Foto: Mukeka di Rato ao vivo no Dosol 2008
Por Foca
Voltamos com nosso editorial do Portal Dosol para discutir um assunto polêmico e que dá muito “pano para manga” sempre que mencionado: a relação entre as bandas independentes e os festivais.
Num ano de crise como o que estamos passando, tem ficado cada vez mais evidente qual é o papel de um festival indie e das bandas que deles participam, até porque é fato de que sem bandas não tem festival. Falo isso com muita propriedade e com muita kilometragem no assunto, afinal jogo dos dois lados: como banda e como produtor de um festival indie. Além de promover 6 edições do Festival Dosol e mais umas 20 edições de festivais menores ainda rodei o Brasil visitando cenas e compartilhando experiências tanto tocando como no público. Sei bem do que vou falar.
A primeira coisa que tem que ser desmistificada é que bandas independentes invariavelmente pagam para tocar em festivais. Isso é preguiça de quem não quer fazer sua parte dentro da roda que move o rock alternativo e adjacências. Existem diversos festivais que dão ajuda de custo volumosa (pelo menos metade deles) para as bandas chegarem na região do show. Cabe a banda potencializar essa ajuda com tours, outros shows, merchadising e coisas do tipo.
Na Europa isso é muito mais corriqueiro que aqui. Por lá uma pequena banda que toca no palco 3 do Glastonbury por exemplo tem a mesma (ou se não menor) ajuda do que as bandas nacionais por aqui. A diferença é que lá essas bandas estão em tours extensas, passando vários meses na estrada e montando um mapa viável para se divulgar. Como 99% das bandas nacionais são bandas “de fim-de-semana” a coisa complica. Só que é mais fácil culpar o vizinho pelo mal cheiro, do que olhar a própria privada.
Quando um festival é de pequeno ou médio porte e não pode pagar para sua banda chegar no local do show, lembre-se que existem uma dezena de outros custos para a sua participação acontecer. Fiz uma conta rápida e básica para ver quanto uma banda (de quatro pessoas) custa para um festival sem contar com ajuda de custo para chegar no mesmo:
Alimentação: 100,00
Hospedagem: 200,00
Translado: 150,00
Despesa no show (camarim, bebida): 60,00
Só nesses itens a brincadeira já dá mais de R$500,00 e não estamos nem colocando o investimento de marketing do festival para promover a banda, dentre outros itens mais difíceis de calcular. A maioria dos grupos que reclama não consegue fazer R$500,00 de bilheteria nem dentro de casa, imaginem fora.
É preciso ter a noção de que festivais independentes também se pagam do bolso para acontecer. Não tenho os dados, mas aposto minha mão direita como mais da metade dos festivais da ABRAFIN, por exemplo, foram deficitários em 2008 (mesmo com patrocínios em alguns casos). Nem por isso deixarão de ser realizados em 2009. Um investimento pesado e que não está sendo levado em consideração na hora de uma análise mais fria. Então chegamos a conclusão que todo mundo investe para que o rock possa acontecer, certo?
Claro, existem festivais que estão pseudo-interessados na “cena” da sua cidade e da sua região e mesmo com verbas volumosas captadas terminam sem ajudar em nada (ou em quase nada) os artistas independentes, o que é uma grande sacanagem. O pior é saber que boa parte dessa verba que poderia ajudar e muito vinte grupos indies as vezes vai para um medalhão do mainstream que nada tem haver como o mercado que trabalhamos e representamos. Um investimento furado e que não gera nada de bom pro nosso mercado. Agora uma coisa é certa: se você é banda e aceita essa condição (e as vezes vale a pena aceitar) é porque concorda com ela. Depois não adianta chorar.
Uma distorção que tem acontecido muito é tratar um festival de música independente como se ele fosse um potencial contratante de bandas, quando na verdade um evento com essas características é uma plataforma para que as bandas busquem mercado dentro das cidades. Em alguns casos, de bandas médias já consagradas e com um bom público dentro do mercado, podemos até considerar os festivais como contratantes mas essa realidade só se aplica a 1% do universo de bandas existentes no Brasil. Uma exceção que justifica a regra.
Uma coisas é certa, banda tem que ter música boa, tem que ter um network, ser empreendedora dentro da sua região, ter tempo para o projeto, estar envolvida com a cena local em todos o sentidos e ter noção de como as coisas funcionam. Se não for desse jeito o projeto não sai do canto e aí você vai ter que escolher entre relaxar e trata-la com um grande hobby sem pretensões ou virar um chorão de blogs ou orkut .
Vamos ao trabalho!
Vira e mexe o assunto volta sem novidade alguma. Nem de um lado, nem do outro, tudo continua do mesmo jeito.
isso prova hugo, que não existe mistério, para se mudar um quadro atual (para melhor) requer tempo e dedicação. É um processo longo mas já andamos bastante.
quando se fala em não aceitar essa condição (de que condição estamos falando mesmo?), no papel de banda, o que poderia ser feito de forma pró-ativamente falando para se mudar essa realidade?
absssssss
Dan S.
L.A.B.
eu disse no texto man, qual seria o papel de uma banda. Tentar ter carreira basicamente. A as condições de que falo são as que te oferecem. Se vc aceita fazer um show sem receber nada (porque deve ser bom para vc) não pode reclamar depois que não recebeu.
É isso ae foca, sou jornalista atualmente (spin-usa + conteúdo explicíto e dynamite-br) E penso a msm coisa. Acabo de voltar de uma temporada (3anos) em Londres, e vc tem td a razão. As Bandas brasileiras(nem todas, é lógico) são mto acomodadas. E a maioria da molecada está na verdade afim de ter um trampo legal, me entende? Acho que essas bandas que mto reclamam é pq naum são bandas de verdade, a galera arrisca pra ver se rola ficar famoso, mas se naum der, de boa. faz facul e vai ter um trampo normal. La fora a galera corre atras, pq a maioria acredita qe a unica forma de sobrevivencia é com música. meio que naum tem um plano B…por isso eles correm atrá como vc disse, eles tem agenda. Aki naum, um deixa pro outro e no final o brasil tem mta banda de fds qe naum vai rolar pq a galera vai ser outra coisa…Sem contar que é mto + fácil arrumar desculpas culpando os outros, do que admitir a si proprio que tem uma banda pra tentar ficar pop e catar as menininhas + gostosas do colégio.
blah.
abs
É isso aí!
falando nisso, a L.A.B. tá indo ao encontro de vcs em agosto, e em outubro de novo.
Não digo até aí. Mas até Sampa nóis vamo!
abração pra vcs!
foi mal o português, mas ja to chapado entaum…
não vou tão fundo e nem acho que é proibido ter uma banda no fim de semana (tenho uma). É como vc disse, é questão de prioridade.
Foca, mas antes de tudo, avisa pra galera que, ao que me parece, por baixo, metade desse investimento que os festivais independentes, pelo menos os filiados a ABRAFIN, vem de editais públicos. Onde você cita isso?
Sem falar, que esse circuito que está aí, tão em voga, banca na verdade as bandas dos donos desses festivais, ou as bandas que eles produzem.
Aí, os festivais dizem oq pra uma banda que tá começando e quer tocar agora? Velho, faz música boa e vai na tóra… pq eu sou faço “festival tal” e já tem uma lista de festival que posso tocar esse ano. Ou não é assim que “a banda toca”?
vc tá na categoria chororô de blog didi! 🙂
E vc está enganado sobre festivias em editais, a maioria está fora deles meu jovem e mesmo com editais mais de 50% foram deficitários em 2008. Ou vc acha mesmo que a verba da Oi no Dosol, por exemplo, cobre a brincadeira toda?
Se você acha que é assim que a banda toca, respeito. Não tô aqui para convencer ninguém. Essa é sua opinão. Tenho a minha. Vc tem como sair em tour com sua banda e apostar nela na estrada? Se sim, tenho como por vc em várias festivais que se interessariam em ter uma banda como vcs, vamo nessa? Topa? É só montarmos um calendário e passar perto de onde está rolando os eventos. Banda boa numa condição viável de show é o que todo festival quer.
Foca, me tira uma duvida.
Nesses festivais independentes, as bandas que tocam neles, pagam pra tocar, ou são pagas para tocar?
Eles servem mais de Vitrine mesmo?
Porque, tipo, eu to com um projeto de banda, e seria interessante saber disso antes de começar e ser “Explorado”, se é que você me entende. Não pretendo cair nessa ”armadilha” de: “Ah, só toca aqui se for de graça!”, sacas?
Abraço.
Os festivias são uma vitrine pra vc ter mercado nas cidades. Tá no texto. Ninguém tira 500 reais do bolso e compra sua vaga (pelo menos que eu saiba). Eu já recebi propostas indecorosas desses tipo mas não obrigado!
Vc tem um banda nova, que por tabela não tem público e já quer receber para tocar? Se for cover é justo, se for autoral, vá fazer outra coisa man.
Abraço!
Hum, bacana, to começando a entender. Tipo, se eu quiser tocar em um festival, eu procuro os organizadores e vejo se posso participar, seria isso?
A banda é nova, é autoral, mas não, não pretendo receber para tocar, pelo menos não até adquirir nome e fizer um som responsa, de qualidade. A Idéia da pergunta foi apenas para ter certeza do tamanho do investimento que terei que fazer e saber que nenhum festival vai pagar minha banda pra tocar lá. No caso, eles dão uma ajuda de custo para que possamos chegar a região, como você disse, e se eu for “esperto”, utilizarei a oportunidade de tocar em outro lugares, certo? ou entendi errado?
Desculpa a ignorancia, mas como todo iniciante, sempre há duvidas a serrem tiradas…
Abraços.
“O pior é saber que boa parte dessa verba que poderia ajudar e muito vinte grupos indies as vezes vai para um medalhão do mainstream que nada tem haver como o mercado que trabalhamos e representamos.”
Menos, né, Foca! Tá certo que vc vende seu peixe. Isso que vc escrivinhou é muito bonito, muito romântico… mas não é bem assim. Você sabe muito bem que se um festival que coloca um mainstream no lineup, tirasse essa “bandona”, o festival deixaria de captar pelo menos 80% da verba que faz ele acontecer.
Acho legal a iniciativa do DoSol, mas tbm acho bacana a do Mada, que traz um Rappa da vida. Sabe por que? Por que muita gente que foi pra ver o show do mainstream nesse festival, acaba vendo as bandas indies, e isso, quer queira, quer não, ajuda e MUITO a fomentar a cena. Então, vão ser mais milhares de pessoas que vão ver novas bandas. Já vi gente virando fã de baanda indie pq foi ver uma consagrada.
Cada um na sua, cada um da sua forma. É assim que funciona!
Rodrigo eu nunca captei verba pro Dosol por causa das atrações. Nunca. Elas só são escolhidas depois. E eu não estou dizendo que essas iniciativas são ruins, só estou dizendo que não concordo e tento, eu disse tento, fazer diferente.
Cada um na sua, cada um da sua forma. É assim que funciona! (concordo).
junior, entendeu certo.
Vou continuar chorando, foquito. Quem escreve o que quer, principalmente em blogs, ouve, ou lê, o que não quer…
A minha banda já tocou em alguns festivais ‘do circuito’, inclusive ganhando cachês razoáveis ou até permutas, tudo bancado, tudo certinho demais. Mesmo sendo banda de fim de semana. Lindo! Inclusive, num desses festivais, a única banda, que eu consigo me lembrar, que não tinha um dono de festival ou um ‘dono de coletivo’ (mais uma bizarrice que o indie nacional criou) no meio era a minha.
Os festivais são vitrines, os festivais são do caralho (o teu, pra mim, é o melhor do brasil, disparado!), mas tem que explicar pra seus leitores esse tipo de coisa, que isso rola, que banda de tal festival tem ligação com o outro lá de num sei aonde. Acho isso muito normal, mas tb não dá pra ficar pintando que é tudo isso aí. Política Underground? Não vejo ninguém falando disso em blog nenhum. Pq o Bruno Nogueira não fala disso? Isso é pauta ’indie’, cara. Nas listas, não vejo nada. A panela véia de guerra é pertinente, man. Nunca vi pauta mais rock que essa.
Vamos para os exemplos?
pq coletivos são bizarros?
Didi, eu escrevo o que quero no meu espaço e leio tbm o quero nos comentários. Tenho a opção de modera-los lembra?
Mas para gente não ficar de disse-me -disse por aqui, faça um texto coerente sobre sua visão disso e do que você aponta ser uma panelinha, exemplifique seu posicionamento, basei ele em fatos claros, assine e amanhã mesmo publico o espalho o texto mesmo que eu não concorde com ele. Vamos dar exemplos sim, manda bala!
Não posso escrever algo que eu não concordo né? Talvez as bandas ligadas a festivais ou a coletivos sejam as que estejam fazendo por onde se apresentar (e são a minoria pelo que me consta, depois te mando os números das bandas que rodaram os festiviass da abrafin, que é quem pesquisa sobre isso).
Seu discurso é vago. É preciso ter números mais sólidos para apontar algo assim. Agora é um fato, banda que quer sair de casa precisa receber em casa, já que não tem produtores agindo, quem faz papel de produtor sai na frente e o nome disso é correria. Fato! Mas se você quiser chamar de panelinha, fique a vontade.
Dimetrius acho que vc falou umas besteiras grandes aí. Ja faz uns tres editoriais que vc vem criticando os coletivos e festivais.
Sobre festivais e coletivos.
Se eu faço um festival ou tenho um coletivo, e ralo pra trazer uma banda de recife, joão pessoa, fortaleza, sampa, rio, ou de onde for, nada mais justo que essas bandas que vem e que nas suas cidades façam parte de coletivos ou festivais, me levem também pra tocar neles.
Pois esta é uma forma de fazer minha banda se movimentar, não adianta eu querer uma coisa e não oferecer nada em troca. Faço um show da banda dele aqui, ele me leva pra um show lá. Isso é trabalhar em equipe. Isso é coletividade.
Uma das melhores formas de divulgar seu trabalho como banda, é tocar, e tocar em outros estados é sempre muito bom pro crescimento da banda. Qual a forma de fazer isso? trabalhando em conjunto. Em coletividade. Eu hoje faço um show da sua banda aqui em natal, amanhã você faz um show da minha banda na tua cidade.
Não vejo nenhuma sacanagem, ou panelinha aí. Vejo trabalho em equipe. Sacanagem seria eu tocar nos festivais sem dar nada em troca.
Por isso que o numero de festivais e coletivos crescem brasil afora. Porque a galera ta percebendo que precisa trabalhar em conjunto.
Ficar em casa sentado, coçando o saco, na frente do PC esperando que os festivais te chamem pra tocar é que não dá.
Faça teus rolés, trabalhe, tire do seu bolso na maioria das vezes, se articule, que os rolés aparecem.
Mas uma vez eu te digo, não é nada pessoal contra vc, ja troquei varias ideias com você. E você sabe disso. Apenas to discordando da tua idéia.
Pedrinho, tô nessa faz tempo, acho que você me saca no rolé, e só tô fazendo apontamentos meus sobre um assunto. Não tô fazendo pirraça. Faz 15 editoriais dosol que comento pq acho que é meu, seu e de foca falar e de qualquer um que entra aqui, ou não? Só joguei um assunto que acho que deveria ser de interesse de todos, pq acho que rola. E massa que você acha que é legal esse tipo de coisa rolar.
O dono de coletivo dante, esse eu acho uma figura bizarra… só pelo nome…
Foca, meus apontamentos acho que foram claros. Fico com hugo.
Beleza, é sua opinião, tudo bem, cada qual tem o seu. Mas não acho que seja por aí como vc ta falando não.
Mas enfim…
Dono de coletivo? Não existe essa figura! Existe membros. Vários. Quem quiser se juntar e trabalhar junto.
Basta ter vontade…
Pedrinho, desculpa não ser tão claro. Mas eu não quero me ‘queimar’ citando nomes, nem fazer qualquer referência. Até pq somos todos amigos no rock, né verdade? E minha banda participar deste circuito que está aí… pretendo tocar nele e em outros (pq não?). Mas já tive alguns entraves marcando shows com coletivos de outras plagas e senti que minha banda foi meio que colocada de lado por não produzirmos shows por aqui. Terei que ser produtor dos shows dos outros pra tocar em outros bares e festivais? Uma banda nova tem que fazer isso além de tocar?
Soa como crítica pra você, mas você poderia interpretar como dúvidas.
Só estou apontando, man. Não é pirraça. Apontamentos e dúvidas.
Eu sei man que não é pirraça nem nada…
Mas respondendo ao seu apontamento eu tb não acho justo uma banda ser convidada pra tocar em festivais ou shows organizados por coletivos, se você não contribui com o mesmo. Se vc não se dispõe a fazer algo em troca, os coletivos e festivais vão preferir interagir com outras bandas que lhe de um retorno. Não to falo de retorno financeiro.
Se a banda não participa ativamente dos rolés, trabalhando, promovendo, organizando, ela tb não pode cobrar que os festivais e coletivos corram atras dela, chame pra tocar, se tem várias bandas que interagem.
É isso que eu me refiro.
Ficar esperando que as coisas caiam do céu não dá. Pode ser a melhor banda do mundo. Mas se ela não buscar, não vai.
Didi, isso não é uma regra, mas que o fato de vc empreender fazendo shows de bandas vizinhas facilita na ciculação de sua própria banda, parece óbvio né? Até pelo fato de vc conhecer pessoas, se relacionar com elas…
Não concordo quando fala-se aqui que as bandas devem tocar por retribuição. Antes de tudo uma banda só vai ”dar certo” ou continuar tocando e formando público, se for boa, muito boa. Então, as oportunidades podem até ser dadas para as bandas ”donas de algo” mas só vai ficar vivendo da parada quem tiver som pra isso.
Às vezes se supervaloriza essa discussão e a galera esquece que tem muito mercado pra se trabalhar e achar sua posição como músico/banda, se tua banda não toca nos festivais ABRAFIN, que toque em outros circuitos e ache seu público, no final é isso que estão todos buscando.
Tem um ponto que se a banda não for foda ela não passa, para.
Henrique disse tudo, o que importa é o som, senão as bandas vão tocar em coletivo, mas não vai passsar disso, logo vão se extinguir e a respito de bandas mainstream, não podemos esquecer que a grande maioria, foi banda independente um dia, em maior ou menor grau e se elas se tornaram mainstrean foi graças a qualidade da musica, alguns pode até questionar, que a maioria das bandas do mainstrean são uma droga, pode até ser, mais no som independente também tem muita porcaria rolando, no final, so sobrevive as bandas com som de primeira, seja underground, seja mainstream O QUE IMPORTA É O SOM!!!
Tá nublado mas pelo menos não amanheceu chovendo aqui hj…
divugação
7° festival caça bandas rock de peruibe
dias 10 11 12 e 13 de julho 2009
O que está acontecendo, é que está aparecendo ‘produtores’ pelo ladrão. Quer dizer, a toda hora nasce um novo festival. Esse termo INDEPENDENTE precisa ser reavaliado. Porque está se tornando tão comercial quanto os festivais privatizados. Um festival independente dever ser uma porta de entrada pra que novas bandas tenham acesso e dai, possam seguir para um circulo maior. O que está acontecendo é que a maioria desses festivais ‘independentes’ estão tão envolvidos comercialmente que já não é mais um bom negócio ter bandas novas, independentes.
Então, precisa se ravaliar tudo isso, porque a toda hora tem alguém querendo discutir o problema, mais não estão achando o fio da meada.
Do outro lado, tem muitas bandas que fazem um show e já se acham maioraís, e pedem cachês exorbitantes, totalmente sem noção. Realmente, qualquer festival de pequeno porte tem um custo. Será que vão ter que montar uma cooperativa para agregar Festival e Banda, onde todos tem que pagar uma taxa para poder montar um festival. Acho que não seria por ai, existe muitos investimentos, editais que saem todos os anos em todo o país. O que falta realmente é seriedade de certos produtores e principalmente a qualificação dos mesmo. Porque a partir dai, vem a qualidade de um festival. É fundamental que um festival ofereça qualidade para as bandas, assim como as bandas também, tem que oferecer qualidade para o público. Pimba! Ai, a receita pra tudo isso.
Valeu.