POR VINICIUS MENNA
Passado o calor das 47 apresentações do Festival DoSol, a Ribeira volta ao seu ritmo normal. Mas, a cena do rock independente natalense nunca mais será a mesma. Em nenhum momento da história do rock independente, em Natal, viu-se tantas boas bandas em ação como na terceira edição do evento.
Agora, é momento de contabilizar o que foi bom e o que deve melhorar. Para Anderson Foca, o saldo do evento foi positivo.
“Tivemos um público por volta da marca de 4 mil e 500 pessoas, o que para a nossa equipe, está dentro do esperado. Foram 26 horas de rock”, diz Anderson Foca.
Para ele, o formato de palcos do Festival DoSol ajudou muito às bandas, que puderam se sentir mais à vontade num palco que gerava uma intimidade maior com o público.
Além disso, para Foca, o público se divertiu bem mais no aperto gerado pelo grande número de pessoas. “Acho que o público de rock independente é esse”, comenta.
Sobre a altura do volume no Armazém Hall, o produtor do evento reconhece que no segundo dia, o som estava bem alto. “Tinha pouca gente no sábado [4] e não tivemos a idéia de baixar o volume na mesa”, explica.
Em relação ao ritmo que, de tantas bandas boas, chegou a ser considerado cansativo em certos pontos, Foca responde: “A qualidade do festival só e proporcionada com um volume grande de informação. Fazemos isso com base nos modelos dos grandes festivais. Têm festivais que não páram durante um final de semana. Chega a ter banda até de 8h da manhã”, diz.
Segundo o produtor, o comum é que o público de festival vá para o evento com a idéia de ver algumas bandas, as preferidas, e não todas. Para ele, um festival é feito assim.
Evento-teste
Segundo Anderson Foca, algumas observações feitas nos festivais anteriores serviram para compor os acertos desta edição, em caráter de teste.
“Aprendemos que o importante é quem toca e quem assiste. Isso é o que faz o festival acontecer”, afirma Foca.