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TRIBUNA DO NORTE (RN)

Rafael Duarte – Repórter

O rock volta a respirar o charme das ruas escuras e imundas da velha Ribeira de guerra. Abandonado pelas autoridades, o segundo bairro mais antigo da cidade ganha poder de fogo a partir de hoje quando abre passagem para a segunda edição do Festival DoSol, que ocorre até domingo no largo da rua Chile.

Ao todo, 37 bandas representando 11 estados do país devem se apresentar nos três palcos do evento, dois externos e um menor, localizado no bar Dosol. Do Rio Grande do Norte, 20 grupos se preparam para mostrar a quantas andas a produção independente local. Hoje, a festa começa às 21h. Nos outros dois dias, o som começa a rolar a partir das 16h30. Além do rock, a produção confirmou a feira de zines e exposição dos principais produtos dos selos locais e nacionais. De acordo com o idealizador do festival, Anderson Foca, a maioria das bandas está lançando novos trabalhos ou em turnê divulgando a produção recente. “Estamos realizando o festival numa data muito boa, pegando a galera na época de lançamentos de CDs. Tanto aqui como fora tem gente lançando trabalho novo, como Simona Talma, Doris, Fliperama, Ravanes, Dead Fish…”, disse.

Ele lembra que a produção recebeu mais de 800 trabalhos de bandas locais e de outros Estados. “Teve material que a gente nem conseguiu ver por conta da quantidade e do tempo que tínhamos para fechar a programação. Vimos os shows de quase todas as bandas que vieram para o DoSol”, afirmou.

O vocalista da banda potiguar SeuZé, Lipe Tavares, afirma que tocar no festival credencia as bandas a entrarem no circuito nacional independente. Depois da apresentação no DoSol, o SeuZé deve parar e começar a pensar no próximo CD, que deve ser lançado no segundo semestre do próximo ano. “Estamos começando a compor, não tem nada definido ainda. Participamos ano passado do DoSol, da feira da música em Fortaleza, do festival Mada. Se a gente quiser reconhecimento nacional temos que obedecer a seqüência de festivais. Para tocar nos festivais de fora, temos que mostrar em casa primeiro porque vem imprensa de fora, além do trabalho de divulgação feito pelos jornais locais”, analisou.

Estreante em festivais de rock, Simona Talma está apreensiva com a oportunidade de dar de cara com a galera. Mesmo com um trabalho calcado no blues, ela não sabe como será a reação do público. “Tem um pouco de medo da reação do público, mesmo sabendo que será a noite mais leve do festival. Não é um trabalho tão novo, mas o fato de ser meu primeiro festival de rock me deixa apreensiva. Espero que dê certo”, disse.

Serviço:

Festival DoSol, 4 a 6 de agosto, no largo da rua Chile. Preços: R$12 (um dia) R$ 30 (temporada). Informações: 3642.1520. Patrocínio: Prefeitura, Banco do Brasil, Skol e Governo do Estado.

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