Bem que eles poderiam voltar. Garage-punk-metal-surf-new wave-fuleiragem. Isso lá é rótulo? Pior que é tudo isso, uma mistureba de referências que provoca um som barulhento e infernal. Segundo eles a banda fazia “Brazilian Tosco Garage Rock”.

Quando comprei o EP da banda, já a conhecia, mas muito pouco. O danado é o melhor EP que já escutei até hoje. Porrada do início ao fim com baixo distorcido e guitarra a soltar riffs, fica difícil saber qual está mais alto, um duelo ensurdecedor. Um perigo ouvir o álbum dirigindo. Ao fundo uma bateria nervosa e duas meninas no backing vocal.

A primeira música do EP começa com um som praiano de ondas e pássaros. Só após um minuto e meio surgem baixo, bateria e guitarra com as meninas cantando “Shark, swimming boy, swimming boy, swimming boy…”. As seguintes Cramps, You make me down, Wathman, Kiss e She’s my dynamite são porradas do início ao fim, Cramps mostra bem uma das influências da banda..

Eles eram daquelas bandas que não tinham divulgação, ensaios certos ou agenda. Nessa brincadeira lançaram músicas em fitas k7, cd e vinil. Alguns em parceria com a Monstro Discos. A banda acabou, mas ainda estão na ativa as páginas na Trama e MySpace.