próprios compradores atribuírem um valor pro álbum.
Miranda Fizeram muito bem. Descobriram que o preço do álbum deles é US$ 4. Esse é o valor.
DJ MAG E em relação ao trabalho dos DJs? Como eles ficam com essa nova tecnologia, na era da música virtual?
Renato Não existe mais DJ purista que só toca com vinil. Música eletrônica não é a mais popular do mundo, mas cada cidade tem lá a sua ceninha. É aquilo que eu estava falando: um selo que vendia 10 mil vinis passou a vender 800. Oitocentas pessoas no planeta inteiro! Acho que não é um número que dê pra considerar. Hoje, quem gosta de vinil toca com o Serato – que já é coisa de gente velha, que ainda faz questão de colocar a mão no vinil.
Miranda Hoje o que se vê são os iPods ligados no equipamento.
Gonçalo Outro dia vi um set do Armand van Bureen, e ele chegou com uns memory cards de máquina fotográfica, pegou o DVJ 1000, inseriu os cards e as músicas estavam todas ali.
DJ MAG No futuro a música vai ser de graça?
Miranda Não acho que vai ser de graça. O cara tem que comprar o computador, pagar conexão de internet… Ele está pagando pra ter a música. Só não está chegando o dinheiro no artista, mas o consumidor está pagando.
Gonçalo Há alguns meses a Pioneer entrou em negociação com o Beatport, pra fazer com que o consumidor que comprasse um equipamento da Pioneer ganhasse um cartão magnético com um código para ser usado no Beatport, no valor de dez músicas da loja. Você acha que a Pioneer não embutiu o preço disso no equipamento?
Miranda Quanto custa um iPod? R$ 300, o mais barato? Então o consumidor já tem aí uma média de 20 discos a R$ 15.
DJ MAG Então, qual será o futuro da distribuição musical?
Miranda Acho que tem muito a ver com os sites que têm as músicas em streaming. mp3 está quase virando passado. Acredito que deva ser cobrado como TV a cabo: você paga uma taxa e ouve à vontade. E ainda tem a vantagem de que não precisa guardar as músicas em um HD. Se tiver streaming de alta qualidade, o futuro será esse. A Last FM é um grande exemplo, mostra por onde vão as coisas.
Matias No final do ano passado, o empresário do U2 fez a mesma coisa que o Metallica fez com o pessoal que baixava no Napster, mas em vez de mirar no público que baixa música, ele mirou nos provedores de acesso. Fez eles tirarem todas as músicas do U2 do ar ou então entraria com um processo. Os provedores entraram com um recurso, mas acho que a tendência é essa, a gente pagar um pouquinho mais do que pagamos no acesso à internet em imposto. Já existe um estudo sobre isso: se tivesse um acréscimo de US$ 5 no acesso à internet de todos os usuários, já se pagaria o imposto de direito autoral. Agora, como fazer para distribuir isso para os artistas é outra história.
Miranda Se o streaming é on demand, a marca d’água está registrada.
Matias Não sei se vocês viram, mas teve uma empresa chamada Q-Trax que anunciou um serviço em que você podia baixar músicas das principais gravadoras do mundo, na quantidade e na hora que quisesse, em quantos computadores quisesse, com ótima qualidade. Na hora que anunciaram isso, começou toda uma discussão sobre esse assunto. Aí, as gravadoras se manifestaram e desmentiram o anúncio, falaram que estavam em negociação com essa empresa, mas não era nesses termos que estavam anunciando. Imagina se você tem um serviço em que todas as gravadoras disponibilizam todos os arquivos delas e a única coisa que você exige do usuário é que ele faça um cadastro? Na Last FM eles sabem todas as músicas que seus clientes baixam, sabem que o cara que gosta de Sandy e Junior gosta também de Norah Jones.
Luiz Estamos falando de dois universos diferentes. Nós, nessa mesa, somos migrantes desse mundo digital. Tem também as pessoas que são nativas, que não entendem o mundo sem internet. São os moleques, quem têm até 18 anos e não sabem o que é viver sem a rede. A gente ainda não aproveitou todo o potencial da internet. Eu era um cara que esperava passar o clipe na TV de casa. Esses moleques de hoje têm o que eles querem, na hora que querem. Nós ainda não percebemos que a internet é a única mídia completamente mensurável. Consigo saber exatamente de onde o moleque saiu, por onde passou e pra onde foi, mas no caminho inverso, não estou entregando isso de volta pra ele. Não estou atendendo bem esse público. Acho que quando quem detém o poder da música digital conseguir atender bem esse consumidor, ele vai ter a faca e o queijo na mão.
Matias Tem um livro que se chama The Future of Music, de 2004, escrito a partir de um conceito do Bowie de que no futuro a música vai ser como água. Mas onde você abre uma torneira, seja na rua ou na sua casa, tem um imposto que você está pagando. Acredito cada vez mais que é isso que vai acontecer com a música. O lance é descobrir quem é que vai cobrar por isso, se vai ser o provedor de acesso, se vai ter um serviço, ou se as próprias gravadoras vão oferecer e cobrar como um sistema de assinaturas. Acredito que as pessoas estão dispostas a pagar, desde que não existam tantas restrições, como essa história de que você só pode ouvir a música tantas vezes, não pode trocar com outra pessoa…
Gonçalo Quem quiser viver de música precisa pensar lá na frente, se adaptar às novas tecnologias, aprender com os erros do passado. Está na hora da galera assumir a responsabilidade que antes ficava nas mãos dos outros. Que os sites criem um controle pros artistas. Aí, vai todo mundo conviver bem. É legal entrar num site e ver quantos downloads você vendeu hoje, quanto vai receber daqui a seis meses. Isso cria uma organização de trabalho. Tanto as gravadoras quanto os artistas ainda estão muito desorganizados.
Luiz Em março, uma banda das antigas chamada Pennywise vai lançar seu disco no MySpace, e quem adicionar como amigo uma empresa chamada Textango vai poder baixar o disco inteiro de graça. Isso vai acontecer a partir do dia 25 de março. Quem está pagando a conta é a Textango, que vai criar um relacionamento simpático com o público do Pennywise.
Renato Concordo com todo mundo. É só um problema de organizar. Canais de TV aberta, por exemplo, a gente não paga nada e é uma coisa que movimenta muito dinheiro. Na Alemanha e na Inglaterra eles pagam uma taxa por ano para os canais abertos, mas é um valor bem pequeno. É só uma questão burocrática. Acho estranho que isso não aconteça com a música, que o mercado não esteja preparado para essas mudanças. Não consigo entender que essas pessoas não olhem para o futuro. Na música eletrônica sempre vai existir alguém no meio, alguém entre o produtor e o público. Antes era a distribuidora, que agora acabou, todas faliram. Agora o poder passou pra mão dos sites. Produtor de música eletrônica vai estar sempre resmungando e reclamando da vida porque ele coloca todo o poder na mão do outro e depois fala: “Pô, os caras ganharam tudo e não me pagaram”. É sempre assim. Acabou o vinil e os caras transferiram o poder pro Beatport. Tem mais é que se foder mesmo!
Quem é Quem?
Paulo Rodrigo
“Sbrighy” “Sou DJ e produtor, sócio do Gonçalo no Offbeat, e dedico quase todo meu tempo para a produção de música eletrônica.”
Gonçalo Vinha
“Sou produtor musical e estou no mercado desde 1987. Trabalhei em várias gravadoras, entre elas a Stiletto, primeira gravadora independente a investir pesado no segmento de dance music no Brasil. Tenho hoje o meu próprio selo, o Offbeat, e continuo tocando com o meu projeto, que é o Oil Filter.”
Carlos Eduardo Miranda
“Sou produtor de disco já há muito tempo, faço coisas muito diferentes uma das outras e nas horas vagas trabalho num programa de TV onde tiro sarro de neguinho que vai cantar música horrível. Minha maior ligação com o mundo virtual foi ter participado da criação do Trama Virtual, site que disponibiliza mp3 e cria comunidades.”
Luiz Pimentel
“Sou jornalista, diretor de conteúdo do MySpace Brasil, rede social conhecida no mundo por sua ligação com a música.”
Matias
“Sou jornalista, trabalho no Link, caderno de informática do jornal O Estado de S.Paulo, tenho um site chamado Trabalho Sujo (gardenal.org/trabalhosujo) há 13 anos e um podcast chamado Vida Fodona (gardenal.org/ trabalhosujo/vida_fodona).”
Renato Cohen
“Sou DJ e produtor de techno desde 1994 e estou finalizando meu primeiro álbum autoral, com um pouco de tudo o que venho produzindo nos últimos anos.”
matéria irada!!!
=)