Notícias

ALLFACE – ENTEVISTA NO TRAMA VIRTUAL

Uma banda de melodias
por Pedro Bruno

Trio potiguar Allface se inspira em nomes como Foo Fighters e Weezer e se prepara para lançar Simples, quarto disco de sua carreira

17/09/2006

Valorizando as linhas melódicas, a banda potiguar Allface surgiu no começo de 2003 já com um disco pronto em mãos. Jamais Diga Que Sabe Tudo foi gravado no carnaval daquele ano com a intenção de pular etapas e adiantar a divulgação da banda. Com integrantes ativos na realização do Festival DoSol, sendo o vocalista Anderson Freitas o idealizador do projeto, o Allface já se apresentou em diversos eventos, como o MADA e o Goiânia Noise Festival, além de excursionar por 14 estados brasileiros. Simples, o novo disco, deve sair no final desse ano. Para dar um gostinho, a banda disponibilizou na TramaVirtual duas músicas desse trabalho que, além do usual CD de áudio, também virá com um DVD contendo apresentações ao vivo e MP3 extras. Por e-mail, o vocalista Anderson Freitas falou com a TramaVirtual.

Quando e como a banda começou?
A banda começou como um projeto paralelo nosso, um escape para o que estávamos fazendo. Começamos a fazer alguns ensaios no começo de 2003. No carnaval deste mesmo ano deixamos a folia de lado e gravamos nosso disco em três dias e praticamente começamos a divulgar a banda junto com esse material gravado. Passamos o ano de 2003 inteiro nos apresentando onde dava e tentando divulgar ao máximo o trabalho. Até que começarem a pintar shows e a coisa foi deslanchando.

Quais são as influências do Allface?
O Allface é uma banda de melodias. Gostamos muito do Foo Fighters, Nirvana, Weezer, Ataris e de bandas que sejam pautadas na melodia. A veia hardcore californiana também é bem presente na banda, mas não nos influencia tanto agora. Acho que tentamos valorizar ao máximo as linhas melódicas e nos identificamos com bandas que tentam fazer o mesmo. O Ramones também nos ensinou como ser simples e divertido. Tentamos achar essa química.

Como vocês definiriam o som do Allface?É muito difícil você se rotular, mas acho que o Allface é uma banda fast rock que enfatiza melodias e trabalha para melhorá-las sempre. Estamos até explorando um lado mais acústico nos últimos tempos tentando conseguir melhorar nosso nível de composições.

Como era a cena em Natal no começo da banda?
Já pegamos uma cena bem efervescente no começo da banda. Em 2003 já tínhamos selos ativos por aqui, festival rolando, várias bandas excelentes. Acho que nós estávamos no meio de uma evolução que não parou de lá para cá. Nós mesmos evoluímos muito, tocamos em 14 estados no ano passado, tocamos no Goiânia Noise Festival, Senhor Festival, Feira da Música de Fortaleza, isso mostra que Natal tem uma cena em ebulição.

E hoje? A cena mudou? Melhorou?
Natal hoje tem uma marca de dar inveja a muitas cidades maiores. Aqui estão dois dos bons festivais de música independente do Brasil, o MADA e o Festival DoSol. Eu sou o idealizador do Festival DoSol e tenho acompanhado a evolução da nossa cena bem de perto com o selo. Acho que não só melhorou internamente como também na visão das pessoas que nos visitam nos festivais e durante o ano. Jane Fonda, Allface, SeuZé, Dusouto, Bugs, Memoria Rom, Experiência Ápyus, entre dezenas de outros são artistas potiguares que podem rodar o Brasil que representarão muito bem a música potiguar.

Qual a importância dos festivais independentes para as bandas como o Allface?
O Allface nasceu e vem (aos poucos) se popularizando graças a estes eventos. Temos o Festival DoSol, que metade da formação da banda trabalha diretamente, e sabemos que nos festivais estão o público e as pessoas que realmente interessam no rock nacional. São nestes eventos que fazemos contatos, construímos tours, trocamos experiência de divulgação e propagação do som. Acho que a cena independente hoje se movimenta muito mais graças aos festivais e é no crescimento deles e das estruturas de médio porte que apostamos que esteja o futuro do rock no Brasil. Estamos totalmente inseridos neste contexto e queremos estar ainda mais!

Vocês lançaram um disco no começo da banda, como foi o processo de produção?
Sabíamos que para ter uma carreira sólida precisávamos deixar claro qual era nossa intenção. Quando se tem uma banda nova se toca pouco e isso causa um atraso muito grande na divulgação da banda. Resolvemos começar a banda com um disco na mão exatamente para pular etapas, já que tínhamos experiências anteriores. Acho que funcionou bem. Quando tocávamos, mesmo na primeira apresentação já tínhamos discos para vender e distribuir. Isso ajudou a reverberar os primeiros shows que fizemos. Depois, naturalmente, foi ficando mais fácil e hoje já temos quatro CDs rodando por aí.

Vocês têm previsão de disco novo?
O disco novo já está gravado e colocamos duas músicas aqui na TramaVirtual para download e streaming, “Nada Vai Mudar” e “6.000 Anos”. Ficamos muito satisfeitos com o resultado dele, que vai se chamar Simples. Além de um CD de áudio deveremos também ter um disco adicional em DVD com apresentações ao vivo, MP3s extras, apresentações acústicas, entre outras coisas que estamos planejando. Acho que nesse momento em que discos vendem pouco e todo mundo tem iPod ou MP3 Player, ter um material mais completo ganhou muita importância para uma banda que já não está mais no primeiro disco. Mesmo não tendo muita penetração no Sudeste até pela distância, trabalhamos na nossa região com premissa de que sempre se pode melhorar.

Qual a importância dos selos independentes para as bandas hoje?
Eles são a base para que uma banda possa trabalhar e tentar crescer. Sem um selo trabalhando a banda ainda estaríamos engatinhando.

E a agenda da banda? Quais são os planos para o final do ano?
A banda começa agora uma tour que vai ter datas no nordeste e sudeste e, até o final do ano, vamos visitar alguns estados vizinhos. Vamos terminar o material do DVD, já que o CD está todo pronto. Veja as datas que já temos:

Dia 21 de setembro ? São Paulo – Dynamite Pub com Zefirina Bomba e Ventura S/A
Dia 23 de setembro ? São Paulo – Ska Skate Rock com Level Nine
Dia 24 de setembro ? Osasco – com Street Bulldogs
Dia 28 de setembro ? São Paulo ? Outs
Dia 30 de setembro ? São Paulo ? Belfiori Club com Ecos Falsos
Dia 14 de outubro – Natal ? No Rock Na Rua

Previous ArticleNext Article

1 Comment

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *